Desculpa

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Acordei com os guardas me chamando, não estava entendendo nada e minha cabeça doía muito.

Fui parar em uma cela com duas pessoas, elas estavam realmente muito bêbadas.

-"O que você fez pra vir parar aqui?" Uma mulher com a maquiagem borrada dizia.

-"Deve ter bebido demais e desacatado um guarda, normal." Outra mulher um pouco menos bêbada dizia.

-"Eu não lembro muito do que aconteceu mas, acho que bati em alguém." Eu digo levando a mão na cabeça.

-"Eu também, bati em um segurança que não queria me deixar entrar em uma festa." A mulher com a maquiagem borrada dizia.

-"Tô aqui porque os policiais são uns arrombados e levam tudo na maldade, eu só disse que não devia nada pra eles."

-"Vocês estão aqui há muito tempo?"

-"Há algumas horas, vamos ficar aqui até a audiência ser marcada." Dizia a mulher menos bêbada.

-"Como assim!?" Eu dizia assustada.

-"Se pagarem a sua fiança, você sai como réu primário, claro, se você nunca tiver sido presa antes." Dizia a mulher com a maquiagem borrada.

-"É, eu nunca fui presa antes." Eu dizia me deitando no chão.

-"Então daqui a pouco você sai daqui." Dizia a mulher menos bêbada.

Fiquei lá o resto da madrugada, foi horrível, não conseguia dormir por causa dos cortes da minha mão, por volta das 10:00, meu pai chega.

-"Vem, seu pai chegou." Dizia o guarda abrindo a cela.

Eu passo pelos corredores e vejo as pessoas me olhando, não gostava daquela sensação.

Vejo Bill e meu pai na recepção, não conseguia olhar nos olhos deles, jurei pra mim e pra eles que nunca mais ia deixar a raiva me controlar de novo.

-"Que merda você fez desta vez?" Diz meu pai.

Ele estava estranho, talvez seja porque sou maior de idade e ainda dou trabalho pra ele.

-"Pai me desculpa, eu..." Começo a chorar.

-"Você tá de brincadeira S/n, você não é mais criança, não vai mais pro reformatório varrer a calçada, isso é coisa séria, você tem que crescer e controlar esses seus surtos idiotas."

Eu não conseguia falar nada, só olhei para baixo e fui para o carro.

Vejo Bill entrando.

-"S/n, eu sei que não foi culpa sua, eu devia ter te acalmado, devia ter te lavado pra fora."

-"Não é culpa sua Bill, eu preciso me controlar, fiz isso só por causa do Tom, nós nem temos nada." Digo o abraçando.

-"Vou te levar pra nossa casa, ok?" Ele diz e depois me dá um beijo na testa.

-"Ok." Digo secando as lágrimas.

-"E não liga pro que seu pai falou, ele só tá estressado, tem muita coisa acontecendo." Ele diz segurando minhas mãos.

-"Vou tentar." Digo o abraçando.

A volta pra casa foi silenciosa, o clima estava pesado e meu pai não queria olhar nos meus olhos.

-"Eu já vou, vê se não faz merda de novo, não vou te acobertar." Diz meu pai saindo com o carro.

Entro em casa e vou direto pro quarto.

-"Amiga você tá bem?" Dizia Marry me abraçando.

-"Acho que sim."

-"Olha, tem brigadeiro na cozinha, quer?"

TOKIO HOTEL-WE ARE JUST FRIENDS Onde histórias criam vida. Descubra agora