Capítulo XIX

632 57 36
                                    

POV AMANDA (n/a 1° PESSOA)
Meu corpo balançava de uma forma nauseante, minha cabeça estava doendo e eu não conseguia abrir os olhos. Minhas mãos estavam amarradas em algo.

Tentei falar mas havia algo macio na minha boca, não conseguia entender o que estava acontecendo.
Em um minuto eu estava deitada na espreguiçadeira com Laura. Peguei no sono e no outro eu estava amarrada e balançando no mar.

Meu corpo se arrepiava de medo e apreensão, não sabia o que esperar. Algumas vozes por perto me deixavam ainda mais ansiosa.

— Explodiu.

— Como assim explodiu? Do nada?

— Felix é louco, né? Ia ser pego, levou todo mundo junto, inclusive o braço direito do playboy.

— O Hugo?

— Esse mesmo, falaram que parecia um boneco voando pela janela, caiu igual bosta no chão.

— Caralho! Aquele cara era foda, ele matou um maluco no soco uma vez, eu assisti a briga.

— Ele brigando era foda, eu jamais encararia sem no mínimo uma 38 na mão.

Amanda estava cada vez mais zonza, ainda mais com as informações. Eles estavam falando do Hugo. Hugo havia ido vingar o Antônio. Se eles estão falando isso, Hugo estava... morto?

POV ANTÔNIO
Assistir as imagens deixou ele apreensivo e nervoso. Em poucos segundos ele já havia ligado para o heliponto e mandado enviarem o helicóptero. Laura estava em pânico, andando pela casa e chorando.

Ele não havia falado nada sobre Hugo, já bastava ela descobrir que a amiga havia sido sequestrada enquanto as duas estavam deitadas.

— Vamos Laura, eles chegaram.

— Para onde nós vamos? E a Amanda? Você precisa resgatar ela, Antônio. Promete pra mim. Promete que você vai trazer a minha amiga de volta! - ela suplicava.

Antônio segura os ombros dela e a olha nos olhos.

— Laura, Amanda vai voltar pra você sã e salva. Eu prometo. Nem que isso custe a minha vida. - a resposta dele fez Laura tremer menos.

Pouco tempo depois eles estavam no helicóptero retornando para a cidade.

POV AMANDA

— Dá água pra ela, a roupa dela está molhada de suor, desidratou muito. - um homem fala.

Amanda sente o pano da boca ser retirado e uma garrafa tocar os lábios.

— O que está.. - ela tenta falar mas ele grita.

— É só para beber água, cala a boca. Não fala nada não. - a voz soa irritada e Amanda obedece.

— Quem mandou se meter com o Playboy, agora virou moeda de troca.

— Pior que é gata.

— Muito gostosa.

— Nós até podemos aproveitar um pouco até devolvermos.

A mão de um deles toca o seio dela e ela se arrepia. Uma lágrima desce pela lateral do olho dela.

POV ANTÔNIO
— Eu quero saber tudo o que aconteceu, agora! - Antônio grita irritado esmurrando a mesa.

— Chefe... - Sanchez começa e é interrompido.

— Tudo deu errado. Como tudo dá errado? Uma coisa sair fora do planejamento, ok. Mas, tudo? Porra vocês são meus homens há quanto tempo? 15 anos no mínimo. Já passamos por situações assim e eu sempre pude confiar em vocês. - Antônio apoia na mesa e as veias saltam de raiva - a ÚNICA VEZ QUE EU NÃO ESTOU A FRENTE, VOCÊS FALHAM! Eu quero saber onde está a Amanda e com quem. Eu quero saber onde e como está o Hugo. Agora!

Cerca de 15 homens estão no galpão, Sanchez observa a reação do homem e tenta recomeçar a falar.

— Chefe, Amanda está em uma lancha próximo a costa. Rastreamos um dos homens que apareceram na imagem. São homens do Marreta. - Sanchez para quando nota o olhar de ódio - Hugo está passando por cirurgia, ele está em estado grave, Dr. Witz disse que provavelmente ele não sobreviva, mas, se sobreviver vai ter sequelas.

— Quero uma equipe atrás da Amanda. Quero a localização exata do Marretta porque eu vou até ele e quero tudo o que pudermos oferecer para Hugo sobreviver.

— Chefe, o Marretta já foi localizado. Mas, nós fomos traídos, chefe. E não foi pelo Glock... ele já estava morto quando Hugo decidiu mudar a operação. Já estava tudo pronto para a emboscada. E... Glock não sabia onde a Amanda estava, Chefe. Ele nunca chegou a ir até a Fortaleza, não tem como ele ter entregue tudo.

— Hugo investigou antes de afirmar.

— Chefe, confia em mim. Eu realmente não acredito que foi ele.

O telefone de Antônio toca e ele atende antes que Sanchez pudesse continuar.

— Fala, meu querido. Parece que seu plano não deu certo, né? - a voz de Marretta ressoa do outro lado.

Antônio aperta a madeira respirando fundo.

— Você atacou os meus negócios. Eu vou te matar. - Ele fala pausadamente.

— Vai nada. Eu estou com uma loirinha bem gostosa que eu fiquei sabendo que tem a sua total atenção.

— Você não vai tocar nela.

— Eu vou... é claro que eu vou. Na boquinha, no peitinho...

— Seu filho da puta, eu vou fazer você engolir cada um dos seus dedos.

— Estou aguardando ansiosamente pelo nosso encontro. Mas, lembra, você invadiu a minha casa, você matou o meu irmão. Não é você que deveria estar irritado. - a voz do homem soa irônica. - te retorno em breve.

A ligação se encerra e Antônio arremessa mais um copo.

— Eu vou matar esse filho da puta. Eu quero ele AGORA!

———————————————————————————

Boa tarde 🏳️
Não me matem!

Beijoooo

Entre SegredosWhere stories live. Discover now