Capítulo 3

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Coreano


Sextouuuu, hoje o dia amanheceu como todos os outros, ensolarado mas para mim o dia começou sem graça e estranho eu tinha uma sensação de que algo iria acontecer e só espero que não seja os botas querendo subir em dia de baile pago muito que bem para esses bostinhas não fazerem nenhuma invasão em dias de bailes ou sem aviso prévio de ao menos uma semana, depois dizem que a gente que é ladrão, mas os botas que são os maiores corruptos sem contar nos políticos que roubam dos pobres para dar aos ricos, ao menos a gente ajuda quem precisa, com esses pensamentos me levanto da cama e vou até o banheiro, retiro a única peça de rouba que tenho em meu corpo e entro no chuveiro com a água bem geladinha só assim mesmo para aguentar esse calor logo cedo, é minha gente o Rio não é para amadores, só os fortes sobrevivem,  faço uma hidratação em meu cabelo, que é?! Só porque sou da favela e bandido que tenho que andar todo mulambento né, após todos os devidos cuidados ao banho, vou até a pia do banheiro escovo os dentes e passo uns cremes na cara, arrumo o  cabelo e vou até meu guarda roupas e pego uma bermuda da nike preta e uma blusa também preta da adidas, no pé coloco um tênis da nike, coloco dois cordões de prata, um relógio também prata e uns anéis, passo um malbec e desodorante, após tudo finalizado, pego a toalha e meu celular e vou em direção a lavanderia estender a toalha se não a coroa me mata, ela vem hoje da Grécia, ela gosta de viajar e eu posso bancar então não há nenhum nisso, ela merece passou o inferno todinho quando eu era pivete, nunca soltou minha mão sempre esteve comigo, e olha eu de novo divagando sobre as coisas, eu ando pensando de mais, e tendo umas vontades estanhas também, foco na mesa com comidas que Tiana fez, ela é a moça que chamo para vir cuidar da casa quando a Dona Helena não está, faço um pão com queijo e presunto e mando pra dentro junto de um copão de achocolatado, após finalizar meu café da manhã eu pego meu celular e vejo que já é 6h30, meto o pé pra boca chegando lá vejo uns vapor dormindo e uns conversando sem fazendo qualquer coisa menos o trabalho já chego gritando nesse caralho.

- EU PAGO VOCÊS PRA QUE PORRA??

Vejo todos se assustarem com meu berro, que inferno já chego me estressando nesse caralho, sinto meu coração bombear sangue com mais intensidade, prevejo um infarto antes dos 40, olho de novo para o rebanho de incompetentes que chamo de vapor e falo de novo. 

- Quero ver atividade nesse caralho, ou cabeças iram rolar...

Dito isso vou para minha sala e começo a mexer nas contabilidades do mês de todas as bocas do morro isso me toma uma manhã inteira, e quando vou ver já duas tarde e eu ainda não comi nada, escuto minha barriga roncar mando um radio pra algum vapor trazer uma quentinha com uma coca lata, e começo a organizar a papelada em minha mesa, e uma foto me chama atenção ela é antiga tirei no dia que a irmã do americano foi sequestrada, eu sempre fui apaixonado nela, obvio que ninguém nunca soube, porém sofri de mais e até hoje sofro com sua perda, minha ruiva ela foi a única dos dois a herdar o ruivo da tia Ana, todos ficaram muito maus, o morro ficou em alerta todos foram investigados, foi um caos, eu era um pivete, meu pai o do loiro e do americano, ficaram loucos tentando achar ela, por anos foi assim, até que um corpo com cabelos ruivos foi achado no pé do morro já estava num estado avançado de decomposição valamos o corpo com o caixão fechado, junto com a terra que foi jogada no caixão, meu coração e o eros bonzinho foi junto, a partir dali comecei a ser o coreano, frio e fechado, saio dos meus pensamentos mais uma vez vejo loiro e americano adentrar minha sala com três quentinhas e uma coca dois litros, guardo a foto em meu bolso e continuo a guardar as coisas no cofre.

Loiro: Você sumiu hoje meu amor, tava onde?

Americano: Certeza que comendo alguma puta por ai

Loiro e Americano caem na risada e eu reviro meus olhos fortemente para eles dois babacas.

- é estava comendo sua mãe aquela gostosa 

Falo olhando pro americano que para de rir na hora enquanto eu e o loiro estávamos morrendo de rir, pego minha quentinha e começo a comer, tomando a minha coquinha enquanto os dois começaram uma discursão pra ver quem comeu a mãe de quem.

QUEBRA DE TEMPO

Já estava noite na verdade já era de madrugada acho que umas duas ou três horas da manhã, eu havia saído do baile, e estava andando sempre odiei barulhos altos, estava irritado, sinto um corpo se chocar contra o meu, e falo de forma grosseira. 

- Olha por onde anda fedelha

Escuto ela se desculpar e falar errado como uma criança de  uns três anos, sinto pânico e nervosismo em sua fala, me sinto mal por fazer essa estranha ficar assim, até tentei chamar ela, porém já havia fugido nas sombras, sigo meu caminho até em casa, tomo um banho rápido coloco uma cueca branca e me jogo na cama pegando no sono logo em seguida.

AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora