Hospital

147 6 31
                                    

N.A Apareci! Peço desculpas por domingo mas amanha mesmo sai o proximo, tava ficando muito grande então vamos de quebra de tempo... Enjoy enjoy

P.O.V Jinny

 Quatro dias depois

Aquele funeral ficaria marcado em minha memória… A mágoa, a dor, o choro…  

Quando a terra bateu no caixão, a culpa me tomou por completo, os amigos me odiavam e se a família descobrisse (o que não demoraria) também me odiaria… Eu me sentia cúmplice e não vítima.

-Jinny…- Ouvi a voz de minha mãe- Comigo, é hora de voltar para casa. Sua irmã está sozinha

-Tudo bem…- Andei em passos apressados até o carro, o caminho para casa foi silencioso, nada além do som do veículo, dia frio, cidade parada… Todos se recuperando da tragédia.

Quando chegamos Namaari estava na sala, me doía ainda ver minha irmã daquela forma, havia quebrado o nariz, fraturado duas costelas e quase todos os dias teria que ir ao hospital tomar remédios e fazer uma pilha de exames. Seu corpo estava repleto de hematomas, sem contar no braço… Tudo culpa minha

-Demoraram. Como foi?

-Triste como todo funeral- Minha mãe respondeu- Ou quase

-Me sinto mal por me sentir aliviado… Gun só poderia esperar por esse fim, huh?

-Não se sinta, irmão. Todos nós de certa forma estamos aliviados.- disse procurando seu casaco- Enfim, preciso ir ao hospital

-Quer que eu te leve?- minha mãe disse

-Não.

Essa era a relação que teríamos huh? Desde que passou pelos médicos, Namaari não queria quase nenhum contato conosco. Assinou um termo de responsabilidade para não ficar internada e mesmo com as preocupações de mamãe ela continuava assim. Dura e fria.

~~~

P.O.V Namaari

Minha mente estava em perfeito caos… Os últimos dias foram… Insanos! Quando acordei pela manhã, Raya estava sentada em uma cadeira ao lado da cama do hospital, a garota dormia e parecia ter velado meu sono durante toda a noite. Minha mãe chegou logo depois e quando me contaram tudo… o incêndio a explosão e a morte de Gun… O pesadelo finalmente tinha acabado, mas aquele desgraçado conseguiu nos ferir… Ferir Kumandra… Ele deixou uma cicatriz incurável

-Amor!

-Raya…- A garota veio em minha direção para um abraço adentrando a sala na qual estava tomando minha medicação- Como está, huh?

-Aliviada… Em parte, e você? Como foram os exames? Tá doendo muito?

-Calma! Estou melhorando… Eu perdi bastante sangue, mas pelo que parece ja tomei quando estava inconsiente e agora é só continuar sendo furada por alguns dias

-Ah…- Sorri ao perceber a preocupação da garota- Sinto muito, eu devia…

-Nem pense em se cobrar! A culpa não foi sua Raya! E eu sabia, eu sabia que se mesmo que algo ruim acontecesse, você ia continuar me procurando. E foi isso que me deu forças, querer voltar pra você. Eu sabia que nunca ia desistir de mim.

-Isso nunca…- Seus olhos estavam marejados e a voz cortada- Foram os piores dias da minha vida, De pla… Pensei que fosse te perder…- abracei a garota meio sem jeito por estar com o braço ligado a medicação, mas um abraço forte

-Não, não chore minha pequena… Tá tudo bem, tudo bem… Todos estamos bem e seguros agora

-Não, nem todos- Afundou o rosto na curva do meu pescoço, sentia meu coração se quebrar, afinal, sabia perfeitsmente do que ela estava falando

Um nobre clichêWhere stories live. Discover now