Malina pov
Conforme o teatro se esvaziava, vou me aproximando do palco, subindo as escadas lentamente.
Me aproximo com o buquê em mãos.
- você arrasou. - elogio, vendo suas bochechas ficarem rosadas.
- obrigada!! - animou, colocando suas mãos sobre a boca e soltando um suspiro aliviador.
- pra você! - entrego o buquê. - você foi simplesmente incrível Aprill, você é muito talentosa, nunca desista desse sonho em cima dos palcos, eu te imploro...- minhas falas entregam meu nervosismo.
- Eiii. - exclamou Aprill, enquanto abraçava o buquê com um braço e sua outra mão desliza em minha bochecha até algumas mechas de cabelo que estavam grudados em meu rosto, ela coloca as mechas atrás de minha orelha. - eu já falei que eu te amo muito?
Balanço a cabeça negativamente.
- eu te amo muito Malina. - pude observar sua pupila ficar totalmente dilatada.
- eu te amo muito. - respondo, mordendo o canto de meu lábio.
Quando eu menos espero, sou surpreendida com um beijo em meus lábios. Fecho os olhos lentamente, sentido o calor da sua boca.
A sensação em minha barriga era um frio arrepiador.
Isso que chamam de borboletas no estômago?
Sem pressa, inclino a cabeça para o lado, dando o encaixe perto no beijo, deslizo minhas mãos até sua cintura.
Quando os nossos lábios se separam, solto o fôlego e esboço um sorriso.
- UHULLLLL. - gritou Timothée, do outro lado do teatro.
Caímos na risada.
- achei que isso nunca iria acontecer. - liberamos uma risada baixa. - mas eu cansei de esperar. - mencionou Aprill.
Esse momento havia sido perfeito, sinto que removi todo aquele sentimento dentro de mim, e ser recíproco faz com que seja mais especial.
Dois meses depois>
Noah pov
Era a 22º cesta que tomamos do colégio Hillcrest, não demorou muito para aquelas mauricinhos com fardamento verde e branco, começarem a se tornarem agressivos em quadra.
Um maluco de quase dois metros me empurrou com tudo contra o chão.
O estralo que minhas costas fazem quando se encontram com o chão, me faz arregalar os olhos rapidamente.
- PORRA. - solto um gemido de dor.
Com uma tentativa falha de me levantar e sentindo uma dor imensa em meu tornozelo. O treinador invade a quadra e me carrega para um banco.
- saem da frente. - ordenou o treinador. - a enfermeira vai examinar sua perna.
Porra isso tinha que acontecer justo comigo??
- Caramba Noah. - exclamou Johnny, observando o roxo em volta de meu tornozelo.
- aqueles filhos da puta, esses arrombados são muito arriados, sabem que sou o melhor do time e ficam me marcando. - reclamo, apertando os olhos por conta da dor.
Não foi fácil movimentar meu músculo, conforme a enfermeira mencionava.
- hoje ele não joga mais. - apontou a enfermeira.
- quem vai entrar no lugar dele? - questionou Tom.
Encaro o banco com os reservas e esboço um sorriso amarelo.
- treinador tem que liberar o Scott. - imploro.
- totalmente fora de cogitação, ele tá suspenso. - negou.
- você quer que a gente tenha uma derrota? - arqueio uma sobrancelha. - já estamos na beira do precipício, você vai acabar empurrando todos nós se não colocar o Scott no time.
Observo o treinador acariciar sua careca, que já suava friamente.
- bom mas ele nem está aqui. - respondeu o treinador com a voz ofegante.
- tem certeza? - a voz do Scott surge na roda, suas mãos cutucam a bunda do treinador. - o que tá acontecendo?
- mas garoto, o que você pensa que tá? - diz o treinador, virando sua atenção para o Scott, depois para os meninos.
Estávamos todos com cara de cachorrinho que caiu da mudança.
- eu não vou voltar atrás com a minha palavra. - afirmou com uma expressão séria.
Observo Ayla entrar na roda agarrar o braço do Scott.
- Não vai jogar? - questionou e Scott responde com uma leve balançada de cabeça. - não faz sentido ele não jogar, o time já tá perdendo, vai ser como entregar o jogo de bandeja pra eles, e você sabe que o Scott joga muito bem. - disparou as palavras, encarando o treinador.
Dou uma tossida falsa.
- todos jogam bem! - revirou os olhos. - eles são um time, mas um time só funciona quando todos estão juntos, então deixa de ser durão um pouco.
- se eu perder meu emprego. - antes que o treinador possa terminar de falar, os meninos o abraçam animados. - aquele troféu é nosso!
- eu duvido que você vai ser demitido, depois que o diretor ver os meninos segurando aquele troféu enorme e cheio de medalhas. - um sorriso surge no rosto de Ayla.
- AEEEEEE AYLA AYLA AYLA... - os meninos gritavam.
As bochechas dela mudam de cor rapidamente, acompanhado com um sorriso que deixava suas covinhas visíveis.
Ela envolve seus braços em volta da cintura do Scott.
- obrigado amor. - agradeceu Scott. - prometo que vou dar o meu melhor, na quadra, por nós e pelo...- aquela frase clichê, por mais simples, estava carregada de significados.
A mão de Scott escorregou até a barriga de Ayla, acariciando.
Meus olhos se arregalaram em instantes.
- eu te amo tanto e o bebê também. - Ayla rouba um selinho dele. - agora vai lá botar seu uniforme, se você fazer muitas cestas hoje, eu deixo você fazer em mim mais tarde.
- Ok! Chega, Scott você precisa se trocar rápido. - informou o treinador.
- eu vou estar lá em cima. - mencionou Ayla, se despedindo com mais um selinho.
Não posso dizer que estou surpreso, pela quantidade de sexo que os dois fazem, isso uma hora iria ocorrer, mas o Scott está feliz em ser pai?
Continua...
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BAD DECISIONS
RomanceAmigos de infância, unidos novamente depois de uma tragédia em Salt Lake, Utah Escondem inúmeros segredos entre si, enquanto a vida adulta chega e com ela vem suas consequências. Contém cenas explícitas(hots) Violência Dependência química e muito m...