Capitulo 13

17 1 2
                                    

Eliza Torres

Ouvindo o barulho dos meus saltos e sentindo a neve misturada com o vento frio da cidade batendo na minha pele, eu amava essa sensação, eu amo frio e amo me sentir poderosa, era assim que eu me sentia desde que voltei a ativa

essa semana eu também havia deixado de ir de vez para a empresa, angela me ligava de tempo em tempo para me dar notícias e me atualizar sobre os assuntos de lá.

Já faziam 2 semanas desde nossa volta a mansão, desde então eu e as garotas (menos camila) nos reunimos todas as noites para conversa e planejar grandes roubos, isso necessita muita da nossa atenção, posso deduzir que somos as melhores justamente por planejarmos tudo, minimamente.

- porra, olha por onde anda - um homem alto e forte disse após esbarrar em mim e quase me fazer cair

ele me encarou sério, era um arrogantes com certeza, ele tinha expressao de bravo e nervoso, percebi isso pela sua postura

- olha você por onde anda, babaca - revirei os olhos e pude perceber o homem olhando pro meu decote pouco aparente pelo sobretudo em que eu usava

levei minhas mãos a cintura e comecei a encarar ele, depois dei um tapa em seu rosto e sai dali andando o mais rápido possível, odeio homens.

andei por mais uns 2 quarteirões e entrei em algumas lojas pra fazer compras, tudo ia bem, até eu virar no beco que eu havia estacionado e encontrar com a última pessoa que eu queria ver

- senti saudades - aquela voz rouca, e ainda mais pelo frio disse, quando eu estou prestes a esquecer essa voz infeliz, ela vem pra me lembrar que existe

- não vive sem mim, não é? - ele desencostou do meu carro e eu enfim tive passagem para entrar nele - oque você quer? - disse após me acomodar no veículo e abaixar o vidro, olhando para o homem bem seria, eu queria chegar a minha casa e

- posso entrar? tá frio aqui - ele passou a língua entre os lábios, e eu percebi eles cortados pelo frio, quase sangravam,ou realmente estavam sangrando?

ele deu aquele seu sorriso de canto e olhava profundamente nos meus olhos, acho que por dentro ele suplicava que eu o deixasse sentar no meu banco de carona

respirei fundo

- não pensa que eu to te dando mole, e nem que eu não te odeio, entra e fala oque você tem pra falar e vaza da minha frente - destranquei as portas e ele entrou no meu carro

- é o seguinte - ele foi tirando seu sobretudo e eu tratei de o parar

- ei ei ei, que pensa que tá fazendo? - eu disse, já estava ficando estressada com ele

- calma vida, preciso que me ajude -olhei desconfiada para ele, é pelo brilho da noite refletindo em sua pele, percebi que ele suava

- não me chama de vida -esperei, e quando ele terminou de tirar seu sobretudo, sua regata estava totalmente vermelha

- que porra é essa Richard? - eu perguntei com os olhos arregalados, ao mesmo tempo em que ele se mexeu desconfortável no banco, ouvi o barulho de sua arma

- você vai me levar pra sua casa e tirar a porra da bala que enfiaram em mim - o gelado do metal foi capaz de atravessar o tecido da minha blusa, mas no mesmo instante eu apontei a minha arma pra ele

- eu vou abaixar essa arma, e sei que vai fazer o mesmo, eu não sei que porra você quer me pedindo ajuda, mas eu não quero nada com você e sei que sabe se virar com uma bala. então sai do meu carro

Eu respirei fundo, muito fundo

- eu não posso - ele abaixou a arma e passou as maos sobre a cabeça - dirige, sai daqui, vamos pra outro lugar

- porque não pode? - perguntei ainda desconfiada

- eu briguei com os meninos porque eles não queriam vim atrás de um cara comigo, e agora estou com uma bala dentro de mim porque resolvi vim sozinho

- babaca - eu ri obviamente da cara dele e negava com a cabeça, me ajeitei no banco e liguei o carro

- para onde vamos? - ele disse e tossiu

- por mais que eu adoraria te ver agonizar e morrer na minha frente, meu carro é novo e eu não quero que suje ele

- para onde vamos? - ele voltou a apontar sua arma pra mim

- baixa a bola caralho, ou eu meto outra bala e dessa vez eu não erro seu coração...ou você prefere que eu atire na cabeça?

um sorriso brincava no meu rosto, permanecemos em silêncio até chegar no meu apartamento

- nós vamos subir, eu tirar a balas fazer um curativo e você vai sair da minha frente, pra sempre,valeu? - ele estava ficando pálido demais e já nem me respondia mais

Eu praticamente trouxe ele nas costas, agora ele estava deitado no meu sofá enquanto eu buscava as coisas pra fazer esse procedimento

- vai doer, ok? - eu disse enquanto colocava meus cabelos pra trás, respirei fundo e quando eu ia começar a retirar a bala, ele segurou a minha mão - qual foi? vai amarelar?

- não me mata, não hoje, eu tenho um roubo pra fazer semana que vem, por favor não me mata - ele dizia, já visivelmente mal

- rlx, não tô afim de te matar com uma morte paia assim - eu ri e meti a pinça logo pra retirar a bala, não estava difícil de sair então eu só tirei e fui fazendo algumas coisas pra melhorar o ferimento e a dor

20 minutos depois, eu estava colando a última faixa de esparadrapo nele

- vê se some, e se não faz mais merda

- prometo sumir, já não sei fazer merda- ele já estava melhor, até sua cor melhorou

- pode ir, já acabei -e então os pensamentos me rondaram - que roubo é esse que você vai fazer?

- sabe que não te interessa?

- me arrependi de não ter te matado - eu revirei os olhos e antes que eu pudesse levantar do sofá ele me impediu, segurou no meu pulso e me puxou pra perto

e então, me beijou, foi apenas um selinho, mas só de sentir sua boca na minha de novo, meu corpo já se arrepiou inteiro

mas porque caralho estou me sentindo assim?

empurrei ele com toda a minha força

- vaza daqui Richard

- mas você que me trouxe, como vou embora? - ele levantou do sofá e ajeitava a roupa

- se vira, sai da minha frente - fui empurrando ele até porta, bati ela na sua cara e então finalmente pufe soltar o ar que eu nem sabia que prendia

oque esse homem fez comigo? e porque eu deixo?

Isso são coisas que eu preciso descobrir...

Bad Romance | Richard CamachoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora