A híbrida de fogo (PAUSADO)

cap. 16

*zion*

Desde a minha conversa com a Dara sobre a mãe dela, seu verdadeiro nome e quem ela realmente é, a mesma tem me ignorado e isso está acabando comigo e com meu lobo, só estou me alimentando pq ela faz as refeições comigo, mas na maioria das vezes como sem apetite... Apesar de tudo, coloquei na minha cabeça de que ela precisa de espaço pra entender tudo isso, espaço pra se lembrar de quem ela realmente é.
Sabendo que ela precisaria de tempo pra tudo isso mandei o René falar com a diretora do hospital e dar a dara uma semana de folga, assim ela não precisaria ter que se preocupar em trabalhar, falando em trabalho eu também deixei tudo nas mãos dos meus dois betas, a minha ruivinha precisava de mim, por mais que ela não admita, eu sei que ela precisa de mim... mesmo que me chame de carcereiro, o que me dói profundamente, mas se nesse momento oq ela precisa é de um carcereiro, eu serei, serei sua sombra, não desgrudarei dela um segundo, a cada duas horas eu passo na frente do seu quarto, meu lobo grita constantemente na minha cabeça para eu arrombar aquela porta e a tomar como minha, mostrar que eu sou o companheiro dela e que ela pode confiar em mim, que eu daria a minha vida em troca da dela... Mas eu não faço isso, apenas fico sentindo sua respiração do outro lado da porta...

Eu; quando vc vai abaixar a guarda pra eu entrar no seu coração? - digo baixinho para mim mesmo.
Cansado desse clima chato entre a gente decidi fazer um empadão pra ela, pelo que eu me lembre foi isso que ela estava comendo uma vez no bar da dona odete. Procuro uma receita facil no Google e mando o René trazer os ingredientes pra mim, sigo todos os passos da receita e graças a Deus deu tudo certo, tomo um banho, boto bastante perfume e tento melhorar a minha aparência para que a minha companheira possa me notar e finalmente quebrar esse clima chato entre a gente.
Depois de tudo pronto chamo a minha ruivinha, ela demora um pouco pra descer e eu ameaço ir buscar-la, a mesma aparece na mesma hora.

Dara: e então carcereiro? Oq vc preparou hj? - diz com deboche, e aquilo é como uma facada pra mim

Zion: já disse que não sou seu carcereiro e sim seu companheiro - falo ríspido e sem olhar para ela, só a Deusa da lua sabe o quanto eu estou tentando manter a calma, estou sem dormir a 2 dias por causa dela, praticamente larguei as responsabilidades da alcateia pra ficar com ela, procurei receitas que ela gosta só pra agradar-lá e é isso que eu recebo?

(Oziris: calma zion, ela está apenas chateada...

Eu; e eu não? Eu tbm n estou aborrecido com toda essa situação?

Oziris: normalmente o explosivo aqui sou eu, invertemos os papéis?

Eu: vai pra merda oziris. A rejeição da dara está me definhando, a sensação de ter-la ao nosso lado  e ao mesmo tempo parece que ela está tão distante... eu tô cansado disso

Oziris: eu também, mas temos que dar espaço para a nossa companheira

Eu; eu sei, eu estou dando...)

O oziris não fala mais nada e eu também não, o mesmo vale para a minha companheira de refeição, ela está completamente calada e evitando me olhar. Quando terminamos de comer ela foi lavar os pratos e eu arrumei a mesa, fiquei sentado esperando ela acabar os pratos até que a mesma acabou e foi em direção ao quarto, tomo coragem e a chamo, nós precisamos conversar...

Eu; ruivinha! - chamo, vejo que ela escutou, mas continuou indo para o quarto e trancou a porta - merda! - quebro um jarro que estava na minha frente e então paro, se ela abrir essa porta não é desse jeito que eu qro q ela me veja... mas a porta não abriu...
Pego uma cartela de remédio para dormir que eu so uso em situações extremas e essa é uma situação extrema, amanhã a mãe da Dara vai estar aqui e eu n tô nem afim de falar com ela. Fico encarando o remédio - será q eu tomo msm? Essa merda vai me derrubar até amanhã- balanço a minha cabeça - não, melhor não- jogo a cartela de volta na gaveta e tento dormir. Como todas as noites desde que a minha ruivinha n fala mais cmg, eu n consigo dormir.