Capítulo Onze

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– Cara, que porra tu tá fazendo? – gritou Jaekyung agarrando o alfa mais novo pela gola da camisa e o jogando contra a parede mais próxima.

– Hyung haha eu encontrei o Dr. sem querer e como sei que vocês tiveram problemas, estava levando ele para conversar em outro lugar – Min Joon ria nervoso, se explicou rapidamente para evitar apanhar do mais velho.

– JAEKYUNG – gritou Dan assustado do lutador bater no menor – PELO AMOR DE DEUS.

– Sem querer? Ele veio comigo – reclamou Jaekyung de braços cruzados cobrindo o corpo menor atrás de si de forma protetora, sem nem perceber – E você? É ele o alfa que foi na tua casa?

– Como assim contigo? – perguntou Min Joon já em pé confuso – Meu Deus, Dr. Dan, esqueceu de tudo o que aconteceu? Você o perdoou? Fizeram as pazes? – os olhos dele estavam arregalados.

Kim Dan não perdoou o alfa, ainda estava preocupado pela vida de seu filho, contudo Jaekyung se virou para olha-lo, aquela encarada indicava que era para mentir.

– Isso mesmo – Jaekyung sorriu largo e passou seu braço pelo ombro do mais baixo – Ele me perdoou, fizemos as pazes, estamos só nos organizando para voltarmos para Seoul, eu não poderia deixar o meu ômega sozinho por aí.

– Hyung? – Joon ainda estava na dúvida, então falou diretamente com Dan – Isso é verdade?

– Eu não acredito que você não vai acreditar no seu hyung – debochou Jaekyung.

– S sim – sussurrou Dan, concordando com um quase imperceptível balançar de cabeça – Desculpe.

– Agora se nos der licença, viemos de um exame médico e preciso alimentar o meu ômega e filho – terminou a conversa levando Kim Dan de volta para a cafeteria.

Por mais que Min Joon estivesse em dúvida se o que os dois homens falaram era verdade, ele não poderia enfrentar o alfa sozinho, não possuía força física ou autoridade para se sobressair. O suposto casal chegou na cafeteria e confirmaram a preparação de seus pedidos, Dan pediu desculpas pelo incoveniente, voltaram a se sentar para aguardar.

– Tu não me respondeu – murmurou o alfa.

– O quê? – perguntou Dan sem entender porque ambos estavam sentados em silêncio quando Jaekyung falou.

– Se ele era o alfa que foi na sua casa – pressionou.

– Sim, só uma vez, me encontrou por um acaso e me acompanhou em casa – explicou-se.

– Como ele é uma garoto bom e prestativo – menosprezou o alfa revirando os olhos.

– Ele realmente é – defendeu.

Ficaram os dois em silêncio, Jaekyung parecia irritado pela defesa de Dan e o mais velho estava com medo de ter ultrapassado os limites do alfa. Porém o ômega quis rir ao perceber que a única coisa que ele fez foi bufar e virar o rosto para a janela, como se fosse um tratamento de silêncio. Não demorou tanto para que os atendentes se aproximarem e servirem os pedidos, Jaekyung permanecia em seu tratamento de silêncio.

– Tem alguma possibilidade de ele ser o pai desse bebê? – a pergunta foi abrupta, Dan se engasgou pelo espanto, tossia e batia no próprio peito tentando recuperar o fôlego, enquanto Jaekyung se mantinha inalterado.

– Eu me arrependo amargamente de não ter dado pra outro alfa, um filho de outro, marca de outro – disse Dan ferido pelo alfa ter considerado essa possibilidade – Ele não é o pai, por mais que eu deteste estar preso a ti, este filho é seu.

Respondeu irritado e bebeu o suco para ajudar a melhorar a sensação sufocante, encarava o lutador quem comia meditando sobre o que ouviu. Não ouve mais conversa entre os dois, Jaekyung apenas ignorava o olhar fulminante que Dan direcionava a ele.

...

Kim Dan abriu a porta de seu apartamento e entrou, sendo seguido pelo alfa quem carregava as compras sozinho, o homem decidiu que deveria abastecer a geladeira ao menos para que o ômega comesse corretamente. Jaekyung abandonou as sacolas em cima do balcão, o menor se ocupou em ordenar as compras, enquanto o lutador andava pela casa, observando os detalhes humildes do local. Aproveitou do passeio pelo apartamento para marcar o território com o próprio cheiro, liberava seus feromônios, por último foi para a cozinha, dando a volta no balcão.

– Essa não é a sua casa, pare de marcar – reclamou Dan ao perceber o aroma.

Sem responder, nem parar, Jaekyung parou atrás do ômega, agarrou o rosto do menor lambendo a nuca do mesmo e o banhando de seu cheiro. O ômega não resistiu, fechou os olhos e aproveitou, pois era bom para o bebê, não poderia ser tão teimoso e cabeça dura para não aproveitar algo que fosse para o seu bebê.

– Meu ômega, minha casa – sussurrou com os lábios colados à orelha de Dan e sorriu ao ver o arrepio que causou.

– Eu gostaria de ficar aqui esses vinte dias úteis aguardando o resultado do exame – soltou Kim Dan – Imagino que precise voltar para os seus treinos, mas gostaria de ficar, você pode voltar para Seoul.

– Não.

– Mas.

– Não mesmo, de jeito nenhum – reclamou Jaekyung – E quem me garante que não vai fugir de novo?

– Como eu vou fugir de novo com a minha avó? Fora que tu pagou um detetive pra vir atrás de mim – argumentou.

– Vai voltar comigo de qualquer jeito, vai pedir a transferência da sua avó e demissão do seu emprego atual – virou o menor para si.

– Eu quero ficar aqui!

Grávido (Jae-kyung/Kim Dan - Jinx)Where stories live. Discover now