capítulo 10

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Lua
( 1 mês depois)

Caramba, um mês se passou. Vou atualizar vocês sobre o que rolou desse meio tempo.

Eu consegui um trabalho como garçonete aqui no morro mesmo, não ganho muito mais pra mim é o suficiente. Fiquei com o pecado umas duas vezes, mas ultimamente tenho evitado ele e nem tem motivo, é que sei lá. A Bruna e o gavião se pegam as vezes mais parece que não é nada de mais também e a Júlia está meio que junto com o cotoco, não se largam mais.

— dona Sônia, já acabei, posso ir? — tinha acabado de limpar as coisas aqui na lanchonete e estava doida para chegar em casa.

— Claro, bom descanso — a dona Sônia é muito gentil, o gavião que descolou esse trampo aqui.

Ele disse que não precisava e aquelas coisas mais eu preferi, odeio ficar dando despesas.

— aí porra! — me assustei quando meu celular começou a tocar, era um número desconhecido, eu não ia atender mais fiquei curiosa, o dd era do Rio.

— alô? — fui saindo da lanchonete — alô? Tem alguém na linha? — o outro lado não falava nada, então eu só desliguei. Povo doido, liga e não responde.

*Biiiiiii (barulho de buzina)

— uma hora você vai morrer atropelada! — pecado gritou quando parou a moto em cima de mim e me fez derrubar o meu celular.

— que porra, pecado! — me estressei quando peguei o celular do chão e tinha quebrado a tela.

— você que não olha por onde anda e eu que estou errado? — desceu da moto.

— se andasse devagar não atropelava nin... — pecado não me deixou terminar de falar e me imprensou na parede me dando um beijo, eu não entendi nada mas continuei.

Agarrou firme minha cintura, eu até avia esquecido de como esse beijo me levava a loucura, um beijo com desejo.

— vai continuar sem responder minhas mensagens? — pecado falou assim que paramos o beijo por falta de ar.

Eu nem respondi, tentava raciocinar o que acabou de acontecer.

— quero você hoje — disse todo autoritário.

— não sei se estou afim de você — falei cheia de marra.

— se tu não aparecer na minha casa às 22:00, eu vou te buscar na sua. — revirei os olhos e ele me deu um selinho mordendo de leve meu lábio inferior.

— vou pensar.

— tenho coisas para te proporcionar hoje — piscou para mim, subiu na sua moto e acelerou.

Porra, não vou mentir, fiquei com uma puta curiosidade de saber que coisas eram essas mas também não quero ir só porque ele mandou.

Fui para casa e antes de abrir a porta, ouvi uma gritaria, abri a mesma e vi Júlia estapeando o cotoco, ele tentava se defender com as mãos levantadas.

— EU NÃO QUERO SABER!! EU VI VOCÊ SE ESFREGANDO NELA!! — gritava com ele.

— ou, ou. O que tá pegando? — perguntei tentando tirar ela de cima dele.

— para Júlia, eu não estava com ela — cotoco se explicava.

— NÃO ESTAVA? — olhou puta para ele — ESTA ME CHAMANDO DE MENTIROSA?? — Agora o bicho pegou.

— Que porra essa? — gavião entrou na sala agarrando a Júlia e jogou ela feito um saco de batata no sofá.

— Eu vou matar você! — disse Júlia para o cotoco apontando para ele.

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