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Tudo estava até mesmo tranquilo enquanto aguardavam o Senador Na chegar, Jihye estava sentada entre Jiah e Jaemin, recebendo atenção dos dois em igual proporção, ela estava adorando aquilo, até porque Jiah imaginava que no orfanato as coisas não eram assim. Já haviam se passado meia hora do horário combinado, e Jihye resmungava que estava com fome, era uma falta de educação, na visão de Jiah, o pai de Jaemin os deixar esperando sem nenhum aviso de que iria se atrasar ou algo do tipo.

— Jaemin, querido, acha que seu pai ainda vai demorar? — Boah perguntou com a voz suave para o garoto não se sentir pressionado de qualquer forma.

Jaemin se mexeu desconfortável na cadeira, e demorou alguns segundos para responder, como se estivesse pensando se deveria ou não dar uma resposta sincera.

— Não sei dizer, senhora Kwon. Meu pai não me avisou nada. — Ele respondeu respeitosamente. — Peço desculpas em nome da família Na por essa falta de consideração com a senhora, sua família e convidados.

Ele respondeu extremamente formal, fazendo uma reverência média de desculpas, Jiah até arregalou os olhos com o que estava vendo, nunca tinha visto ele se comportar daquela forma, principalmente com a família dela. Talvez fosse por Jihye também carregar o sobrenome Kwon, ou algo do tipo. Boah sorriu fraco.

— Está tudo bem, mas acho que deveríamos servir a Jihye pelo menos. Ela está com fome, e daqui a pouco ela deverá ir dormir. — Jiah lembrou. — Acho que seu pai não se importaria com isso.

Jaemin recuou levemente novamente, e Jiah se perguntou se tinha dito algo errado ou desrespeitoso para o fazer agir daquela forma.

— Podemos esperar apenas mais dez minutos? Apenas dez minutos. — Ele pediu olhando para a Kwon mais nova, os olhos do Na brilhavam em receio e até mesmo algum tipo de temor, o que fez Jiah assentir lentamente com a cabeça.

— Podemos esperar dez minutos, appa! — Jihye respondeu animada, praticamente se jogando no colo de Jaemin. — São só dez minutos, não é?

Ele sorriu como se não estivesse preocupado anteriormente e assentiu pegando ela no colo.

— E depois podemos comer uma sobremesa, o que acha? Para compensar os dez minutos. — Ele ofereceu e ela abriu um sorriso.

— Eu posso ter preparado um bolo de cenoura especial para a minha neta preferida! — Boah confidenciou fazendo a mais nova comemorar com gritinhos, fazendo todos sorrirem com a fofura que ela era.

Poucos minutos se passaram até a campainha tocar anunciando que o pai de Jaemin finalmente havia chego, a porta foi aberta por uma das governantas da casa, que guiou o convidado até a sala de jantar perfeitamente decorada. No entanto, o homem estava acompanhado por uma mulher que Jiah reconhecia o rosto como uma das amigas mais próximas da mãe de Jaemin.

O Na mais novo tinha as mãos fechadas em punho, as apertando tão forte que as extremidades estavam brancas pela falta de fluxo de sangue. Era evidente que ele não sabia que o pai viria acompanhado.

— O que ela tá fazendo aqui? — Jaemin estava tão bravo que se não fosse por Jihye abraçada a ele, já teria iniciado uma briga física.

Jiah tinha poucas lembranças do pai de Jaemin, ele era um homem com mais ou menos quarenta ou cinquenta anos, muito bem vestido com um terno caro e feito sob medida e de boa aparência. Ele e Jaemin eram semelhantes fisicamente em alguns aspectos, como o formato dos olhos e o nariz. O Senador Na lançou um olhar de censura para o filho que enviou calafrios a Jiah que estava atrás de Jaemin. Ela sentiu quando o olhar do Senador caiu nela, e como os olhos escureceram com raiva, ela até mesmo recuou um os dois passos.

— Eu poderia perguntar o mesmo dela. — O Senador apontou com a cabeça para Jiah.

— Ela é dona da casa, e mãe da Jihye, essa mulher. — Jaemin apontou para a antiga amiga da mãe dele. — Não é nada além da amante que você colocou dentro de casa. E um dos motivos da minha mãe ter morrido!

— Ela é a minha esposa, moleque. Abaixe esse tom. — O Senador gritou com o filho. — Você é tão dramático quanto aquela mulher era.

— Sungwoo, não vou deixar você desrespeitar a memória da Hyejoo na minha casa. — Boah bateu as mãos na mesa com força o suficiente para calar a briga. — Eu permiti que você viesse nessa casa para conhecer a sua neta e para um jantar civilizado, mas se desrespeitar a minha filha, ou a mãe do meu genro novamente, uma medida protetiva contra você, e essa mulher.

— Não tenho interesse nessa criança. — A mulher disse com desdém. — Ela é tão feia, eu tenho pena.

Jiah que partiu para a briga, mesmo com os saltos desconfortáveis que ela estava usando, ela foi rápida o suficiente para sair de trás de Jaemin e dar um tapa na cara da mulher, o som ecoou por todo o cômodo.

— Peça desculpas para a minha filha. — Jiah exigiu.

— Me obrigue.

— Essa conversa está sendo gravada, com um único email para a mídia eu posso fazer a vida de vocês dois afundar tanto que nunca mais vão poder sair na rua. — Choque e medo preencheram os olhos do Senador e de sua esposa. — Se não pedir desculpas e sair dessa casa agora, eu posso acusar vocês de assassinato. A Senhora Na era amada por toda a Coreia do Sul, isso é o suficiente para acabar com uma futura candidatura à presidência, não é?

Ela questionou olhando para o Senador que estava vermelho como um pimentão, talvez tivessem se esquecido que ela era inteligente, ou que conhecia o suficiente da vida dos Na antes da tragédia para causar eles por trinta coisas diferentes. Ou talvez tivessem subestimado o carinho e proteção dela sob a Jihye, mas os dois se ajoelharam e pediram desculpas para a pequena que tinha os olhos marejados e abraçava a perna de Jaemin.

Poucos segundos mais tarde os dois se retiraram, fazendo todos respirarem fundo. Ela teve sorte, no entanto, deles acreditarem que estava tudo sendo realmente gravado. 

𝐏𝐀𝐑𝐄𝐍𝐓𝐒 : nct dream Onde histórias criam vida. Descubra agora