Epígrafe

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Sinto uma alegria enorme ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma.

Se soubesse que amanhã morria e a primavera era depois de amanhã, morreria contente, porque ela era depois de amanhã.

Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?

Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo; E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.

Por isso, se morrer agora, morro contente, porque tudo é real e tudo está certo.


Quando vier a primavera. (Alberto Caeiro).

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