Kilvan, filha da floresta e da água. Omatikaya por nascimento e Metkayina por criação. Kilvan vivia sua vida normalmente na tribo Metkayina, o povo da água. Até que visitantes inesperados chegam, e quem diria que, não apenas seriam Omatikaya como um...
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Tá, me explica de novo pra' que serve esse negócio do dedo.
Os dois passaram o resto da tarde voando, longe dos olhos do povo Metkayina. Mas agora, com a noite chegando e o cansaço do animal ficando aparente, eles decidiram voltar ao solo.
Kilvan só conseguia pensar que foi um das melhores experiências da sua vida. Não podia esperar para voar de novo.
Já Lo'ak, ele só conseguia pensar nela. Em como ela ficou feliz e ele como deve ser difícil para ela nunca ter conhecido o seu lar biológico.
- Basicamente, você usa quando alguém está sendo um idiota ou é um idiota.- diz enquanto faz carinho no ikran, se afastando do animal logo depois.- Tipo o seu irmão.- complementa.
A garota da um leve empurrão nele.
- Então é só levantar o dedo do meio... Assim?- pergunta reproduzindo o gesto.
Ele ri.
- É! Exatamente assim.- assentiu.
Eles seguiram andando na direção de casa. Durante todo o caminha Kilvan não conseguiu esconder os sorrisos que transpareciam em sua feição vez ou outra, tanto para o amigo quanto para si.
Ela jogou a cabeça para trás.
- Snif!- suspirou sorridente.
- O que foi?- Lo'ak perguntou, a fitando.
- É só que hoje foi incrível!- ela disse maravilhada.- Obrigada, aliás.
- Não agradeça, você me mostrou e ensinou tantas coisas. Era o mínimo que eu podia fazer.- disse timidamente.
- Foi uma troca justa.- Kilvan fala assentindo rapidamente.
- Hum-hu.- ele assentiu rapidamente também.
O resto do caminho foi mergulhado em um silêncio. Não um silêncio constrangedor, só um silêncio. Agradável até. Ao contrário da mente de Lo'ak que está um caos, tendo algo para dizer mas sem saber exatamente como dizer. Testando mil formas diferentes de se expressar e nenhuma parecendo boa o suficiente.
Quando já estavam próximos da praia, ele parou bruscamente.
- O que foi?- foi a vez de Kilvan perguntar.
Sua boca abriu e fechou uma vez. Duas vezes. Três vezes.
- Tá tudo bem?- ela perguntou com um semblante preocupado.
- É só que...- ele estava visivelmente nervoso.
A preocupação no rosto de kIlvan se agravou ainda mais.
- Obrigado por tudo que você me ensinou.- mentiu.
kIlvan não ficou nada convencida, mas decidiu ignorar, pelo menos por hora.
