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BARBIE

Desci a cozinha vendo uma cena bem peculiar, meu pai deu um tapinha na bunda da Ju.

Diegão- Minha princesinha!

Se aproximou me dando um abraço apertado.

Bruna- Pai, saudades.

Diegão- Tava contando os dias pra tu chegar. Depender de mim tu não pisa em sampa, na família da vagabunda da sua mãe!

Bruna- Não pretendo voltar pai, só esperei o tempo certo pra vazar de lá. E esse papo da Gabriela? Pai.

Moranguinho- Tem almoço? Tá roncando a barriga. - chegou na casa já indo se sentar na mesa.

Diegão- Gabriela tava no lugar errado, na hora errada fia. A gente vai dar um jeito, ela tá bem, conseguiu um celular.

Moranguinho- Tá aprendendo Bruna? Tem que ser malandra pra não levar ponta pé. - piscou divertido.

Bruna- To absorvendo tudo Moranguinho.

Aos poucos.

O meu celular vibrou, fui para fora atender, um número desconhecido.

Bruna- Alô?

Gabriela- Chegou carioca?

Bruna- Gabriela! Por que tu não falou nada mano?

Ela deu risada.

Gabriela- Não queria te perturbar chata. E como cê tá? Você tá gostosa, como a maninha aqui Bruna, decote.

Bruna- Gosto de me arrumar. Agora que negócio é esse de namorado?

Gabriela- Cê tu abrir a boca pro coroa, eu te pego garota! Tá ouvindo? Isso é coisa minha, ninguém é santo aí.

Meu sangue ferveu.

Bruna- Não preciso ser ameaçada, isso é
problema seu com ele!

Gabriela- Ótimo, que bom que a nossa
promessa de sempre estarmos uma ao lado da outra ainda tá de pé.

Bruna- Quem é o cara, Gabriela? Ele é o culpado por tu estar aí.

Ela riu.

Gabriela- Não quero falar, a gente se về.

E ela desligou na minha cara.

Guardei o celular, meu pai se aproximou de mim sorrindo.

Com aquela tatuagem de cobra.

Diegão- Falou com ela?

Bruna- Falei sim. Pai, o que significa isso?- apontei a tatuagem.

Diegão- Pra quem serve o comando vermelho, facção desse morro.

Moranguinho- Mas, tem um cobra aqui que é perigoso. - falou aparecendo no quintal.

Com o prato na mão.

Bruna- Que?

Moranguinho- Uma pessoa, logo ele brota aqui.

Quando o dia amanheceu, acordei cedo pra arrumar as coisas, tirar as roupas da mala.

Tomei café, logo Ju apareceu ainda de pijamas.

Ju- Madrugou? Acordo cedo só se Diegão pedir. Ainda é cedo pra mim, dez horas.. - olhou no celular.

Bruna- Queria saber se tem tudo na geladeira? O que posso fazer nas tarefas?

Ju- Não quero sua ajuda Bruna, meu ganha pão é a casa sabe? Tu pode ajudar com as compras.

Bruna- De boas, vou no mercado agora. Onde fica?

Ju- Tem dois, o lá de cima é melhor, grande.

Bruna- Ok.

Quando sai de casa, não achei que iria virar celebridade. O povo olhando, pra mim na cara de pau, umas velhas olhando pra mim apontando o dedo.

Pior que as fofoqueiras da rua de sampa.

Comecei a andar, peguei meu celular.. fiquei com medo de roubarem. Olhei rápido, depois guardei, andar até o mercado.

Isso nunca pareceu tão difícil pra mim.
Se a Gabriela, uma chata conseguiu se adaptar ao morro, também consigo.

Comprei um suco de laranja ali na rua mesmo. Enquanto andava, tomava um gole, algumas motos passavam rapidamente.

Deixei o suco de lado, enquanto olhava algumas promoções no salão de beleza.

Quando um cara passou quase me levando, fazendo o suco cair todo na minha blusa, ou melhor nos meus seios.

Bruna- Oh moço você não tem educação não?

Olhei pra trás e o cara não parou, deu risada.

Bruna- Covarde! Covarde!

Ele parou e olhou pra mim.

O sujeito tem uma cara de mal encarado, com esses óculos não dá pra ver os olhos.

XX- Te vira.

Bruna- Cê devia ter vergonha!

Ele se aproximou um passo.

XX- Tá brava comigo? Problema teu! - rebateu é ainda olhou para os meus seios. - Se quiser se secar, tira a blusa.

Sorriu malvado.

Canalha.

Virei as costas, andando com pressa, ele pode ser perigoso!

Chegar em casa nunca foi tão bom, minhas pernas doendo, me perdi várias vezes.

Bom, só tive que encontrar um senhor muito conversador pra me falar o caminho.

Abri a porta, soprando o cabelo do meu rosto.

Diegão- Como foi as compras? Já tô de saída.

Ju- Nossa, derramou o que na sua blusa?

Bruna- Um ordinário, esbarrou em mim de propósito! Riu da minha cara.

XX- Que maldade. - essa voz.

O desgraçado na minha casa!

No sofá!

Diegão- Bruna, Cobra, vapor de confiança, meu chefe.

Engoli em seco.

Ele se levantou, me olhando nos olhos.

São azuis.

Cobra- E aí morena?

Bruna - Suave. - respondi segurando a raiva.

Diegão- Tira os olhos da minha cria. Sou
ciumento com as duas..

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