𝐏𝐑𝐎𝐈𝐁𝐈𝐃𝐎 - 𝐕𝐚𝐧𝐝𝐚𝐥𝐨𝐬 [𝟏]

01| MENTIROSO

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Boa leitura📚

Vellamo, Ilha Forgotten.
17 de agosto.

     PARA ALGUNS, A MORTE SEMPRE será o caminho mais fácil. O caminho pelo qual pessoas fracas decidem seguir, mostrando a prova da sua fraqueza, uma vez que está submerso com sangue jorrando dos seus pulsos, não há como voltar atrás.

Suas cordas vocais não funcionam, não adianta gritar por ajuda. Lentamente você se afoga em arrependimento, o desespero te fazendo morrer cada vez mais rápido. Mas já é tarde demais.

Tenho uma visão mais ampla sobre pessoas que decidem colocar um ponto final em sua vida ao invés de uma vírgula. Não as chamariam de fracas, pelo contrário, seus limites foram os mais testados e desgastados até que a pessoa tenha tomado sua decisão final.

Elas recebem um propósito, as cumprem e voltam para onde sempre desejaram voltar. Uma vez que seu papel na terra é comprido, você está livre para decidir se quer viver a vida, ou simplesmente torná-la em um livro com um final trágico.

Não as acho fracas por desistirem, às acho fortes por terem aguentado o máximo que conseguiram.

— Está pensando em se matar? — Oliver murmura sentado no chão, ele passa a língua na seda em suas mãos e sorriu, um sorriso descontraído. Seus olhos estão levemente vermelhos. — Só não cortem os pulsos, vai fazer uma sujeira e tanto.

Arqueei uma de minhas sobrancelhas, observando o moreno calmante. Oliver Lewis é um dos patinadores da melhor universidade da nossa ilha.

Pele negra, olhos escuros, cabelo cacheado e corpo totalmente esculpido. O cara é um deus grego em pessoa.

— Eu não faria isso, Oliver — Sentada na cama desconfortável da cela, eu saco a faca em minha cintura. — Há maneiras mais dignas de morrer.

Seus olhos escuros se levantam por um instante, ele olha a faca em minha mão e sorriu, despreocupado.

Ele é um dos Doze. Filho do braço direito do presidente, rico, pertence à elite e é um dos descendentes de Poseidon.

Diferente de mim, ele não está preso. Enquanto estou em uma cela contra minha vontade, ele desce ao subsolo todas as noites para fumar escondido.

Seu pai ficaria decepcionado em saber que o filho está descontando seus problemas em uma seda e um pouco de maconha.

A primeira vez que desceu aqui embaixo e me viu, me tratou como se eu fosse sua psicóloga particular.

Escutei ele desabafando por longas horas, quando terminou, ele parecia mais leve. Apenas precisava de alguém para ouvir seu desabafo.

Minhas mãos se ergueram, arremessei a faca milímetros ao lado de sua cabeça. Oliver solta a fumaça, sorrindo outra vez. Seus olhos caídos demonstram orgulho, ao invés de medo pela faca ao lado de sua cabeça.