30: Curativos.

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Kim Taehyung

Eu precisava de um tempo para digerir tudo aquilo sem surtar. Sabia quem meu coração anava depois de minha partida para o “esconderijo” até o da do casamento. Deitado na cama, tentando apenas afogar as mágoas no choro baixo que molhava os travesseiros, e emitindo soluços em meio a tempestade que não havia hora certa para se ir embora.

Escuto batidas na porta, deixando-me contuso por ter sido claro na portaria que não queria ser incomodado por ninguém até amanhã de tarde. Limpo meu rosto na manga do moletom que cobria meu corpo, seguindo para a porta devagar na esperança de que minha cara estivesse levemente apresentável enquanto abria a maçaneta sem pressa para ver quem estava aldo outro lado.

Sinto meu corpo gelar ao que vejo o loiro parado em minha frente. Mil coisas se passavam em minha mente pelo simples fato de vê-lo ali, como se estivesse tentando consertar as coisas.

— Yoongi...? O que faz aqui? Como me achou? – perguntei baixinho, confuso por ver a pessoa que machucava meu coração.

Fechei os olhos quando percebi a proximidade do mais baixo. Um lado meu gritava para se afastar enquanto o outro ordenava para que eu mandasse tudo para o quinto dos infernos e o beijasse. Senti meu coração acelerar ao sentir os lábios de Yoongi sobre os meus, ele não deveria fazer aquilo enquanto sua noiva, possivelmente, estava com Jimin conversando sobre o casamento.

Abro os olhos ao que me sinto empurrado para dentro do quarto, ouvindo a voz doce de Yoongi falando que precisávamos conversar, deixando-me totalmente em transe causado pela minha instabilidade emocional nas útimas horas.

— Só me responde, como me achou? – sento-me na cama, procurando não sair do meu foco e cair nos encantos dele.

Ele apenas andou até parar entre minhas pernas, deixando as duas mãos em meu rosto e, consequentemente, deixando nossos olhares se encontrarem, fazendo como que eu sentisse um arrepio em minha coluna.

— Minha ex noiva escutou sem querer sua conversa com o Jungkook sobre para onde estava indo. – sua voz doce atrapalhava meus pensamentos. — E já respondendo sua pergunta, sim: eu e a Taeyeon terminamos de boa, pois ela percebeu que meu coração pertence a você.

Abro a boca em surpresa. Ele estava ali para ficar comigo, para ser meu novamente. Fecho os olhos por segundos a fim de recobrar minha consciência, mas sou interrompido pelos lábios do mais baixo junto dos meus novamente. Deixo alguns selares simples em Yoongi, afastando-me ainda de olhos fechados e tentando digerir o que estava acontecendo aqui. Seria apenas uma alucinação de minha mente para confortar-me nesse momento de tristeza profunda? Poderia aquilo estar realmente acontecendo comigo?

— Taehyung? Diz alguma coisa, estou ficando preocupado com todo esse silêncio... – sorrio largamente ao ouvir a voz do mais baixo.

Puxo Yoongi pela cintura, fazendo-o cair por cima de mim na cama grande, causando risadas nele e me fazendo abrir os olhos, vendo o rosto angelical do meu gatinho. Elevo a destra até o rosto do mesmo com cuidado, para não deixar marcas ou coisa do tipo, e podia ver um pequeno sorrio nos lábios dele, deixando-me com o coração a mil.

— Eu acho que meu coração vai explodir de felicidade, você tem certeza disso? – sussurro, observando a pequena constelação castanha em minha frente. — Você tem mesmo certeza de que vai ficar aqui, comigo, e passar pelas dificuldades e aguentar meus dias de porre?

— Eu vou ficar ao seu lado mesmo nos piores momentos, desde que me prometa que nunca irá mentir ou deixar de sempre dizer o que se passa em sua mente. – era possível sentir a preocupação em sua voz, fazendo-me ficar sério sobre a pedido.

— Prometo que sempre que algo me incomodar irei te falar, não esconderei nada de você e procurarei manter o máximo de transparência possivel. – estando meu mindinho direto, vendo-o rir baixo.

— Não pode mais voltar atrás agora, Tae. – sinto seu dedinho cruzar no meu e um beijo em minha bochecha. — Você acha que o Jimin vai matar a gente?

— Ele vai dar um chilique, ameaçar me castrar e possivelmente te dar una tapas, mas acho que depois vai aceitar e ficar de boa. – abraço a cintura do menor, vendo-o se aconchegar em meu corpo.

— Então acho melhor contarmos a ele o mais rápido possivel se não quisermos aturar algo pior. – sua respiração leve pôde ser ouvida e sentida em meu peito. — Agora o que faremos, hum? Pensei em saimmos para comer e depôs, quem sabe, assistir um filme.

Um sorriso involuntário surgiu em meus lábios, ele ainda continuava perfeito mesmo com sua simplicidade em meio ao luxo todo que sempre viveu. Acho que, finalmente, as coisas começariam a dar certo.

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Adaptação autorizada pela autora.
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