''Your Techno'' ~{[§Rivalsduo§]}~ //FairyTale\\

1.7

~~2 anos atrás~~

P.o.v. Dream

- Senhor... - Sapnap chamou-me

- Eu já pedi para não me chamar de Senhor, não pedi? - olhei para ele de baixo para cima.

- É... - Ele parou e pensou um pouco - Dream. - Chamou-me novamente.

- Sim, Snapchat? - Brinquei.

Snapchat era como eu chamava Sapnap antigamente, uma brincadeira inofensiva que ele não gostava, mas simplesmente ignorava ou ria. Não sei ao certo da onde tirei esse apelido, não me lembra nada em específico.

Igual anteriormente, ele deu um pequeno sorriso nostálgico.

- Desculpa, não quero ser intrometido. - Ele olhou para baixo com um fisionomia meio entristecida.

- Não será, pode falar. - Eu sabia o que ele queria perguntar.

- Por que você... Bem... Fez aquilo? - Ele tomou coragem e perguntou. Eu imaginava que essa seria a curiosidade dele.

- Você se refere ao beijo? - Após minha pergunta, ele acenou 'sim' com a cabeça enquanto sentava ao meu lado.

- Ah, não sei. Acho que foi... - Dei uma pausa em minha fala para pensar - Intuição... - Completei.

- Intuição? Você acha que deveria beija-lo? - Ele perguntou.

- Não sei se eu deveria, mas sei que foi o melhor naquele momento. - Falei a verdade.

- O melhor? Pera, então você queria beijar-lo?! - Ele ficou totalmente surpreso com minha fala.

- Foi só eu te dar 2 minutos de liberdade que você já começa a me pressionar com perguntas? Por favor, Sapnap. - Não pensei antes de responder-lo. Juro que se tivesse, não teria falado desse jeito com ele, principalmente agora que eu sei sobre os problemas psicológicos que Sapnap está tendo neste último tempo.

- Ah! Perdão, senhor. - Ele parece ter se envergonhado de sua exaltação e tentou sair do meu lado imediatamente.

- Não, 'pera ai, eu não estava brigando com você, Sapnap! - Eu dei ênfase em seu nome enquanto tentava explicar-me.

Ele engoliu seco.

- Não importo que me faça perguntas, eu só estava brincando. - Dei um pequeno sorriso sem graça, mas já foi o suficiente para ele liberar um grande suspiro.

Ele se sentou novamente.

- Snapchat... - Chamei-o.

- Sim? - Ele respondeu lentamente com feição calma.

- Não conta para George que te falei isso. - Ele pareceu interessado e olhou-me diretamente nos olhos situando que eu poderia prosseguir minha fala. - Eu beijaria Techno de novo. - Eu ri enquanto falava.

- Wow! - Ele se surpreendeu - Eu realmente nunca imaginaria isso.

- Que bom! Então não tenho que me preocupar com o George desconfiando.

- Ora! Senhor George, você diz? - Ele debochou - Você não pode tirar-lhe os olhos! - Riu.

- Você acha que ele poderia imaginar tal situação? - Perguntei-lhe sem demonstrar muita preocupação, eu realmente não me importo.

- Imaginar? - A frase foi seguida por uma gargalhada - Do jeito que ele é, é capaz de começar a ter até visões! - Ele parou com a sequência de risos e prosseguiu - Com todo o respeito, claro. Mas... Você conhece quem namora, não é?

- Conheço, mas o problema não vai continuar por muito tempo. - Fiquei sério.

O clima pesou.

- Você... - Quebrei o silêncio - Não vai contar-lo, certo?

- Bem, no cargo onde estou, eu acho que deveria contar.

- Sapnap...

- Relaxe, não irei. - Não o deixei nem ao menos terminar a frase, pulei direto sobre sua frente dando-lhe um forte abraço.

Ele ficou sem reação momentânea, somente retribuiu o abraço.

- Se o George descobrir, eu não sabia de nada. - Ele riu.

- Claro que não. - Ri junto enquanto me separava do abraço.

- Você sabe que isso foi muito estranho, não é? - O sorriso continuou brilhando em seu rosto.

- Sim, sei sim. - Brinquei.

Continuamos a conversar, foi uma mistura de piadas, brincadeiras e nostalgia, mas ela durou pouco tempo até a voz de George irritado soar pela casa.

Ele levantou e foi em direção a porta para ver o que meu namorado precisava. Enquanto saía, eu o surpreendei.

- Sapnap!

- Sim?

Ele parou na porta e me encarou, ficamos nos olhando por um tempo, até tomar coragem e falar.

- Eu sinto sua falta. - Minha voz saiu totalmente puxada, provavelmente deve ser estranho ver um homem de meu porte se emocionar com memórias de seu melhor amigo no passado.

Ele olhou para meu olhos, em seguida olhou para baixo. Era possível ver a sombra abaixo de seus cabelos, cobrindo uma parte de seu rosto, demonstrando claramente tristeza.

- Eu também... - Depois de muito pensar, ele falou.

- Também sente sua falta? - Eu brinquei.

- Não. - Ele entendeu que eu estava brincando, mas ele não respondeu da mesma maneira. - De você mesmo...

Ele saiu da sala.

Eu sei que mudei, mas ouvir aquilo de meu melhor amigo era doloroso, ele sente minha falta. Me encostei no sofá e posicionei minha mão sobre minha cabeça, desta maneira, eu repousei.

"Como eu cheguei onde estou?"