Bagunçado Destino

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Quarta-feira - 15:45pm
- morro do sabão...

Kamilly🐨

Uma hora e meia,esse é o tempo que os tiros estão durando.

A invasão começou du nada,eu tô com medo,porque todos os meus estão lá fora,em meio ao tiroteio.

Ryan:mãe,eu tô com medo - me abraçou de lado e respiro fundo

Kamilly:calma amor,já já isso acaba,pega teu celular e vai jogar - sorri fraco e ele negou

Ryan grudou em mim,no meu colo Zaya dormia serenamente e agradeci a Deus por isso.

Olhei em socorro pra Vivi,ela vejo até nós e sentou do chão,pegou o celular e entreteu o garoto com algo.

O meu celular apitava muito,o grupo a qual eu tenho com as meninas chegava mensagem toda hora.

Mandavamos mensagem,pra saber se estamos todas bens e por sorte estavam.

A Mariah tava com a Eliza,eu me eliviei porque na casa da Joana,tem os esconderijos.

Aqui também tinha,então estamos em segurança,pelo menos por enquanto.

Vivi:dormiu - aponta pra Ryan

Kamilly:ainda bem,e melhor assim.

Vivi:vou improvisar uma cama.

Ela levantou,deixou ele encostado em mim com cuidado.

Viviane acho uns colchões,forrou com uns lençóis,ela pegou a Zaya e pós ali e fiz o mesmo com Ryan.

Ele tava pesado,mas se o acordasse ele não dormia mais,e preferia ficar toda quebrada,do que ver meu filho sofrendo em angústia.

Kamilly:tô muito preocupada.

Vivi:eu também,mas temos que ter calma e fé - segurou minha mão

Kamilly:tem razão,Deus irá proteger todos eles - falei convicta

A verdade é que,eu estava tentando me convencer disso,mas não estava adiantando muito.

Até que os tiros sumiram,ouvi um barulho enorme na porta,fiquei com medo,mas assim que vi o meu loiro corri pra ele.

O abracei forte,chorei por ter tido medo de perder ele,o analisei e encarei seu rosto cheio de sangue e o braço com um pequeno corte.

JP:tô bem vida - sorriu fraco

Kamilly:não tá não - chorei - eu fiquei com medo,muito medo.

JP:xiu - me abraçou

Chorei muito,mas fui me acalmando aos poucos e me separei dando um beijos nele.

Kamilly:nunca mais,eu deixo você ir pra isso,tá me ouvindo João Pedro.

JP:tô linda,embora isso vai acontecer várias vezes,porque eu sou o dono.

Kamilly:cala boca - digo e me viro indo abraçar meu pai - tá bem?

Tubarão:sou de ferro - riu e vivi bateu nele

Vivi:de ferro teu cú,você não era nem louco de morrer,te buscava no inferno - diz e rimos

JP:vamo sair daqui,preciso de um banho e ficar com minha família.

Assentimos,peguei Zaya no colo e ele fez o mesmo com Ryan,subimos pro nosso quarto.

Colocamos nossos filhos ali,suspirei beijando a testa dos dois.

JP:papo reto,só voltei pra casa porque teu pai tinha trazido algumas munições,se não era vala.

Kamilly:cala a boquinha,tu não vai morrer antes de mim - beijei ele

JP:vou sim,porque não aguentaria te peder - me agarrou

Kamilly:digo o mesmo,então vamos morrer juntinhos,abraços de mãos dada - digo rindo

JP:papo estranhão mané,vamo morrer de velhice,depois de encher essa casa de filho.

Kamilly:tudo bem,por mim pode ser assim - sorri contra sua boca - te amo.

JP:Te amo parceira,não vivo sem tu nem ferrando.

Sorri aberto,graça ao meu bom Deus,ele voltou pra casa e pra mim.

[...]20:36pm

Joana:obrigada meu Deus,por trazer todos eles de volta - agradeci de novo

Eliza:amém mãe - diz grudada em formiga

Falcão:agora que já passou,vou contar que nunca tive tanto medo quanto hoje. Bagulho sinistro.

JP:nem me fale - servi o macarrão

Formiga:mo medo,de não voltar pra casa - segura na cintura de Liza

Eliza:tu não era nem louco,não pode me abandonar assim,nenhum de vocês pode - diz séria

Kamilly:concordo,e o que fazem da vida eu entendo,mas vocês tem família e tem pra quem voltar.

Mariah:exato,eu não vou chorar por morte de ninguém - olhou em especial pro meu irmão

Falcão:relaxem,estamos bem e sempre vamos estar.

Concordei com aquilo,resolvemos nos juntar aqui em casa,fazer uma macarronada e agradecer pela vida deles.

Só meu pai e vivi,que foram embora pra não ficar tarde,mas já chegaram super bem em casa.

Mariah:e o tal delegado,o que fizeram com ele?

JP:o animal fugiu,mas o que é dele tá guardado - sorriu de lado

Comi meu macarrão,o pessoal falava sobre tudo,a real e que todo mundo tava tentando esquecer o susto de mais cedo.

As crianças já tinham jantado,foram dormir porque tem aula cedo amanhã,embora pela grande perca de gente e capaz de não ter.

Infelizmente o número de mortos,foi muito alto,devido ao ataque surpresa.

Mas João resolveu isso,vai fazer um funeral coletivo,pagou tudo e também vai auxiliar os familiares dos vapores.

Mariah:quem diria,eu sentindo medo de perder o traste do seu irmão.

Ri baixinho,ela me abraçou de lado e encaramos o pessoal.

Agradeço a Deus,se não fosse ele nós olhar lá de cima,nenhum deles estariam aqui.

Mariah:te amo amiga - falou chorosa

Kamilly:eu te amo - sorri

Eu sei lá,mas agora eu aprendi que a vida e uma despedida,a qualquer momento podemos partir.

Por isso,temos que viver como se fosse o último dia e nunca deixar nada para o amanhã.

Porque pode ser tarde.

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Boa tarde.

Querem uma maratona?

Só porque tô bem boazinha.

Até o próximo beijos.