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Filha de uma mãe empregada doméstica e de um pai de taxista, Judy é uma jovem negra de vinte anos que ganha uma bolsa de estudos em uma das melhores universidades da Espanha. Seria tudo maravilhoso se ela não fosse alv...
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MASON MUSSOLINI
NÃO SERIA EXAGERO se eu dissesse que fiquei o treino todo com as palavras da Judy na minha cabeça. Meu desempenho que havia melhorado dias atrás, já estava comprometido de novo. Clark de cinco em cinco minutos me advertida e Judy parecia estar adorando a situação pois o sorriso divertido nos lábios estava irritante. Sabe quando dizem que uma mulher é a ruína de um homem? Então...
— O que está acontecendo Mason? Está no mundo da lua?! — o treinador Hudson me questionou assim que demos uma pausa. — Você estava ótimo na quarta e hoje você está jogando muito mal!
Olhei para Judy que tinha um breve sorrisinho nos lábios e tive uma vontade gigante de tirar aquele sorriso dela na marra. Queria ver se em outras situações ela estaria sorrindo tanto.
— Desculpa treinador, eu... — tentei pensar em uma desculpa convincente o suficiente mas não me veio nenhuma. — só não estou bem hoje...
— Entendo, e sei que... há dias complicados mesmo, mas não deixe isso persistir, você é um excelente jogador. Sei que ficou magoado ao perder o posto de capitão mas...
— Tudo bem treinador, sério, eu estou bem com isso. — Menti descaradamente. — Judy joga bem, bem melhor que eu e reconheço.
— Com sorte, você ainda pode recuperar esse posto...! — ele diz me dando tapinhas no ombro.
— É claro, mas estou satisfeito sendo vice treinador, não se preocupe comigo. — digo tentando passar tranquilidade e logo voltamos a ativa.
O resto do treino foi até melhor, senti mais produção, pelo menos da minha parte. Já estava tirando o capacete, pronto para ir ao vestiário quando Beatrice chegou, com um sorriso assustador de animação nos lábios caminhando em minha direção. Rapidamente meus olhos buscaram por Judy e ela se encontrava parada perto da saída, conversando com o treinador, quando notei que eu a olhava e com quem eu estava, juro que sua expressão facial mudou e ela pediu licença o treinador, saindo dali. Merda.
— Amorzinho, assisti alguns minutos finais do treino e você estava muito bem ! — diz com sua voz irritante tentando me dar um abraço, porém eu me esquivo.
— Obrigado Bea, mas agora eu preciso de um banho, preciso me trocar... — digo tentando fugir das suas garras.
— Credo Mason, você nem deixou eu encostar em você! — disse ofendida. — Por quê me tratar assim? — fez biquinho.
— Beatrice, eu estou suado, provavelmente fedido, e cansado. Você não pode esperar para me abraçar depois? Nos vemos mais tarde okay? — resmungo e passo por ela apressado.
Ouço ele me chamar, porém não me dou ao trabalhar de me virar. Chata pra caramba.
Vou ao vestiário masculino e ainda está lotado, os caras conversam animados entre si. Antes que me vejam, pensativo e olhando para tudo que é canto, caminho rumo ao feminino. Entro e dessa vez, me dou o trabalho de trancar a porta. O benefício de se estudar em uma faculdade cara, são simples e meros benefícios como tranca nos banheiros. Ouço o barulho do chuveiro, e não preciso me esforçar pois, na primeiro cabine, vejo os pés pequenos com as unhas pintadas de branco. Então sorrio feito um idiota, as cabines do vestiário feminino com certeza poderiam ser denominadas como "nosso lugar".
