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S/n Fury Point Of View

Ontem foi legal, eu e Wanda ficamos conversando por um bom tempo em seu quarto, até que desse a hora de ir jantar, quando aparecemos na cozinha a maioria olhou para nós duas, e eu tenho a ligeira impressão que seus pensamentos foram algo como: "Wanda e o diabo". Meio exagerado em minha opinião, não é porque pessoas fogem de mim como se eu fosse o diabo, que eu realmente sou. Enfim... Vamos falar do agora, querem adivinhar onde estou? Se a sua resposta foi: Levando uma surra da Natasha, você está completamente certo.

A ruiva parecia estar furiosa com algo, e eu era o seu saco de pancadas em quem ela descontava a sua frustração e ódio, eu normalmente não reclamaria, mas ela não parece muito bem, mesmo pegando pesado Natasha sempre foi muito cuidadosa, mas neste momento eu estou com o nariz quebrado e uma dor latejante nas costelas, grunhir e avancei na ruiva, ela se preparou para me dar um soco, mas eu me abaixei e chutei a sua perna fazendo ela cair de cara no chão, a olhei vendo que ela não havia se levantado.

- Que isso, ruiva? - perguntei ofegando e ela levantou a cabeça - Quer me matar?

Natasha sentou no chão e ficou me olhando, agora a sua feição era de culpa, com cuidado me sentei a sua frente olhando no fundo de seus olhos, eu esperei que ela dissesse algo, mas ela simplesmente não disse nada, guardar sentimentos para si mesmo pode ser perigoso ao mesmo tempo que libertador, você vai enfrentar uma barra ao lidar com isso sozinho, mas também não irá expor as suas fraquezas ao inimigo.

Eu aprendi a muito tempo que eu podia apenas contar comigo mesma, e acho que Natasha pensava da mesma forma, eu não sei ao menos metade do que ela passou na sala vermelha, mas o que eu sei já é capaz de me causar calafrios, ela sobreviveu a isso e ainda continua de pé, e é exatamente por isso que ela é uma heroína, por que mesmo com o peso do mundo em suas costas ela ainda sim luta e dá tudo de si pelos outros.

Natasha se levantou e saiu da sala de treino sem olhar para trás, eu suspirei e fechei os olhos brevemente, não sei como isso aconteceu, mas eu deixei que ela entrasse na minha vida, assim como Maria havia entrado, por mais que não quisesse eu me preocupava com ela. Me levantei e quando estava em pé eu me senti tonta e quase cai no chão novamente, andei até um banco que havia ali e me sentei com as mãos na cabeça.

Fiquei um tempo sentada esperando que aquilo passasse, mas não passou, eu ia me levantar para tentar sair da sala quando Wanda adentrou o lugar nervosa, ela me olhou e rapidamente veio até mim se ajoelhando a minha frente e segurando o meu rosto, seus olhos verdes estavam marejados e levemente arregalados, eu a olhei confusa.

- Wanda, o que...?

- Eu senti você, o que aconteceu? - eu fiquei olhando para ela, eu queria responder mas não consegui, eu tombei para frente e ela me segurou.

- Desculpa, eu não... Não sei - respondi sentindo meus olhos pesarem.

- Vou te levar a enfermaria, vem - ela me puxou para cima e segurou em minha cintura fortemente enquanto meu braço estava sobre seus ombros.

Wanda me tirou da sala com um pouco de dificuldade por eu ser mais alta que ela, e acredito que apenas dificultei ainda mais sua missão por estar quase desmaiando em seus braços, no caminho eu me apoiei na parede e ela foi obrigada a me soltar, eu escorreguei pela parede me sentando no chão, ela me olhou preocupada e se abaixou comigo ficando a minha frente.

- Não consigo te levar - ela falou e eu assenti sentindo a minha cabeça girar.

- Eu amo o seu sotaque - falei com a voz fraca, ela deu um pequeno sorriso na tentativa falha de deixar a sua preocupação de lado, eu suspirei sentindo o meu peito arder por causa da minha costela.

Almas Gêmeas | Wanda MaximoffOnde histórias criam vida. Descubra agora