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A primeira vez que você se confessou diante de Deus, seu único pecado foi tomar seu nome em vão; sua penitência, uma simples oração. Naquela noite, sendo uma serva obediente ao Senhor, você se ajoelhou ao lado de sua cama e pediu perdão ao crucifixo na parede, garantindo a Deus que nunca mais abandonaria seu nome. Depois, você se deitou sobre os lençóis de algodão liso e não pensou em nada além do padre que recebeu sua confissão.
Foi o padre Gojo, clérigo da pequena comuna de jujutsu, quem a absolveu do pecado aos olhos de Deus e a advertiu sobre as repercussões de repetidas transgressões. Mas, apesar das punições de dor, sofrimento e danação, você queria pecar novamente, apenas para sentir a voz do padre Gojo entrar em seu ventre e acender um fogo ardente; ou vislumbrar os lábios dele através da treliça e imaginá-los pressionados contra cada parte dos seus.
Você nunca havia experimentado a emoção de dividir a cama com um homem, principalmente devido a seus votos a Deus, mas em parte porque nenhum homem jamais transmitiu desejo a si mesma. Nenhum homem até o padre Satoru, pelo menos. Você havia acabado de ingressar na pequena igreja, vinda de Paris a pedido do prefeito da comuna para ensinar música às crianças órfãs, e o padre se interessou por você por esse fato. Ele próprio era um músico habilidoso, tocando o enorme órgão de tubos para a congregação após cada um de seus sermões encantadores.
Enquanto ele tocava, você observava os movimentos ágeis enquanto seus dedos dançavam sobre o marfim e você não podia evitar a fome rastejante que se espalhava pelas pontas dos dedos das mãos e dos pés. Até o confessionário, você havia feito o possível para ignorar os impulsos que ele provocava em seus corpo, chegando a tomar banhos gelados assim que voltava para o quarto depois da missa. Vocês trabalharam por algumas semanas, você mergulhando na água e o alívio quando a dor diminuiu para nada, embora o ritual logo se tornasse inútil.
Uma noite, enquanto ordenava que as crianças saíssem após a aula, o padre Gojo se aproximou de você e muito delicadamente, a mão do homem roçou a sua, enviando um inferno de desejo correndo por suas veias. Você garantiu que todas as crianças estivessem seguras no pátio e desejou-lhe um bom dia antes de escapar para um corredor escuro. Foi lá que, contra seu melhor julgamento, você se permitiu imaginar como seria ter as mãos dele passando por sua pele, seus longos dedos descendo pelo centro de seu peito e descendo pelo umbigo, o peso de seu corpo acima do seu, enquanto ele encontrava seu próprio prazer.
