11. Amanda

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Eu ainda não tinha comprado minha passagem para Miami, estava tentando organizar a minha agenda e cumprir toda a programação antes de ir.

Confesso que namorar à distância não era nenhum pouco legal e, com uma semana eu já me sentia derrotada.

Eu ainda não tinha tido o acesso à parte glamourosa e especial que as pessoas descreviam nas histórias de amor.

Eu gostava mesmo era de dormir abraçada todas as noites, dividir uma pizza ou até mesmo marcar um programa qualquer em um dia aleatório da semana.

A dinâmica desse relacionamento diferente me trazia um misto de sensações que eu não gostei de sentir, e me assustava um pouco pensar que a pessoa que eu amava estava a centenas de quilômetros de distância. E se algo acontecesse?, e se a gente precisasse um do outro?.

Eu coloquei na cabeça que eu precisava encarar esse desafio, mas a verdade era que os meus pensamentos me sabotavam o tempo todo.

Eu conseguir antecipar meus compromissos e liberar a minha agenda por três semanas. Então corri pra comprar minha passagem e fazer as malas.

Dois dias depois aterrisei em Miami e o Antônio estava me esperando no aeroporto. E dessa vez foi como nos filmes, a sensação de estar nos braços de quem a gente ama, de poder rever depois de algum tempo e matar a saudade...

- Você não imagina como eu estava com saudades de você - ele falou.

- Eu também, estava com saudade até do seu mau humor - falei enquanto o enchia de beijos.

- Ei - ele disse me beliscando.

A casa dele ficava bem distante do aeroporto, quase duas horas de carro. Era uma enorme e aconchegante casa, com um lago e uma floresta bem atrás - o que me causou medo e estranhamento.

Não deu tempo de ver muita coisa, porque assim que chegamos, ainda suados e sem tomar banho, o Antônio me prensou contra a parede da sala e ali mesmo fizemos amor.

Ele preparou a casa inteira pra me receber, comprou tudo que eu gostava de comer, encheu vasos de flores e espalhou por todos os lugares e colocou uma essência de lavanda em todos os cômodos.

Eu fui pro banho enquanto ele se dispôs a guardar minhas coisas nos armários, a casa dele era extremamente organizada, o que já me deixou em alerta, ok Amanda, você vai precisar se policiar um pouco, falei para mim mesma.

Ele me levou pra cozinha pra preparar alguma coisa pra comermos. Me levantou com a maior facilidade do mundo e me sentou sobre a bancada de mármore enquanto foi até a geladeira e começou a olhar o que tinha lá dentro.

Enquanto ele começou a cozinhar eu fiquei apenas observando e com o desejo latente crescendo entre as minhas pernas, comecei a esfregá-las tentando conter o incômodo que já se espalhava por todo o meu corpo.

- Eu adoro sentir seu desejo - ele falou com a voz rouca.

- Convencido, você não sabe o que eu tô sentindo - falei, tentando me fazer de difícil.

- Amanda, eu conheço cada parte do seu corpo e cada pequena expressão que você faz. Eu sei exatamente o que você está sentindo esfregando uma coxa na outra - ele falou.

Eu o olhei embasbacada, não era possível, como ele tinha reparado naquilo?

Ele desligou lentamente a frigideira e veio até mim, quase como um predador e bastou pouco pra eu me encontrar rendida à ele.

Ele colocou uma mão na minha nuca e uma na cintura e, antes de me puxar em um beijo ele soltou.

- A comida vai ter que esperar mais um pouco.

DocShoe - PatienceWhere stories live. Discover now