Enceinte D'un Jeune

Day 18

Eu passei a tarde sofrendo em antecipação sabendo que aquele garoto, no auge da sua juventude jamais largaria tudo por uma criança. Eu ainda não podia deixar de acreditar que me deixei cair fácil pelo desejo momentâneo naquele garoto de belos pares de olhos azuis e piercing chamativo.

Faço um chá de camomila pra eu ver se me acalmava e pego um pote de sorvete na geladeira colocando um pouco em uma tigela de vidro rosa, guardando de volta e pegando uma colher, pegando uma boa quantidade e enfiando na boca sabendo que aquilo era uma péssima ideia por que rapidamente sentir meu cérebro congelar me fazendo ficar quietinho enquanto sentia parar de doer. Faço isso repetida vezes até meu sorvete acabar e meu chá estar pronto o desligando. O coloco dentro de uma xícara e pego dois cubos de gelo os vendo derreter facilmente e meu chá esfriar um pouco apenas.

Fico ali tomando meu chá pra tentar me acalmar e ouço a campainha tocar. Tomo um susto e corro até a porta a abrindo o vendo ali. Cada detalhe naquele garoto me tirava dos eixos junto do olhar azul que parecia ler cada parte de mim.

- entra - o dou espaço e o mesmo entra. Fecho a porta e me sento ao lado dele ainda sem saber oque dizer.

- bom eu-

- desculpa me deixa falar antes que eu perca a coragem - falo - você é novo não precisa assumir esse filho aqui se não quiser, eu dou conta. Você tem uma vida pela frente e bom eu já estava atrás de você a tempo mas não pra ir pedir sua responsabilidade como genitor da criança e sim por que queria que você ficasse ciente disso mesmo mesmo que você quisesse assumir ou não. Enfim só era pra dizer que você não precisa assumir essa criança, eu vou dar conta e você não precisa se dar ao trabalho de alguma coisa em relação a isso.

- eu posso falar ?

- nosso assunto acabou aqui - me levanto.

- eu vou assumir essa criança ! - o olho. - quem te disse que eu vim aqui pra negar tal responsabilidade, minha mãe criou um homem e não um menino. Agora se senta que é a minha vez de falar - me sento quieta olhando pra baixo e suspiro fraco

- você.....quer mesmo assumir ? Tem certeza ?

- já disse meu pai criou um homem e outro, eu sou metade árabe, meu pai sabe de tudo. Se ele soubesse que tal ato aconteceu e eu não assumisse isso eu ia ter que pagar por isso. Como uma dívida com meu Deus. - ele fala - eu vou assumir você e essa criança. Não vou ser invasivo e te obrigar a ir pra minha casa como na família do meu pai fazem, mas bom, se me permitir ter acesso a sua casa pra poder ir e vir quando quiser e quando você me chamar já é de bom grado.

- vai com calma garoto. Eu sou a mais velha sou eu quem coloco as ordens aqui. Não vou te dar a chave da minha casa se eu mal conheço você e eu não sei que tipo de jovem eu tô lidando.

- vai por mim, se eu quisesse te fazer mal teria te drogado e te levado pra longe não transado com você no banheiro com nós dois totalmente conscientes de tal ato - ele fala e cruzo meus braços.

- que seja. Você me deve respeito. Sou a mais velha. É eu na minha casa e você na sua. Me passa seu contato pra eu te avisar os dias de consulta no hospital.

- em qual hospital você vai ?

- o hospital pitié por que ?

- eu trabalho lá. Trabalho de médico geral enquanto curso minha faculdade - ele fala.

- você é médico ? Mas...vocês árabes não são ricos ?

- somos mas não quer dizer que eu seja incapacitado de trabalhar. Eu prefiro trabalhar, não faço o tipo de sheik árabe do meu país onde os homens escolhem com quem e quantas vão casar. Eu quero apenas uma e acabou - fico o olhando.

- nossa. Mas ainda sim não vou deixar você entrar na minha casa e te deixar a par das minhas coisas de primeira, vamos ver com o tempo. - me levanto e pego um papel escrevendo meu número ali o entregando - você pode adicionar meu número que eu vou te mandar as datas do pré natal tudo certo junto com o horário.

- agora que eu sei que você vai fazer seu pré natal lá basta eu olhar no sistema mas vou ficar com o seu número - ele pega o papel da minha mão e se levanta. - eu já vou.

- ja ?

- você achou oque, que eu ia vir aqui conversar sobre um assunto sério e achar que eu ia ter direito de algo que eu sequer tenho de abusar da sua casa ?

- sim ?

- te falta maturidade. Você é a mais velha mas age como garotas da minha idade.

- me ofendi - fecho a minha cara agora seria.

- isso por que você era adulta - reviro os olhos - vou te mandar mensagem. Tchau - ele sai e suspiro caminhando até a porta a fechando.

É. Ia ser uma caminhada longa por nove meses.

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