Capítulo Único

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Notas da Autora:

Caros leitores,

Primeiro, gostaria de deixar meu agradecimento ETERNO a  que não só betou essa história, como foi a principal incentivadora de eu iniciar nesse mundo de escritora de fanfics.

MUITO OBRIGADA por toda paciência, incentivo, sugestões e inspirações!

Esse one shot surgiu da minha necessidade e curiosidade de saber o que esses dois amigos conversaram a respeito da suposta "cafajestice" de Sasuke contada em "Naruto Gaiden".

É isso,

Espero que gostem!                          ________________________


Eu devia ter ficado em casa.

Sim, eu deveria estar em minha cama, nos braços da minha esposa, aproveitando o tempo que tínhamos juntos antes de eu retornar para a maldita missão que nos afastava.

Mas eu tinha responsabilidade com a vila e, por isso, deixei Sarada dormindo e Sakura arrumando a cozinha depois do nosso primeiro e agradável jantar em família. Estava indo ao encontro daquele loiro perdedor que atualmente era o Hokage da Konoha.

Konoha.

Era estranho estar na vila depois de quase oito anos fora. Oito anos vagando e investigando dimensões afora, longe da minha família. Como já era tarde da noite, as ruas estavam mais vazias, gerando menos olhos sobre mim, sejam eles de curiosidade, respeito, medo ou raiva. Eu podia transitar calmamente, me reacostumando com o nostálgico lugar que me trazia tantas lembranças, tanto boas quanto ruins.

À medida que eu caminhava em direção ao escritório de Naruto, percebi que haviam feito diversas mudanças na aldeia: haviam novos comércios, residências e alguns prédios altos despontavam pela cidade. Muitas coisas não eram como antes, mas eu também não era.

Ainda assim, reconhecia nos detalhes a antiga aldeia que deixei para trás, sentindo-me aliviado, feliz e em paz comigo mesmo, por ainda haver, depois de tanto tempo, familiaridades do meu eu antigo nas ruas.

Perdido em pensamentos, não notei que já estava em frente à sala do idiota. Parei em frente à porta e averiguei se meu amigo tinha companhia. Não estava a fim de interagir com mais ninguém, e Naruto sozinho já sugava todas as minhas energias. Ao sentir apenas seu chakra no ambiente, destranquei a porta e adentrei a sala.

Naruto estava sentado atrás da mesa do Hokage e dividia o olhar entre papeladas e um computador. Desviou o olhar da tela e me olhou curioso com a minha aparição repentina.

– Achei que não te veria até amanhã cedo, teme. – comentou enquanto organizava uma pilha de papéis na mesa - Ainda mais com a saudade enorme que sei que Sakura-chan deve estar sentindo de você! – Agora um sorriso travesso cobria sua cara.

– Queria te entregar meu último relatório antes de sair. – respondi monótono, ignorando a pergunta sugestiva do loiro. – Com a confusão do Shin, não pude te entregar antes. – Concluí a despedida deixando um pergaminho sobre sua mesa e me virando para ir embora.

Eu tinha pouco tempo e gostaria de aproveitar para dar o troco em Naruto, mas ele precisava saber disso.

A menção de Shin tirou o semblante travesso da cara do loiro, que passou a me olhar sério antes de falar.

– Sasuke... Falando em Shin e confusão, eu gostaria de entender a situação com Sarada e Sakura. – Naruto pausou e olhou para os lados, como se procurasse as palavras certas – Devido às últimas circunstâncias.

Eu já esperava por isso, com base na conversa que tive com Sarada no jantar e conforme ele mesmo já tinha me intimado ao sairmos do esconderijo do Orochimaro, mas esse assunto não era da conta dele.

– Tsc. Não tem o que você entender, não te diz respeito. – falei já irritado, ainda de costas para ele e dando mais um passo em direção à saída.

– Bastardo! Não me diz respeito? Eu tenho o direito de saber, sim Sasuke! Sakura é como uma irmã para mim e Sarada minha sobrinha. Pois quando você não está aqui, sou eu quem as protegem, é comigo que Sakura desabafa de saudades ou preocupação de você, e é na minha casa que Sarada dorme quando Sakura está em plantão, em missão, ou com você. Então, sim, eu idiota, eu tenho direito de saber! Principalmente se você foi um cafajeste com a minha irmã!

A raiva direcionada a mim em suas palavras me desnorteou, me fazendo parar com a mão sobre a maçaneta da porta.
Notando que ele tinha conseguido me afetar de alguma forma, o Hokage continuou.

– Você é meu irmão, Sasuke, e eu te protegeria e defenderia de tudo e de todos, mas não sei o que pensar dessa sua canalhice com a Sakura-chan. Ter uma filha com outra e fazer a minha amiga, a mulher que mais te ama no mundo, assumir a criança? E o pior, com a Karin, sua antiga colega do Taka! Não imaginava que você tinha fraqueza por mulheres na equipe, isso é demais até para você!

Meneei a cabeça atônito com a acusação recebida, me contendo para não virar e voar com o Chidori em cima do imbecil do meu amigo.

– Como pode você ainda ser tão idiota e burro mesmo depois de anos, Naruto? Foi essa a conclusão imbecil que chegou de mim? E ainda me chama de irmão! – cuspi minha resposta enquanto retornava em sua direção, demonstrando toda a minha raiva em cada passada.

Minha aproximação furiosa pareceu não abalar o sétimo Hokage, que apenas se levantou de sua cadeira e socou a mesa.

– Eu vi o exame, Sasuke! Eu sou idiota, mas eu sei que esses negócios não costumam errar, fora que todos sabem que aquela ruiva era ou é obcecada por você! Aquele seu amigo de água mesmo confirmou para Sarada! – Naruto se defendeu indignado. – Pobre Sakura-chan, te amou a este ponto, e eu que achava Sarada a mistura perfeita de vocês... O que você acha que eu deveria pensar?

– Que apesar de tudo o que eu já fiz, eu tenho honra. Era isso que eu deveria estar pensando – Eu esbravejei, totalmente ofendido. – E se não for por mim, que seja por Sakura! Eu JAMAIS a desonraria dessa forma!

O fato de Naruto não apenas estar me acusando de algo tão ordinário, como também citar o nome de minha esposa, fez com que eu ativasse meu Sharingan. Poderia ouvir todas as suposições insolentes que ele tinha sobre mim e minha dignidade, que ele jogasse meu nome na lama, eu não ligaria. Pois eu mesmo já o tinha feito inúmeras vezes no passado.

Mas falar da honra de Sakura? Eu não permitiria.

Se os Uchihas tinham algum respeito atualmente, era por causa dela. A famosa Uchiha que salva e cura, o ponto de luz em uma família amaldiçoada pela escuridão.

– Bom, ela sempre foi apaixonada demais por você, fez coisas que ninguém concordaria apenas por você... Largou tudo aqui para viajar com você – Respondeu Naruto com voz vacilante, enquanto esfregava a mão biônica na nuca demonstrando desconforto.

– Naruto, nós não temos mais 12 anos, Sakura não é mais aquela menininha ingênua e boba que protegíamos. Se não fosse por ela, nem estaríamos aqui hoje. – Relembrei, trazendo à memória nossa luta final no Vale do Fim. -Se você pensa dessa forma, é porque não conhece sua melhor amiga, não nos conhece como casal. Na verdade, eu deveria contar isso a ela, e apenas aproveitar a visão dela esmagando seus ossos ao saber que a acha tão infantil e uma boba apaixonada.

A ameaça de sua destruição pelas mãos de minha bela e forte esposa fez Naruto arregalar os olhos e engolir seco, possivelmente já imaginando a cena em sua cabeça. Assim como parece ter entendido que sua suposição estava mais do que errada e me ofendia.

– Você tem toda razão, me desculpe. Não deveria duvidar de vocês e do amor de vocês -Me disse pesaroso e envergonhado enquanto se jogava de volta a sua poltrona. – Mas se é assim, como é que deu positivo para Sasuke? Sakura-chan não estava lá para terem uma amostra dela.

Naruto continuava tentando formar uma linha de pensamento.

– Eu estava escondido, mas ouvi o Suigetsu pegando o cordão umbilical da gaveta de Karin e..."
– Não era da Karin o pedaço de cordão e sim de Sakura e Sarada, imbecil - O interrompi, já sabendo a resposta da confusão. Sarada, no jantar, havia nos contado sobre esse exame e toda a situação que gerou. Eu e Sakura aproveitamos e contamos sobre seu parto, para tentarmos esclarecer a situação.

O idiota olhou-me embasbacado com a informação nova que eu trazia. Suspirei e expliquei rapidamente tudo o que havíamos contado a Sarada sobre o presente de agradecimento de Karin, que gerou toda essa confusão.
Um presente que quase diluiu a minha preciosa família.

Ver a cara do meu amigo estúpido ao finalmente entender toda a bagunça diminuiu a raiva que me consumia, quase me fazendo rir de sua idiotice. Ele ainda podia ser o mesmo Naruto perdido de anos antes.

– Eu realmente preciso me desculpar com você e também com Sakura-chan por ter duvidado. Imagino que ela tenha ficado muito triste com isso. – Naruto comentou encabulado com a própria burrice

– Ela sempre foi uma mãe ótima, Sasuke. Cansei de vê-la se desdobrar para ser tudo que Sarada precisava nesses anos. Os natais, aniversários e celebrações, tentando preencher a falta que sua presença fez na vida delas. Como você disse, Sakura é forte, mas eu via em seu semblante a tristeza de não ter você compartilhando os momentos com elas.

Ele encarou uma das janelas enquanto continuava sua linha de pensamento.

– Eu, como pai, consigo apenas supor como me sentiria com Boruto ou Himawari negando minha paternidade. Ela, que carregou, nutriu por meses e pariu Sarada, ter seu vínculo com a filha questionado de tal forma, deve ter sido muito dolorido.

– Sakura é a mãe biológica de Sarada, e eu tenho muita sorte dela ser a mulher que gerou a minha filha, apesar de todos os meus pecados. Tudo que Sarada é hoje, e o que se tornará futuramente, eu devo a ela. Eu te garanto que farei ela saber disso sempre que possível, mesmo eu não sendo o melhor marido e pai, nem merecedor delas.

Essa confissão saiu sem querer da minha boca.

Tsc, eu odiava me abrir assim e mostrar tanta vulnerabilidade para ele. Mas minha alma precisava desse desabafo depois de anos guardando para mim, e quem melhor que meu irmão para isso?

Naruto agora me olhava ainda mais envergonhado com seu julgamento antecipado. Eu via em seu olhar que ele estava se sentindo um merda por sua atitude e suspeitas. E eu apostaria meu outro braço que dentro dele, Kurama o zombava e repreendia.

Quase senti pena dele, quase.

– Então é isso, foi tudo um mal entendido, eu sou um estúpido e afobado, por favor Sasuke, me perdoe por essas conclusões precipitadas. – Ele exprimiu sofridamente.

– Sim, você é um estúpido e afobado mesmo. – Confirmei arrogante. – Mas também sou culpado por isso, então, você está perdoado.

O meu perdão trouxe de alívio de volta ao rosto de Naruto, e como que querendo amenizar nossos ânimos, encerrar de vez o assunto e declarar a paz entre nós, ele se abaixou e abriu uma gaveta, retirando de lá dois copos e uma garrafa de Sakê fechada e, com o sorriso mais idiota que só ele tem, me ofereceu.

Eu o encarei supresa com o súbito convite e antes que eu pudesse nega-lo, ele suplicou:

– Pelos velhos tempos bastardo! Não lembro a ultima vez que pudemos conversar pessoalmente sem ser sobre algum assunto a vila.

Ele tinha razão, todas as nossas cartas trocadas ou breves encontros em esconderijos, eram dedicados aos assuntos de Konoha.

Suspirei resignado, me sentando na poltrona em frente na mesa. Talvez um pouco de alcool realmente fosse necessário aos meus nervos, principalmente com Naruto.

– Nada como uma deliciosa bebida para acalmar aflições e encerrar discussões – Ele comentou enquanto enchia nossos copos e me estendia um deles.

– Humpf – Respondi enquanto virava o shot e o sentia descer por minha garganta, queimando tudo.

Saboreamos os primeiros copos, enquanto Naruto me comentava sobre sua vida de Hokage, as mudanças da vila, sobre seu relacionamento com a família e filhos. Eu o ouvia quieto, apenas balançando a cabeça em certos momentos, apenas sentindo o efeito do alcool no meu corpo, me relaxando.

Estava aproveitando isso, quando notei sua postura mudar sutilmente e ele parar de falar, como se estivesse poderando me perguntar algo. O olhei de soslaio, torcendo que desistisse de perguntar seja lá o que pretendia, pois sabia que não ia me alegrar responder.

Usando mais um shot de sakê como coragem, engoliu a a bebida e me indagou.

– Porque você não veio antes Sasuke, ou mais vezes? Eu sei que a missão é longa e complexa, mas você poderia ter feito pausas para visitá-las. Jamais o negariamos isso. Elas sentiram muito a sua falta.

Esse era um assunto que eu não gostava de pensar sobre, muito menos falar. Mas talvez, induzido pelo efeito do liquido, eu naturalmente me vi respondendo.

– Porque eu tive medo Naruto.

Claramente, essa não era a réplica que ele esperava, constatei pelas sobrancelhas arqueadas e boca aberta em supresa em sua cara.
– Uchiha Sasuke com medo? Nem sabia que você tinha essa palavra em seu vocabulário. – Ele riu zombeiteiro antes de continuar. – De quê? O que te fez temer tanto voltar pra casa por anos?

– De não ter forças em continuar a missão, após vê-las. De passarmos um tempo juntos e precisar deixá-las pra trás mais uma vez. – Foi minha vez de beber um shot de coragem. – Não sei nem se terei forças amanhã.

Naruto sabia dos meus encontros com sakura ao longo dos anos, em meio a missões dela fora da aldeia ou apenas pra matarmos as saudade que tínhamos um do outro. E cada despedida com minha esposa, eu vacilava em continuar, meu coração sofria com mais um até logo. Sakura entendia minha tarefa e me apoiava mas, toda vez que estava em meus braços, em algum acampamento ou esconderijo, ela não conseguia segurar as lágrimas de saber que ainda não podia voltar com ela. Aquilo sempre acabava comigo.

E eu sabia que se eu visse minha filha sofrendo também com essas despedidas, eu não seria forte de dizer adeus.

Sendo o meu irmão, Naruto entendeu tudo oque eu quis dizer nessa pequena frase e tudo mais não dito.

Ele tinha a família dele, e ele mesmo sabia que talvez não seria tão forte quanto eu fui de deixar tudo pra trás pela aldeia. Mas ele fazia os seus próprios sacrifícios.

– Me desculpe por isso, você assumiu um fardo que deveria ser meu Sasuke. – Foi sua resposta solidária.

– Já falamos sobre isso Naruto, tinha que ser eu e sabemos disso. Não me arrependo de ter ido – Falei firmemente- Me arrependo é de não ter conseguido terminar rápido, de ainda estar preso a isso, mesmo que eu sinta que estou cada vez mais próximo de finalizar.
– É melhor mesmo, pois sinto que Sakura-chan está cada vez mais impaciente e logo ela mesma vai caçar esses vestígios, abrindo portais no soco, apenas para te ter em casa rápido. – Naruto comentou zombeteiro pelo sakê e riu.

A imagem de minha esposa furiosa e socando tudo como se assim fosse possível gerar portais, surgiu na minha mente e me fazendo rir ruidosamente, como eu não fazia a tempos, contagiando o loiro que agora me acompanhava nas gargalhadas.

Assim que conseguimos diminuir os risos, Naruto me olhou fraternalmente e disse:

– Senti falta disso. Vocês foram uns idiotas sabia? De terem casado fora. De nem terem nos avisarem de que ficaram noivos! Gostaria de ter celebrado a união de vocês e ter acompanhado o desenrolar disso. Eu sabia que você tinha voltado por ela, mas achei que ficaria na aldeia, não que iria praticamente rapta-lá de nós.

Devolvi o olhar fraternal ao meu amigo e suspirei.

– Foi necessário Naruto.
– Necessário? Porque? – Ele indagou enquanto apoiava o queixo em uma das mão.
– Aqui tinhas os olhos demais.

Essa era a verdade, Sakura é muito querida e respeitada na vila, umas das heroínas da guerra, pupila da Godaime e aluna do Rokudaime, Iryō-nin prodígio, além de bela. Todos tinham olhos pra ela e para o time 7. E todos tinham olhos demais em mim, um ex Nukenin, traídor da vila, ex pupílo do Orochimaro.

Os pais dela, Tsunade, Kakashi e até o próprio Naruto estavam sempre a rondando e a protegendo. Eu aguentaria os olhares de julgamentos do mundo todo por ela, mas não queria que ela sentisse os mesmo olhos sob ela.

E era tudo muito novo, eu voltei sem ainda ter certeza do que esperar de nós e de quão profundos eram os meus sentimentos. E estando na vila, foi mais difício lidar com tudo isso. Eu não conseguia me sentir livre, e ser eu mesmo ou quem eu tinha me tornado na redenção.

Me sentia avaliado e julgado em cada passo dentro de Konoha e Sakura era muito requisitada, mal a via entre seus plantões ou nossos compromissos para ao mundo ninja. Tornando dificil a nossa aproximação e compreensão de laços. Precisavamos desse tempo para nós, para nos descobrir como confidentes, amigos, amantes.

De novo, pareceu entender o que eu estava dizendo nas entrelinhas e só assentiu com a cabeça e sorriu mais. As vezes, era fácil lidar com ele, sem querer xinga-lo ou soca-lo a cada minuto. Ou talvez seja o alcool amenizando tudo em minha cabeça?
Falar sobre minha esposa, me lembrou de que eu iria partir no outro dia, e que eu deveria estara aproveitando o tempo que me resta a amando.

Num movimento rápido, me levantei da cadeira, apoiei o copo sobre a mesa e encarei Naruto sem saber como despedir. Ao contrário de outras situações, me pareceu rude até para mim, apenas virar e sair sem dizer nada após essa inesperada conversa.

Naruto atento aos meus movimentos, captou a minha intenção e nada disse. Apenas relaxou mais no assento e ergueu seu copo em minha direção, num brinde solitário e disse:

– Mande um oi a Sakura-chan por mim, e por favor, não conte a ela a minha desconfiança, gostaria de manter meus ossos inteiros. Kurama ja me avisou que não ajudará a me curar, caso sua esposa ponha as mãos em mim. – Pediu fazendo uma careta de aflição.

Assenti ao pedido e rumei em direção a saída.

Ja estava com metade do corpo para fora da porta, quando parei e semi virei meu rosto em direção ao loiro.

– Naruto, obrigada. Por essa... conversa.

Meu agradecimento arrancou um sorriso enorme e idiota da cara do meu amigo.

– Me agradeça amanhã após a noite com Sakura e você alcoolizado! Não esqueçam que somos quase vizinhos!

Fuzilei Naruto, enquanto o mesmo tentava segurar o riso cretino que despontava de seus labios. E sai de vez da sala, batendo a porta que abafou as gargalhadas dele do outro lado. Ele tinha que tentar estragar o momento.

Fitei o caminho que me levaria para o meu lar, para Sakura e Sarada e sorri.

Me sinto mais leve e alegre. Com o peso de certas verdades guardadas, expelidas do meu peito. Talvez esse papo com Naruto no fim, tenha valido a pena, tudo o que eu precisava era de uma conversa entre irmãos.

Laços: Uma conversa entre irmãosWhere stories live. Discover now