Capítulo 4

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O resto da festa só rolou pegação. Tava todo mundo bêbado, passando mal e tava uma desgraça. Creio eu que, era a única consciente de meus atos. Tive que vir para o dormitório carregando Melinda nos braços. Ela não quis ao menos tomar um banho. Caiu na cama e morreu (no sentido figurado...)
No dia seguinte acordei com o barulho do despertador apitando sem parar. Melinda quase o jogou contra a parede, enquanto não parava de reclamar de dor. Fiz a mesma tomar um banho de água gelada e se vestir para as aulas.
Logo que chegamos no pátio da escola, havia um grupo muito grande de gente falando e gritando enquanto ali estava a enfermeira, tentando pegar alguém e leva-la até a maca. Cheguei mais perto e me assustei quando vi Brad com ferimentos graves. Seu rosto estava todo machucado e ele estava inconsciente.

_O que foi?- Perguntou Mel enquanto olhava de mim para o amontoado de gente.

_Brad...- Foi só o que eu disse... Estava chocada. Mas logo depois ela viu. Corri os olhos pelo pessoal e avistei David. Corri até ele.

_O que aconteceu com Brad?- Perguntei aos gritos devido ao barulho insuportável que os outros faziam.

_Eu não sei. Ele estava bem quando chegamos no quarto. O colega dele está numa viagem, então ele fica sozinho lá. Ninguém sabe o que aconteceu.- Ele disse olhando fixamente para frente. Ele não olhava para mim. Ele estava bravo.

_Escuta... No jogo...- Comecei a dizer, mas ele me interrompeu.

_Eu entendo.- Ele disse logo se afastando em direção a porta de entrada. Qual o problema dele?
Logo que Brad foi levado a multidão se dissipou. Cada um indo para sua classe. Olhei para a floresta e um breve flash de movimentos perto de onde estávamos surgiu.

_Vamos Mel.- Melinda me puxou para dentro e olhei novamente para floresta. Um garoto esta ali parado. Me encarando. Olhei de volta para frente assustada.

(...)

O dia passou rapidamente... Judô, história dos Vampiros, Química, Matemática... Blá blá blá.
Quando cheguei no quarto estava super cansada e Mel chegou minutos depois cambaleando. Estava quase a dormir, quando batem na porta. Melinda, para minha surpresa não estava a dormir. Ela se levantou e caminhou até a mesma. Olhei para ela e ela sacudiu uma carta à sua frente. Á não...

_Outra festa não é?- Disse bocejando e logo à encarando a espera de uma resposta.

_Sim... Se você não quiser ir nesta...- Ela disse sabendo que eu negaria. Eu ia negar, mas depois de ver seu estado depois da festa mudei de idéia. Eu não conseguiria convencê-la a não ir, então eu iria.

_Eu vou... Mas não porque quero ir.
Tenho minhas razões.- Disse carrancuda. Ela deu pequenos pulos e foi para o banheiro. Vai ser uma looooonga noite.

(...)

Desta vez a festa era de Mercedes, uma menina mimada da minha classe. Ela já havia pego metade dos meninos da nossa escola. E era chamada de roda roda por todos. Não me surpreendi ao vê-la com 10 kilos de pó no rosto, um short que partia seu útero em dois e uma blusa que mais mostrava os peitos que outra coisa. Não sei nem por que ela estava a usar blusa.
Ela se aproximou de nós com um sorriso cínico.

_Oi meninas! Que bom que vieram. Eu estava contando com a presença de vocês. São muito queridas e bem vindas na minha festa. Haha-Ela riu e falou com aquela voz nojenta. Como é que Melinda quis vir? Caminhamos para um banco e Mercedes se afastou.

◆ Amor Proibido ◆Where stories live. Discover now