the way i loved you

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É… Eu estava novamente olhando para meu reflexo no espelho do banheiro, sempre com o mesmo pensamento "Quem sou eu?".

Me pergunto o porquê de sempre ser a mesma coisa, sempre ser todo dia o mesmo pensamento. Sempre. Sempre. Sempre.

Talvez não tivesse uma resposta, talvez nada tivesse alguma resposta. 

O mundo é sem explicação.

Era ainda com esse pensamento que eu andava pelas ruas da pequena cidade em que eu vivia, às 7 horas da manhã.

Meu destino? O inferno onde há muitas pessoas da pior espécie; adolescentes entre 15 à 18 anos. Popularmente conhecido como colégio.

Sério, como poderia existir pessoas tão insuportáveis como aquelas? 

Meu pai dizia que era apenas uma fase.

Apenas uma fase…

Não quero passar por essa fase nunca.

 …

O silêncio dominava minha mente, mas meus arredores eram o completo contrário.

Barulho, muito barulho.

Jovens por toda a parte, conversando, ou melhor dizendo, gritando.

A maioria tinha conversas como "Nossa, viu que aluno gatinho que chegou?" ou "Aquela garota era uma gostosa.".

É, pessoas… Pessoas não, adolescentes são estranhos.

O que eu podia fazer? Absolutamente nada, então pretendia apenas continuar caminhando até achar um canto com menos sons irritantes.

Não foi difícil, afinal, aquela escola era minúscula.

Mas o ruim dela ser minúscula era que também me achariam com facilidade. Foi isso o que aconteceu.

Uma voz um pouco alta e meio anasalada em minha frente me chamou a atenção.

— Oi, sou Choi Beomgyu e sou novo aqui!

Choi Beomgyu?

Não sei se estava afim de falar com alguém hoje, mas algo me disse para lhe dar uma chance.

— Choi Yeonjun.

Disse apenas isto, afinal era apenas isto que conseguia dizer.

— Que legal! Temos sobrenomes iguais.

— É. Temos sobrenomes iguais.

Acho que isso pareceu sem educação, já que seu sorriso diminuiu.

— Eu preciso de ajuda, sou do 2-b, não sei onde fica minha sala.

— Terceiro andar à esquerda.

Jurei que ouvi ele respirar fundo.

— Poderia me mostrar?

Foi a minha vez de respirar fundo, queria dizer não.

— Claro.

Ele sorriu, por algum motivo desconhecido eu gostei de seu sorriso.

Então, em silêncio, caminhamos até o terceiro andar.

Não tinha o que falar, ou melhor, não sabia o que falar.

— É aqui.

— Você é de que turma.

Não gostava de perguntas, queria apenas fingir que não ouvi e sair dali.

— 3-c.

— Legal!

— Legal.

Ficamos em silêncio.

heart to heart.Where stories live. Discover now