Retorno indesejado

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1 mês se passou... E a Duma continuava nos visitando, contando tudo o que havia passado... Mongo não disse uma palavra desde então. Tudo que ele fazia era apenas olhar as ilustrações e nada mais. Enquanto isso eu não parava de patrulhar, patrulhava até ter certeza que tudo estava em ordem. Mas às vezes patrulhava mais do que realmente precisava...

Pai... Você está de volta...-Obasi Diz se lançando em mim.

Por que demorou tanto? A gente sentiu sua falta pai...-Makya diz também se lançando.

Eu sei que demorei, mas se acalmem, eu estou aqui agora.-Eu digo.

Você trouxe alguma coisa pra gente?-Obasi pergunta.

É claro, eu sempre trago algo pra vocês, aqui estão os suurpruins... E para o Makya, um pedaço de um bisão...-Eu digo.

Obrigado pai... A gente agradece.-Eles dizem me abraçando.

De nada... É o mínimo que eu posso fazer pelos 2.-Eu digo.

Voltem para o bando, eu acompanho vocês depois.-Eu digo me levantando enquanto eles começam à andar.

Então é por isso que eles se apegam tanto a você?.-Duma pergunta se aproximando.

Tá com inveja por que eles gostam mais de mim?-Eu pergunto brincando.

Não para com as piadas, não é? Mas não é inveja. É que eu também passo um tempo cuidando deles e eles nem parecem gostar de mim.-Ela diz.

Eles gostam sim, só que... Eu acho que é porque eu me dedico muito para cuidar deles, sabe, eu sempre trago comida, brinco com eles e ensino as coisas.-Eu digo.

É verdade... Você é bem cuidadoso com eles, mas como você consegue comida para o Makya? Sabe, mesmo sendo o protetor, você não pode caçar os animais fora da área.-Ela diz.

Eu sei, mas eu tenho um amigo que me ajuda com isso, ele é da área e pode caçar, é claro que ele também come, eu só trago o suficiente para que o Makya possa crescer saudável.-Eu digo.

Entendi... Mas por que você não deixa o Makya comer a mesma coisa que nós comemos?-Ela pergunta.

É algo que eu decidi fazer isso para que ele não fique confuso quando viver sozinho. Sabe, ele não vai ficar aqui para sempre, ele vai ter que voltar para o local dele, então ele tem que comer o que tem lá para se acostumar, ainda bem que ele não reclama disso.-Eu digo.

Você é um bom pai adotivo... Eles tem sorte de terem você como pai.-Ela diz sorrindo, enquanto me vê um pouco pensativo.

O que houve Taya? Eu disse algo ruim?-Ela pergunta.

Não, não é isso... Mas sabe, eu entendo o Obasi me chamar de pai, eu adotei ele bem novinho e dei um nome pra ele, ele não teve tanto tempo com a mãe, mas o Makya... Ele teve muito contato com os pais, ele até falava quando a gente achou ele.-Eu digo.

Se acalma, deve ser porque ele era muito novo também, sabe, ele nem tinha 2 meses direito, nem todos os filhotes são tão bem desenvolvidos como você era. Além disso, nessa idade nem sempre tem uma boa memória, por isso os pais sempre ficam perto dos filhotes, assim eles sabem quem devem ter por perto.-Ela diz.

Você tem razão... Bom, vou indo logo, daqui a pouco preciso voltar para a próxima patrulha.-Eu digo me preparando para sair.

O quê? Mas você já patrulhou 2 vezes e você acabou de chegar... O Obasi e o Makya vão ficar tristes se você sair de novo.-Ela diz.

Eu sei Duma, mas, eu realmente preciso fazer isso, esses meses foram muito difíceis, eu preciso ter realmente a certeza que tudo está totalmente em ordem.-Eu digo.

A Grande Jornada Para o RefúgioWhere stories live. Discover now