Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 01

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Narradora

Era uma bonita primavera, do dia 26 de março de 1823, e o luxuoso salão de baile estava cheio, mais uma temporada social havia começado em Londres e mesmo resistente a ideia de comparecer a esse baile, Adeline Mooreen havia sido obrigada a ir acompanhada por ninguém menos que eu sua tia Alice Collins.

Diferente das outras senhoritas presentes no baile, Adeline sabia que havia perdido sua chance de arrumar um marido. Aos 29 anos, ela era uma solteirona, sem esperança de um dia encontrar algum pretendente.

Ela se sentia fora do lugar, se sentia asfixiada naquele lugar com tantas pessoas ao seu redor, ela se sentia como uma verdadeira boba. Muitas das garotas que havia conhecido no passado em um dos bailes da alta sociedade quando estava à procura de um marido, agora eram esposas de algum nobre ou de alguém muito importante, e a olhavam de longe com certa zombaria e frieza por ela não ter tido a mesma "sorte" que as mesmas.

Então, o que a havia levado até aquele lugar? Sua tia Alice ela era a sua única família que havia lhe restado na vida, por isso não podia negar depois dela ter suplicado para que ela acompanhasse a esse baile. Sua tia ainda nutria a esperança de que ela encontraria um cavalheiro disposto a se casar com ela. Um cavalheiro que sua sobrinha realmente não acredita que vira porque  já fazia um bom tempo que Adeline aceitou que havia se resignada a ficar sozinha pelo resto de sua vida. Sua tia diz que ela é pessimista por pensar dessa forma e ela sempre nega dizendo que não é pessimismo e sim realismo. E em sua mente, ela pensa quem iria olhar para ela quando havia tantas senhoritas mais mais jovens e mais bonitas do que ela?

Alice: Que afortunada você é essa noite minha querida sobrinha. - Sua tia Alice falou fazendo-a voltar a realidade se afastar de seus pensamentos

Adeline: Perdão. A senhora por acaso disse algo tia? E que eu não a escutei. - ela falou um tanto desconcertada da realidade.

Alice: Adeline, minha querida. Por algum motivo eu sabia que tinha que insistir para você vir essa noite... E se for verdade o que meus olhos veem, sinto que sua vida está prestes a mudar minha querida sobrinha. - ela a diz um tanto sorridente.

Adeline: eu não estou lhe entendendo minha tia. - ela diz confusa.

Alice: Acaba de chegar no baile alguém que ninguém esperava que viesse hoje...

Alice: Por acaso você não viu que as pessoas estão impressionadas com a chegada da pessoa que meus olhos estão vendo? - Ela a perguntou.

Adeline: Sim titia isso eu vi, mas eu ainda não entendi o que isso tem a ver comigo. Se a senhora falasse sem rodeios, eu viria a entenOder, e sendo sincera, eu não consigo ver de quem a senhora está falando no meio de toda essa multidão.

Alice: Vem, vamos procurar um lugar onde voce possa ter uma mulher vista.  - ela falou animada e Adeline percebeu que sua tia Alice se sentia muito emocionada e sorria, como se Deus finalmente tivesse ouvido alguma de suas preces.

Alice: Ele não costuma a vir a bailes da sociedade desde que consigo me lembrar.
Ele é um cavalheiro muito reservado e prefere ficar mais em sua propriedade em Brendwell, do que aqui em Londres.

Adeline: Ele quem tia? e o que isso tem a ver comigo? - ela pergunta confusa.

Alice: Ele é um nobre.. na verdade ele 
é um Duque, o Duque de Brendwell. E a propósito ele se encontra sozinho, ele ficou viúvo há cinco anos atrás quando sua esposa deu a luz a filha deles. - ela a diz e o seu sorriso podia expressar o que ela estava sugerindo mais do que as suas palavras.

Gɪᴠᴇ ᴍᴇ ᴀ ʟᴏᴠᴇ || O Duque de Brendwell Onde histórias criam vida. Descubra agora