29: Certeza?

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Min Yoongi

Estávamos todos na praia, ainda matinha meus pensamentos no que havia escutado de manhã. Algo estava errado. Taehyung não iria embora assim do nada nem se alguém tacasse fogo em sua empresa.

— Amor, no que tanto pensa?

Virei o rosto em direção a loira que tinha preocupação estampada em seu rosto. Levei a destra até o rosto dela, sorrindo fraco.

— Nada, bebê, estou apenas distraído. – menti, vendo-a franzir a testa.

— Sei que está preocupado com algo, e tenho quase certeza que se trata daquele rapaz alto. – sua voz me fez congelar no mesmo instante.

Estava tão visível assim que eu me importava com Taehyung? Desde que apenas os noivos não percebessem, eu talvez tenha uma chance de consertar o passado sem causar confusão.

— Por que acha que estou preocupado com ele? – pergunto curioso.

— Sabe que não consegue me enganar, não é? – comentou, fazendo-me assentir. — Eu tenho a sensação de que vocês já foram algo no passado e isso está mal resolvido.

— Sim, tivemos, mas nada que possa interferir entre a gente. – desviei o olhar, nervoso sobre a possível descoberta.

— Se não pode interferir, por que você foi hoje de manhã com café da manhã no quarto dele e voltou quase chorando? – pude ouvir o sarcasmo presente na voz dela, atraindo minha atenção.

— Se quer mesmo saber o que está havendo, vamos para um lugar mais reservado. – rebati, vendo os noivos no mar e observando cada movimento nosso.

Taeyeon se levanta, seguindo para o quiosque mais próximo e sendo seguida por mim. Minha mente estava em um turbilhão de pensamentos por saber que depois disso o meu futuro poderia estar todo ferrado.

Sentamos, por fim, na parte mais funda do quiosque, com duas batidas na mesa e olhares desconfortáveis sendo desviados. Não sabia como começar a falar a verdade, muito menos se ela aceitaria bem tudo o que eu contasse.

— Floquinho... – sussurrei nervoso, atraindo a atenção dela. — Taehyung e eu fomos namorados por longos anos, terminamos da última vez por erro de ambos. – confessei, abaixando a cabeça e vendo a bebida de cor avermelhada com cubos de gelo. — Eu o amo ainda, mas coloquei em minha mente que precisava seguir em frente com isso para evitar machucados maiores.

Um silêncio se formou ao que fechei a boca. Taeyeon logo pegou o canudo do copo, tomando um longo gole da bebida e deixando uma risada alta deixar seus lábios, piorando meu nervosismo.

— Se o ama realmente, deveria ter ido atrás dele no momento em que ele foi embora. – sua voz era calma, me fazendo erguer as sobrancelhas.

— Você não está brava ou algo do tipo? – dei de ombros, molhando meus lábios com a bebida adocicada de meu copo.

— Não estou, sabia que o amava quando escutei você chamar ele em um choro enquanto dormia. – um sorriso doce surgiu nos lábios da mais velha. — Foi ali que pude perceber que seu coração não me pertence dessa forma... Eu quero ajudar vocês a se resolverem, quero vê-los felizes um com o outro. – depositou suas mãos sobre a minha, tirando-me um sorriso emocionado.

— Ele voltou para a empresa, não atende minhas ligações... Duvido até que volte para cá no dia da cerimônia. – suspirei desanimado, logo sendo beliscado por ela.

— Ele se hospedou em um hotel no quarteirão debaixo. – a olhei surpreso, enquanto ela dava de ombros. — Digamos que eu sem querer ouvi a conversa dele com Jungkook quando estava planejando ir embora. – neguei com a cabeça, vendo o quanto de sorte eu tinha.

— E como vou sair daqui sem que o Ji queira mr enforcar? Daqui a pouco vai ser o jantar e ele vai querer minha presença. – tomo outro gole de minha bebida, tendo os cabelos acariciados de leve.

— Eu invento uma desculpa, agora vai logo antes que eu te bate por deixar o amor da sua vida escapar, bolinho. – sua voz era ameaçadora, com um sorriso lindo no rosto, me fazendo levantar imediatamente.

— A gente se vê mais tarde, muito obrigado mesmo por entender isso e querer me ajudar. – sorri docemente, deixando um selar carinhoso na testa da mesma antes de seguir rumo a fora do quiosque.

Parado em frente ao único hotel existente no quarteirão debaixo, minha respiração já estava pesada, meus pensamentos a milhão e tudo que precisava era saber qual o quarto do mais novo. Entrei no local, vendo um senhor na portaria com um sorriso no rosto olhando em minha direção. Aproximei-me cautelosamente, pois minha mente não deixava eu confiar em estranhos.

— Boa tarde, eu gostaria de saber qual o número do quarto de um dos hóspedes daqui. – falei docemente, vendo-o logo abrir o sistema do computador em sua frente.

— E qual seria o nome da pessoa? E o seu parentesco com ela, por favor. – sua voz era calma e pude ver desconfiança rondar seus olhos.

— Kim Taehyung, sou o namorado dele, vim fazer um surpresa. – dei de ombros, ignorando o leve espanto do mesmo enquanto procurava no sistema a informação sobre quem eu procurava.

— Kim Taehyung está hospedado no quinto andar, quarto 22. Tome a chave reserva e, por favor, não façam muito barulho. – o senhorzinho pisca em minha direção, me deixando sem graça pelo comentário.

Agradeço pela ajuda e pego o elevador. Olhava-me no espelho da caixa metálica, tentando ficar de aparência razoável. Não sabia como seria nosso reencontro e muito menos se ele pararia para me escutar. Sou tirado de meus pensamentos com o som das portas abrindo, saindo devagar e sentindo um frio na barriga.

— É agora, Yoongi. Oi você conserta ou estraga de uma vez. – murmurei baixinho, procurando o número 22 na porta e logo vendo, no final do corredor.

Paro em frente a porta e suspiro algumas vezes, procurando manter a calma. Bato três vezes na mesma e espero ser atendido. Após alguns minutos de espera, ouço a maçaneta da porta virar e logo ela ser aberta, revelando o mais alto com os cabelos bagunçados e os olhos levemente inchados de choro.

— Yoongi... O que faz aqui? Como me achou? – sua voz era baixa e sua face encontrava-se em um misto de tristeza e curiosidade.

Fiquei quieto e aproximei-me lentamente, ficando com o corpo quase rente ao dele. Na ponta dos pés, para alcançar o rosto de Taehyung, deslizei a destra até os cabelos do maior, entrelaçando meus dedos ali, e logo juntando nossos lábios em um selinho demorado.

— A gente precisa conversar. – sussurrei contra os lábios dele, o empurrando para dentro do quarto e fechando a porta.

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Adaptação autorizada pela autora.
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