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P.O.V. Narradora/Autora:

Sina estava na cama, esperando Heyoon e pensando na conversa, quando ouviu a campainha tocar. Esperou um pouco, achando que a esposa atenderia, mas tocou outra vez. Ela levantou e desceu, indo atender.

Quando abriu a porta ficou confusa ao ver Irene ali. A mulher sorria doce, estava apenas ela, sem Mark, e isso fez Sina estranhar outra vez.

— Irene?

— Oi, Sina.

— Entra. — Deu passagem. — Aconteceu alguma coisa?

— Vim conversar com você.

Sina a olhou. A mulher estava diferente. Não parecia que ela estava ali para conversar sobre coisas aleatórias, parecia que ela tinha um propósito. E parecia que ela sabia exatamente o que iria falar.

Sem questionar muito, Sina a chamou para a cozinha. Elas se sentaram uma de frente para a outra. Sina sentia um sentimento estranho. Uma angústia, seu estômago revirava e ela estava muito confusa.

— Como você está?

Sina franziu o cenho. Irene veio até lá para saber como ela estava??

— Bem...? E a senhora?

— E seu dia, como foi?

— Ah... Foi ótimo. Trabalhei cedo e depois fiquei deitada. Tava com a Yoon até agora pouco, mas ela sumiu. Tô esperando-a.

— Seu trabalho está indo bem?

Por que tantas perguntas assim?

— Perfeito! — exclamou, mesmo confusa.

— E sua vida?

— Eu tô muito confusa, Irene — falou rindo um pouco. — Mas está ótima. Meu relacionamento com Heyoon só melhora, ela é o grande amor da minha vida... Estou vivendo uma vida incrível. Meu trabalho está perfeito, minha vida financeira também, saúde mental ótima, meu casamento incrível!

— Que bom, querida! Fico feliz com isso. Tenho um orgulho grande de você... Assim como seus pais.

Irene sorriu doce e Sina abriu um pouco a boca. A loira havia entendido.

— Irene...

— Como era seu pai?? — Sina respirou fundo.

— Um homem maravilhoso. Simpático, honesto e sempre amava ajudar o próximo. Ele era extremamente carinhoso e presente. Eu era mais próxima da minha mãe, mas ele sempre foi incrível também.

— E sua mãe?

— Ela sempre foi incrível... Sempre esteve comigo, me apoiando, me aconselhando em tudo e sempre presente. Ela... — Olhou para a sogra. — Ela se parece com você. Desde que conversei com você pela primeira vez, eu a vi na senhora.

— Sua mãe está orgulhosa de você. Eu sei que você lida com isso muito bem, mas eu também sei que você sente falta desse amor materno. — Os olhos da loira se encheram de lágrimas. — E nada vai substituir o amor da sua mãe, nada vai substituir ela, nada vai ser ela. Mas eu quero que saiba que eu só quero te ajudar... Eu não sou a sua mãe, meu anjo, mas eu te considero muito. Eu me preocupo com você como eu me preocupo com meus filhos, me importo como eu me importo com eles, trato você como trato eles. E não é segredo pra ninguém que eu te considero uma filha, eu já te disse diversas vezes que você entrou pra nossa família pra fazer parte dela para sempre.

Sina abaixou a cabeça, chorando. Ela sentia falta da mãe, mas não era esse o sentimento que prevalecia, e sim o de conforto. Aquelas palavras atingiram seu coração. Ela se sentiu acolhida.

Irene segurou suas mãos por cima da mesa e fez um carinho.

— Eu te amo, viu? — Acariciou o rosto da mulher.

— Você e minha mãe são mães incríveis.

— Você e Heyoon serão mães incríveis. — Levantou a cabeça da loira. — Você cuidará do seu filho como sua mãe cuidou de você, você estará lá por ele, como sua mãe esteve. E sua mãe vai estar orgulhosa da mãe que você será. Eu te prometo, Sina, você será uma mãe incrível. Não tenha medo, querida.

...

Algumas horas depois, elas continuaram conversando, Sina estava se sentindo muito melhor depois do papo materno. Ela estava mais leve e se sentia acolhida. Sabia que não era sua mãe ali, mas era Irene... Era a mulher que a tratava como filha e que ela tinha aquele amor materno e sabia que sempre estaria ali por ela.

Sina decidiu que iria ao cemitério onde seus pais estavam enterrados. Não ia ali faz anos. A última vez ela nem conhecia Heyoon.

Sua esposa prontamente aceitou ir com ela. Elas chegaram agora e estavam indo para o túmulo deles. As mãos juntas, Heyoon fazendo um carinho e Sina tentando manter a calma.

Ficaram por algum tempo ali. Limparam o túmulo, trocaram as flores, enquanto isso, Sina contava algumas coisas sobre os pais, e isso gerava risadas, já que a maioria dos acontecimentos e fatos eram engraçados.

Depois desse tempinho ali, elas voltaram para casa. Tomaram um banho, jantaram e acabaram na cama, em silêncio, apenas trocando carinhos.

Sina estava muito mais leve e Heyoon feliz por saber disso.

— Prefere menino ou menina? — Sina perguntou baixinho, acariciando a barriga da morena.

Heyoon sorriu largo.

— Qualquer um.

— Não vale!!

— Menino, então.

— E por quê?

— Porque você disse que não valia os dois. — Elas riram.

— Bom argumento.

— E você? Menino ou menina?

— Menina.

— Por quê?

— Não sei — sussurrou, beijando seus lábios. — Mas esteja preparada para me ver sendo mãe desde o momento que der positivo.

Heyoon sorriu com lágrimas nos olhos. Seu coração estava batendo descontroladamente e ela estava muito feliz.

— Será a melhor mãe desse mundo — falou baixinho. — Eu amo tanto você.

— Eu te amo muito. — Beijou seus lábios. — Amor, como funciona?

— O quê? — perguntou rindo, mesmo sabendo o que era.

— O processo todo.

— É um processo complicado demais pra te explicar.

— Posso acompanhar tudo?

— Pode, meu amor.

— O bebê vai ter nosso DNA? Das duas?

— Tem como.

— Como??

— Uma doa o óvulo, para ser fecundado, com um espermatozoide doado. Depois, o embrião é implantado no útero da outra mulher.

— Hum — prolongou o som, como se tivesse entendido —, não entendi absolutamente nada. Mas é atraente ouvir você falando sobre coisas sérias. — Heyoon gargalhou.

— Você tá animada?

— Sim. Podemos ir num médico logo amanhã?

— Vamos em breve, minha vida, eu prometo. — Heyoon beijou sua têmpora. — Agora vamos domir. Está tarde.

— Durma bem, meu amor. Eu te amo.

— Você também. Eu te amo mais que tudo, vida. — Selou seus lábios.

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Oi, como estão??

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Até mais, gente! 🤸🏻‍♀️🧡

Solução - Siyoon |Segunda Temporada|Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon