Capítulo 35

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Christian

O meu pai abre a porta do meu quarto com tudo.

— Nós precisamos conversar, Christian.

— Eu já falei tudo que eu precisava falar.

Eu já estou cansado dessa história.

— Que se foda o que você falou ou não, porra! — meu pai agarra a gola da minha camisa.

— Carry, calma. — a minha mãe tenta intervir.

— Eu já tive calma demais com esse moleque, foi por agir com muita calma que ele acabou engravidando aquela menina. Você tem noção disso, Grace? Eu avisei pro Christian ficar longe da filha do Raymond! E ele além de me desobedecer, ainda engravidou a menina! A filha do Raymond está grávida, porra!

— Eu não quero ser pai.

— Você não pode escolher isso, porra, você vai cumprir o seu papel e pronto. Age como homem, porra. Você vai assumir o que você fez.

— Eu não vou! — consigo me soltar do seu aperto. — Eu não quero parar a minha vida por causa disso.

— Então você esquece as suas mordomias, você vai aprender de uma vez por todas! — ele diz e sai batendo a porta do quarto.

— Christian, por favor. — minha mãe chama a minha atenção. — Você precisa pensar melhor nas coisas, não pode fazer isso com a Ana.

— Eu não estou fazendo nada, mãe. Eu só quero viver a minha vida em paz.

— Imagina se fosse a Mia? Imagina se a sua irmã estivesse grávida e o cara não quisesse assumir?

Mas a minha irmã não é a Anastasia. A minha irmã não estava se fazendo de inocente. Anastasia estava de muita conversinha e risinho para o tal de José, aquele babaca. Ela estava dando abertura para aquele babaca bem diante dos meus olhos.

Eu sinto raiva só de pensar.

— Eu não quero ser pai, eu não vou estragar a minha vida assim. Eu não tinha que ficar me preocupando com essas coisas. Eu sou homem, mãe.

— Homem? Não. Você não é um homem, Christian. Você é um moleque, um moleque inconsequente e imaturo!

Abro a boca para falar mas minha mãe me interrompe.

— Não, agora você vai calar a boca e me escutar. — minha mãe diz séria. — Eu nunca me intrometi na sua vida pessoal, apesar de não achar certo o que você fazia por aí. Porque eu sempre achei que você tinha o direito de sair com quem você quisesse. Eu pensava assim porque eu achava que eu tinha criado um homem, mas não, eu não criei um homem, agora eu tenho certeza que eu criei um moleque! Porque um homem de verdade não faz o que você está fazendo agora. Você é um moleque inconsequente que não assume o que faz. Ela fez essa criança sozinha, Christian?

— Mãe...

— Não, ela não fez essa criança sozinha, e eu tenho certeza que você estava bem presente na hora, então essa responsabilidade também é sua.

— Mãe, a culpa disso não é minha. Se aconteceu foi porque Anastásia foi burra e não se cuidou.

Essa é a verdade. Eu posso ter vacilado algumas vezes porque não usei camisinha, mas que culpa eu tenho? Eu sou homem, nós homens não devemos ficar nos preocupando com essas besteiras. Isso cabia a ela.

— Eu não acredito que estou ouvindo isso! — os olhos da minha mãe ficam marejados. — Por Deus! Você só me surpreende Christian. Eu estou tão decepcionada como mãe, como mulher. Acho que eu não soube cumprir bem o meu papel de mãe. Eu acho que o seu pai sempre teve razão, acho que eu acreditei demais em você, Christian. Eu acreditei que você estava sendo um homem, mas você está provando que não. É nítido que essa menina não tinha experiência nenhuma, Christian. Por Deus! — esfrego o rosto.

A APOSTA Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin