Summer Camp. | l.s.

4. Bagunças e reclamações.

A noite estava prestes a chegar. Os garotos dos outros dormitórios decidiram explorar o acampamento, juntamente com os seus monitores, exceto o monitor Zayn e seu grupo. Como os garotos do dormitório verde eram veteranos no Cores de Verão, eles já conheciam todo o lugar.

Entretanto, eles ainda queriam achar algo para fazer no dormitório.

— E se fizermos uma festa do pijama? — sugeriu David, apesar de não serem amigos próximos, Louis gostava muito do garoto, como amigo.

— Só seria legal se tivéssemos música. — o monitor comentou.

Louis estava deitado em sua cama, apenas pensando, ele não estava exatamente focado na conversa dos amigos.

— Podemos cantar. — Liam se levantou de sua cama e brincou que iria fazer uma performance.

— Ou melhor. — todos os garotos, exceto Tomlinson, olharam curiosos para Nicolás. — Eu trouxe meu iPad e tenho várias músicas baixadas.

A expressão no rosto de Zayn mudou, ele não sabia se aquilo era permitido ou não, porque, em teoria, era apenas proíbido celulares.

— E relaxa, Zayn, o diretor deixou eu ficar com ele. — o garoto disse rapidamente. — Porque eu uso ele para fazer desenhos.

O monitor concordou com a cabeça, mesmo estando um pouco cismado. Por outro lado, Louis nem sabia o que estava acontecendo e só realmente entendeu quando escutou a música alta.

— Vamos, Lou, canta com a gente. — o seu amigo, Liam, segurou em sua mão e o fez ficar de pé.

Assim, Tomlinson não teve escolha, a não ser começar a cantar a música junto com os outros.

๑

Harry não estava muito feliz, suas pernas estavam doloridas de tanto andar e seus sapatos estavam sujos de terra. A única coisa que ele queria quando chegasse no dormitório, era dormir.

Para a surpresa dele, o barulho dava para ser escutado de muito longe, e ele já sabia de onde estava vindo.

— Isso é permitido? — perguntou ele para o seu amigo. — Essa gritaria toda?

— Eles só não podem fazer barulho no horário de dormir, Hazz. — Niall ofereceu um sorriso gentil para o amigo, e o cacheado retribuiu o ato.

Harry estava apenas esperando chegar mais perto do dormitório verde, para ir lá tirar algumas satisfações. Porque, aqueles garotos não podiam fazer aquele barulho todo.

Quanto mais os garotos chegavam perto dos dormitórios, mais alto o barulho ficava.

— Eu vou lá falar com eles. — e não era exatamente com eles que o cacheado falaria.

— Não tem argumento que os façam acabar com a festinha. — o cacheado decidiu não escutar o amigo e apenas andou em passos largos em direção ao dormitório verde.

Ele deu três batidas na porta, para ter certeza que eles escutariam, e rapidamente um garoto desconhecido abriu a porta.

— Você pode chamar o Louis? — perguntou sério, ele quis agradecer ao Niall por ter o contado o nome do garoto.

— Claro. — o desconhecido fechou a porta e o cacheado estava torcendo para ele ter realmente ido chamar Louis, e não apenas ter fechado a porta em sua cara.

Segundos depois, a porta foi novamente aberta, dessa vez pelo garoto que Harry tanto detestava. Um sorriso grande surgiu no rosto de Tomlinson ao olhar o cacheado ali.

— Então você sabe o meu nome, esquentadinho. — brincou Louis sorrindo. — E eu não sei o seu, isso não é justo.

— Olha, eu sei que você gosta dessas coisas com barulhos e tudo mais. — começou Harry, ele estava tentando se manter calmo. — Mas, vocês estão gritando e isso incomoda todas as outras pessoas que não estão participando da sua festinha particular.

— Minha festinha particular? — Tomlinson arqueou a sobrancelha e riu. — Você quer ser convidado para minha festinha particular então?

— Você não está escutando o que eu estou falando? — Styles já estava prestes a perder a paciência.

— Sim, eu escutei muito bem quando você disse que queria ser convidado para a minha festa particular. — o cacheado deu um passo para trás, infelizmente ele tinha esquecido que tinha um pequeno degrau ali.

Para a sua sorte, Louis segurou firmemente em sua cintura a tempo. Não que ele pudesse se machucar, mas com certeza se sujaria todo.

— Eu quero que você pare com o barulho. — Harry estava focado na mão em sua cintura, mesmo que tentasse não demostrar isso.

— Você acha que eu comecei com o barulho? — o cacheado concordou, ele tinha certeza daquilo. — Por que?

— Porque você é barulhento. — Louis precisou tirar a mão da cintura do garoto, para então colocá-la na frente de sua boca para rir.

— Eu vou ver o que eu posso fazer. — disse o garoto por fim, e Harry finalmente abriu um sorriso.

— Obrigado, eu acho. — antes que o londrino fosse embora, Louis disse a última coisa que ele queria escutar.

— Com uma condição. — ele não se conteve ao revirar os olhos.

— Não.

— Você nem sabe o que eu ia dizer.

— E digo não. — Harry cruzou os braços.

— Tá bom. — o californiano estava prestes a fechar a porta de seu dormitório, mas foi impedido pelo pé do cacheado.

— Qual era a condição? — perguntou ele curioso.

— Quem diria que além de esquentadinho, você também é curioso. — Louis fechou a porta atrás de si, ele não queria que ninguém escutasse. — Vai acontecer uma festa no acampamento e eu quero você como meu acompanhante.

— Por que? — ele ainda estava com os braços cruzados, mas não estava com raiva.

— Sem mais perguntas, esquentadinho.

— Me diga o porquê.

— Só se você dizer seu nome. — Harry sorriu, mas começou a se afastar do dormitório verde.

— Você aceitou a condição? — gritou Louis, ele não tinha entendido o que tinha acontecido.

Harry olhou para o garoto e o mostrou seus polegares para cima, indicando um sim.

Tomlinson abriu ainda mais o seu sorriso. Rapidamente ele entrou no dormitório, ele teria que acabar com a festa deles.

Por outro lado, o cacheado estava na frente do seu dormitório, esperando o barulho acabar, porque era óbvio que Louis iria cumprir a parte dele.

— O que você falou para eles? — perguntou Niall curioso, o barulho tinha cessado e parecia que nunca tinha acontecido.

— Eu pedi para eles pararem. — não era mentira, ele realmente tinha pedido aquilo. — Pelo menos agora eu posso dormir no silêncio.

— Ainda tem o jantar, Hazz. — o cacheado se jogou em sua cama, ele estava cansado demais para pensar em outra coisa.

⁠๑