06. Fogo e pólvora

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*capítulo não revisado 100%


Ellie

— Ué... A gente não ia para o tal do Billy? — Perguntei em pura confusão.

Depois de termos caminhado por um tempo, eu esperava chegar na casa do casal que eles tinham falado, mas tudo que eu avistei foi mais um dos locais dos Vagalumes.

— É Bill. — Joel corrigiu.

— Tá, tanto faz. — Pouco me importava o nome dele. — O que estamos fazendo aqui?

— Eles precisam saber que estamos vivos. — Explicou. — Querendo ou não, temos que seguir o protocolo.

— Que saco. — Cruzei os braços.

— Só vamos comer alguma coisa, tomar um banho e descansar um pouco antes de ir. Não estamos tão longe agora.

— E pegar remédio pra Tess. — Aster acrescentou.

— Não podemos.

— Por que não? — A mais nova perguntou inconformada.

— Remédios, baterias, essas coisas... são recursos caros. — A mulher falou e depois tossiu. — É para isso que Joel e eu estamos nessa. Nossa comunidade precisa disso. Está em falta. E bom, eles não dão nada de graça.

Que filhos da puta...

...

Após termos feito tudo o que precisávamos, era hora de ir, mas não conseguimos encontrar Aster em lugar nenhum. Joel e eu já havíamos revistado quase todos os cômodos.

Onde essa garota tinha se metido...

— Nada ainda? — Ele me perguntou e eu balancei a cabeça negativamente.

Descemos novamente ao primeiro andar e pedimos ajuda ao pessoal de Marlene para encontrá-la.

— O que? A garota da Fedra? — Um dos homens dela chegou na sala. — Ela está com o Fabian.

— Quem é Fabian?

— É nosso médico.

— Nos leve até lá agora. — Joel pediu, mas soou mais como uma ordem.

Caminhamos por cerca de dois minutos por alguns corredores e entramos em uma sala, encontrando Aster sendo examinada pelas enfermeiras. Joel e eu nos entreolhamos confusos.

— Ah, que bom que você chegou. — Um cara de jaleco branco veio até nós. Acredito que ele deva ser o médico. — É o responsável dela, certo? — Perguntou ao Joel. — Ela precisa tomar a cada oito horas, não pode esquecer. Sempre a mantenha agasalhada também. Aconselho que vocês não fiquem muito perto e evitem compartilhar suas coisas, caso contrário, todos podem ficar gripados juntos.

O homem terminou de passar as informações e nos entregou uma sacola cheia de medicamentos. Permanecemos em silêncio tentando processar a situação.

— Posso te ajudar com algo mais, pequena? — O médico voltou para Aster.

— Não. Obrigada, doutor. — Ela entregou um sorriso.

Ele não sabia, mas era fingido. Eu a conhecia bem o suficiente para saber disso.

Fabian achou aquele ato fofo e deixou um afago na cabeça dela.

...

NO CURE, Ellie WilliamsWhere stories live. Discover now