Capítulo 5

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_Fique de joelhos – disse o homem que usava o seu melhor terno.

Com uma roupa preta de couro colocada no corpo, a faxineira se ajoelhava no chão. Na cara havia uma maquiagem bem pesada, os lábios vermelho tinham sido borrados pelos dedos do doutor.

_Vai ser divertido – sorriu com o olhar possesso – senhor Deputado pode fazer as honras.

Ela só sentiu o rabo de cavalo sendo puxado para trás, a respiração ofegante do Deputado podia ser sentida queimar no seu ouvido. A mesma poderia ter gritado, dito não, fugido como da outra vez. Porém, havia sido uma escolha dela, e sabia teria que sofrer as consequências.

Foi arrastada pelo cabelo por todo quarto, jogada na cama e tido as roupas rasgadas. Os seios que antes estavam tão presos que dificultavam a respiração, agora se vinham livres. O filho do deputado estava sentado na poltrona, distante para tomar qualquer atitude, porém com a visão perto o suficiente para usufruir de todo prazer.

_Vou te fazer minha puta – disse o Deputado.

Júlia nunca foi muito atenta a política, mas sabia que aquele homem não era deputado ou servidor público do seu Estado: era branco, com um bigode horrível e olhar psicopático. Mas aquele que ele chamava de filho, esse sim ela podia conhecer da região.

A sua mente viajou, era o melhor que podia fazer – na psicologia chamam isso de dissociação que seria basicamente uma desconexão da realidade.

Ao ser fudida em todos os buracos do seu corpo, sido colocada em posições humilhantes, recebido inúmeras agressões e xingamentos, Júlia só percebeu que havia terminado quando parou de sentir aquela dor no estômago.

A dissociação foi encerrada, ela “despertou” e viu que todos os homens estavam vestidos. O deputado e o filho saíram com sorrisos no rostos, o doutor se aproximou dela e com a carteira aberta tirou o cheque lhe dizendo:

_Ótimo trabalho – elogiou – acho melhor que você procure um médico.

Ela não pegou o cheque, pois o doutor o jogou no seu colo. Nua, com sêmen por todo o corpo e a vagina dolorida. Na primeira tentativa de se mexer sentiu o corpo arder, antes que Carlos Machado saísse ela perguntou:

_Limpar tudo? – questionou enquanto ele colocava o terno.
_Por favor, querida.

Ao se ver sozinha optou por não chorar, não iria fazer isso naquela casa. Mesmo com dificuldades se levantou, vestiu uma peça de que roupa que havia trazido: um vestido longo na cor azul escuro. Limpou o quarto.

Usando de suas últimas forças esperou pelo retorno da dona da residência. A dona Machado ficou triste ao saber que “Júlia mudaria de estado e não poderia continuar a fazer a faxina de sempre”. A mentira podia doer, mas a verdade podia matar – e ela podia ser puta, jamais assassina. 

No sábado ela não foi trabalhar, a dor persistia. Júlia há tinha histórico de dores na vagina, mas recusava a evitar tocar no assunto. O dia havia sido dolorido, porém o silêncio da rua a acalmava.

Depois de tomar mais um comprimido para dor, ouviu o barulho de um carro, ela foi até a janela da sala, e escondida atrás das cortinas, observou o que estava acontecendo.

O vizinho William estacionou o carro na frente da sua casa, ele desceu e tirou várias sacolas de dentro do automóvel. Havia feito umas compras para um jantar especial, logo em seguida Mateus passou pela porta e o ajudou com as compras. Antes de entrarem Mateus parou no meio do caminho e questionou o marido:

_E se a gente chamá-la para jantar? – perguntou olhando para a casa da nova vizinha.
_Tem certeza? – ficou na dúvida – Amor, eu sei que você gostou dela, mas depois do ocorrido.
_Wil – bateu no seu ombro – precisamos mostrar para ela que não ficamos magoados.
_Você tá preocupado com o que? – ele o conhecia muito bem, sabia que tinha algo por trás.
_Ontem ela chegou tarde.
_Então era isso que você estava vendo aquela hora? – William se chateou e começou a andar rápido até chegar dentro da residência do casal.

A Faxineira Where stories live. Discover now