Sedução

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Madrugada de uma quarta para quinta-feira, olhei no relógio, uma hora e vinte e cinco minutos, muitas horas já haviam passado e eu nada de conseguir dormir. Às vezes um breve cochilo, mas acordava assustado ante o menor barulho, até mesmo o voo descoordenado de um inseto passando próximo, era motivo para despertar do breve cochilo.

Ouvia apenas a algazarra natural dos seres noturnos. A silhueta de morcegos silenciosos se iluminavam brevemente pelo luar quando cruzavam o céu, lá fora, diante da janela aberta. As horas não passavam. A escuridão estava amenizada pelo luar que entrava no quarto e se espalhava pela cama. Uma brisa suave tocava, de vez em quando, meu rosto e trazia consigo o odor úmido e agradável da madrugada.

O cheiro gostoso de lençóis e fronhas limpas, recém-trocados, invadia meu olfato não me deixando esquecer, as palavras da melhor amiga da minha doce paixão platônica, motivo da troca apressada do lençol e banho caprichado: "hoje de madrugada tenho uma bela surpresa".

Eram sete horas da noite, quando, Pati, minha paixão platônica passa por mim no corredor que leva para os quartos e o banheiro, usando apenas uma toalha mal ajustada ao corpo deixando seus pequenos seios quase á vista. Como de praxe, era mais uma sedução, pois ela sabia quanta paixão e tesão eu sentia por ela, então para me torturar, ela vivia me seduzindo, mas com o mínimo gesto de me aproximar dela e, principalmente, de seu belo e delicioso corpo, ela saia correndo e rindo da minha cara de decepção ao vê-la fugir correndo.

Jê, sua melhor amiga era, na verdade, e sem ela perceber, sua pior inimiga. Descobri isso por acaso quando, um dia, minha paixão, mais uma vez me seduzia, quase abriu a porta do banheiro para me deixar vê-la nua, quando, a seu pedido, depois de um banho, entregava para ela, uma toalha pelo vão da porta do banheiro levemente aberta.

Jê, que tinha acabado de sair do banheiro, enrolada em uma toalha, viu no meus olhos a decepção e percebeu o quanto eu era apaixonado. Então, me esperou na porta de meu quarto e falou com cara de dó:

— Não liga não, no fundo ela te ama. Me dá dez reais que eu deixo você me ver pelada, não sou ela, mas sou gostosa para cacete!

A princípio não acreditei no que estava ouvindo, mas Jê vivia dormindo lá em casa. Elas saiam à noite e depois voltavam de madrugada para dormir em casa, pois eram, segundo eu pensava, muito amigas, mas lembrei que o povo dizia que a Jê não era flor que se pode cheirar, se é que me entendem.

Então, escutamos a porta do banheiro sendo aberta e ela rapidamente abre a toalha me deixando vê-la totalmente nua e antes da Pati aparecer ela fecha a toalha e diz:

— Quando nós voltarmos de madrugada e a Pati dormir eu venho pegar os dez reais.

Naquele tempo dez reais valia bastante, mas eu não acreditava que ela fosse aparecer porque eu senti no seu hálito um leve odor de álcool e quando, mais tarde, ela pensasse no que fez, ia, certamente, morrer de vergonha.

Não pensei mais nisso e fui dormir pensando que, pelo menos, ela era mesmo muito gostosa e tinha belos seios. Apaixonei-me por eles e acabei sonhando com a Jê. No sonho, estava chupando aqueles seios fenomenais, quando de repente, sinto uma boca muito quente chupando meu pau. Lentamente meu pau foi ficando duro e só então me dou conta que não era mais um sonho e sim, realidade.

Parece que o efeito do álcool sobre a Jê não só não passou como o odor aumentou e ela estava lá, nua, deitado sobre minha coxa e perna, com sua boceta encaixada e comprimindo meu pé, enquanto ela sugava com tanta força que eu sentia meu pau esticar e entrar escorregando em sua língua a cada nova sugada como se fosse ser engolido, mas conforme a surpresa passou e ele ficou duro, estabilizou no abraço apertado de sua língua.

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