A Maldição da Sandona.

7 2 0
                                    

Amélia apreciava o novo lugar que seria seu abrigo por um ano, sentada embaixo de uma árvore, ela encarava a nova escola

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Amélia apreciava o novo lugar que seria seu abrigo por um ano, sentada embaixo de uma árvore, ela encarava a nova escola. Não era tão grande, o refeitório não chegava aos 20 metros de largura. A escola era perfeitamente dividida em núcleos e centralizada em seu meio, ficava a parte administrativa que em sua fachada levava o nome da escola. O ambiente todo era pintado de azul e branco, o que trazia uma certa tranquilidade a Amélia. Também havia muita presença da natureza ali, muitas árvores, plantas, flores e até mesmo um atrevido tucano, posicionado acima dela em um galho encarando a todos com um ar de superioridade. As pessoas circulavam por aquele espaço livremente.

Todavia, um aperto no peito da morena a incomodava. Sentia muita saudades dos amigos, sentia saudades de casa. Para ela, era difícil se ver daquela forma. Sozinha. Já que dês que se conhece por gente, é alguém sociável e extrovertida. Amélia sempre quis e se sentiu bem, estando rodeada de pessoas. Mentalmente, a garota de cabelos pretos com algumas ondas que lembravam o mar, se lamentava. Foram 17 anos de resiliência, estando em um lugar que todos já conheciam. Conheciam seus pais. Para que em questão de semanas, ela se visse sozinha em um lugar desconhecido. Amélia tinha um certo medo de ficar sozinha, só pensar nisso, dava-lhe um arrepio.

Ali embaixo daquela árvore, ela observou de longe o comportamento humano. Mas aquilo já estava a entediando, ela batia os pés no chão para poder liberar qualquer gota de adrenalina. “ Por que meus pais tinham que se mudar logo agora? Logo quando eu completei 17 anos!”, essa pergunta circulava na mente de Amélia. No entanto, sua atenção foi desviada para a conversa de um grupo de garotas que falavam sobre uma quadrilha. Elas comentavam alegremente sobre vestidos cheios e coloridos que se misturavam no meio daquele povo. Sobre chapéus de palha e botina. Uma delas reclamava das dores nas pernas que o ensaio havia deixado, enquanto a outra, dizia que isso era somente detalhe. Elas falavam sobre um choro de sanfona seduzente que parecia hipnotizar a todos, ninguém conseguia ficar parado ao som da sanfona. Amélia se atraiu por aquilo, a conversa das meninas fez o seu coração palpitar. Aquela conversa, aquela quadrilha, aquilo tudo a fez criar uma paixão que nem sabia que existia. E por instantes, ela se viu dançando uma quadrilha. Inconvenientemente, o interesse dela morreu ao lembrar que não conhecia ninguém na escola e que quadrilha se dança em par.

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
A Maldição da Sanfona Where stories live. Discover now