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Venice Beach; Casa da Melissa.

Era uma sexta-feira à tarde. Eu estava jogada na minha cama falando com Mike por telefone e contando sobre minha conversa com Tom do dia anterior no mar.

Meu Deus! — ele exclamou. — E o que você respondeu?

— Nada. Aliás, eu dei muita risada. Quem esse garoto pensa que é?

Ah, Lisa. Não me diga que não ficou nem um pouco balançada em ter aqueles olhos te observando durante toda a tarde na praia. — Mike riu. — Até eu ficaria.

— Cala a boca. — resmunguei. — Ele é... muito convencido pro meu gosto.

Ele pode. Qual é? Já olhou para ele? Tom é lindo como deuses do Olimpo e quente como o inferno.

— Vou me lembrar disso para falar pro Bill qualquer dia desses... — brinquei.

Ei! Não se esqueça que eles são gêmeos sua dormenta, se meu boy que eu estou apaixonado é tudo de bom o seu também é! — sabia que ele estava dando de ombros agora.

— Espera... Você disse que está apaixonado?

Ah, cala a boca. — ele riu envergonhado. — É assim que você vai se sentir quando Tom te beijar pela primeira vez.

— Você diz como se eu realmente fosse beijá-lo. — eu ri. — Mike, isso não vai acontecer nunca.

Nunca diga nunca, Melissa. — ele cantarolou. — Tudo bem que Bill me contou que Tom pode ser o cara mais galinha e galanteador que ele já conheceu na vida, mas não é como se você estivesse procurando o amor da sua vida. Ele pode ser apenas o seu... passatempo de verão, uh?

— Tá maluca? Eu não quero nada que envolva eu e Tom Kaulitz e beijos. — fiz uma careta enquanto encarava na tela do meu celular seu pedido para me seguir, que eu ainda não tinha decidido se iria aceitar ou não.

Bom, tenho certeza que você vai mudar de ideia depois desse encontro. — Mike disse. — E eu quero que você me ligue assim que voltar...

— Mike, eu não vou sair com e...

E já que vão ao Hollywood Side, peça a Maryl Streep ou o Jared Leto. — continuou. — E não me mate, mas eu dei seu endereço pra ele! Deve estar chegando a qualquer momento. Arrasa, amiga, beijo e tchau.

Mike desligou na minha cara logo em seguida, e eu tive que ficar algum tempo parada processando todas as suas últimas palavras que foram ditas tão rápidas.

ELE TINHA FEITO O QUÊ?

Me desesperei e comecei a andar de um lado para o outro dentro do meu quarto.

Eu não iria sair para um encontro com Tom Kaulitz, não mesmo. Nem vem.

Uma buzina fez com que eu entrasse em pânico e assim que olhei pela janela, vi Tom com o celular em mãos.

Desci as escadas desesperada antes que meus pais o vissem ali e eu tivesse que dar explicações.

— Uh, olá. — ele sorriu galanteador quando me viu e guardou o celular em sua calça. — Você está deslumbrante.

Olhei para baixo e vi o vestido vermelho listrado de branco que eu usava, era apenas uma roupa de ficar em casa.

— O que você está fazendo aqui, seu estrupício?— perguntei incrédula que ele realmente estava ali. — Eu disse que não iria com você a nenhum lugar.

— E eu disse que iria te fazer minha até o fim do verão. — ele abriu a porta do carro. — E que viria te buscar.

— Eu vou matar o Mike! — murmurei nervosa.

— Não pode fazer isso, Melissa. Quem seria o par de madrinha do Bill em nosso casamento?

Fiz uma cara de choque. Esse garoto não poderia estar falando sério.

Ele continuou com a porta do carro aberta e fazendo sinal com as sobrancelhas para que eu entrasse.

— Por que eu deveria ir? — cruzei os braços.

— Porque eu sei que você está louca para descobrir por que esse garoto maravilhoso e talvez um pouco convencido quer tanto te levar para comer um hambúrguer do outro lado da cidade. — ele disse. — E também porque você não quer que eu faça um escândalo em frente à sua casa e encha seu saco pelo resto do verão, não é?

Bufei e vi o sorriso vitorioso se formar em seus lábios quando eu adentrei em seu carro.

Na rádio tocava alguma música do U2 bem baixinho e eu dei uma risada discreta quando Tom teve dificuldade para ligar o carro, que não ligou de primeira.

— O que você queria? — ele olhou para mim. — É um Honda '97.

— Seria mais fácil irmos a pé. — debochei.

— Não fale mal do meu bebê, Melissa. — Tom resmungou se fingindo de ofendido. — Aposto que não vá xingá-lo quando ver que o banco de trás dele é ótimo para uns bons amassos.

— O quê? — eu ri surpresa. — Só nos seus sonhos, Kaulitz.

The Summer • Tom KaulitzWhere stories live. Discover now