Chegou pousando na minha revoada, freou minha boca que era acelerada

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Capítulo novo para afogar as mágoas da vitória e exaltar nossa querida Júlia Kudiess que, no sacrifício e sem canela, tá jogando muito vôlei! Fernandinho, deixo em tuas mãos.

Mais uma vez aviso que existem passagens de tempo nesse capítulo. As coisas não estão tão sequenciais pois estamos avançando na estória.

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Assim que desceu do Uber, Naiane soltou um suspiro longo, mas seu sorriso feliz estava firme no lugar. Ela estava sozinha, vinda de onde estava se hospedando, e sua camiseta amarela da seleção de vôlei se misturava com os demais torcedores que já haviam chegado ao ginásio. Além da camiseta, Naiane estava usando uma calça jeans preta, um tênis da Nike e um óculos escuro. Sua meia era branca com as listras do arco íris na vertical, e seu boné preto também possuía um pequeno arco-íris na lateral. Sua parte favorita do seu próprio look, no entanto, era o nome de sua namorada na parte de trás da sua camiseta. Ela se sentia naqueles filmes americanos onde as líderes de torcida namoravam o jogador principal do time, e aquilo já tinha feito ela rir sozinha algumas vezes.

Olhando em volta na área de estacionamento do ginásio, Naiane avaliou a quantidade de pessoas que estavam ali. Ainda era cedo, os portões tinham recém aberto pelo que ela sabia, e a maioria dos que estavam ali no estacionamento estavam ou caminhando para os portões ou esperando por alguém. Alguns grupos estavam espalhados por ali, a maioria jovens, e Naiane ficou até tentada em seu juntar à uma galera que estava com uma caixa de isopor entre eles. Ao invés disso, com o sorriso inabalado, Naiane se encaminhou para as portas do ginásio. Ela estava com seu ingresso da arquibancada pronto no celular, e estava prestes a apresentar para a mulher controlando a entrada quando ouviu seu nome ser chamado.

Eram duas torcedoras, ela logo notou quando se virou, e elas já se aproximaram com o celular na mão para tirarem fotos. Naiane atendeu ao pedido, conversou com elas um pouco, e se despediu para entrar antes que mais alguém pudesse notar a comoção. A maioria das pessoas sequer saberia quem ela é, e acabariam atraídos simplesmente porque viram alguém tirando foto com ela. Naiane não se importava de atender a todos e tirar fotos, na maioria das vezes, mas ela estava ali também como torcedora daquela vez.

Naiane entrou no ginásio pouco depois das duas da tarde, ela notou após olhar rapidamente no relógio que estava no seu pulso. Um relógio de valor exorbitante que havia sido um presente, diga-se de passagem, mas ela não podia negar que adorava ele. Sua primeira reação foi olhar para a quadra, mas, como esperado, só haviam membros da comissão técnica por ali, os juízes, e uma galera da imprensa. A maioria dos assentos estavam vagos, mas já havia um público até considerável ali dentro, então Naiane começou a procurar um lugar para sentar. Ela já sabia qual a melhor área, e Laura seria obrigada a sentar onde ela escolhesse porque sua cunhada estava atrasada e não podia reclamar depois, então Naiane se dirigiu para as cadeiras que estavam vagas onde ela queria.

Naiane não conseguiu ficar sentada muito tempo, e acabou se levantando para se escorar em uma das grades de segurança que separavam o público do resto da quadra. Ela sorriu quando viu o técnico da seleção, Zé Roberto, conversando com um dos juízes, e ele sorriu de volta, acenando para ela. Minutos depois, ele caminhou na sua direção, passando pelos diversos cabos da equipe de transmissão e pelas placas de propaganda até chegar nela. Sempre tímido, Zé estendeu a mão para ela, e Naiane o cumprimentou com um sorriso divertido.

Eles começaram uma conversa leve em seguida, falando sobre a família, quanto tempo Naiane pretendia ficar em Brasília, e expectativas para o jogo, apesar que eles tentaram manter a conversa menos técnica possível. Zé e ela tiveram um relacionamento razoavelmente tranquilo na maior parte do tempo que se conheciam, e eles haviam conversado também depois de Naiane ser dispensada, apesar de breve. Os dois só foram interrompidos quando mais alguns torcedores se aproximaram pedindo fotos, e Zé aproveitou a distração para se afastar. Naiane não ficou chateada, sabendo que ele tinha que se concentrar no jogo, e acabou rindo um pouco enquanto falava com o pequeno grupo que havia se formado.

Tangerina - NaJuWhere stories live. Discover now