Capítulo 7 - Grão de areia

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  Se tem uma coisa que me deixa reflexiva por muito tempo é ver que nós, humanos, somos pequenos e irrelevantes perto de um universo imenso e misterioso. Esses dias eu estava pensando justamente sobre isso e dei-me conta de que se para o universo, nós não somos nada, aquilo que nós somos só cabe a nós mesmos decidirmos. Afinal, quem pode nos julgar?

Sim, eu sei que há muitas pessoas para julgar a vida alheia (e detesto isso, acredite), mas se nós percebermos o quão insignificante é a opinião alheia perto da vasta quantidade de estrelas que um céu possui, veremos que há mais coisas e questões a nos preocuparmos do que com palavras ou frases ditas da boca para fora.

Porém, há uma coisa que me tira o sono. Será que eu, além de ser um nada para o universo, sou um nada para as pessoas que amo? Veja bem, acabei de dizer que não deveríamos se importar com o que acham de nós, mas agora cá estou.

Enfim, penso que sou como um grão de areia, dependendo do ponto de vista do telespectador, posso ser única e preciosa e, ao mesmo tempo, posso passar despercebida e ser, em partes, microscópica... Será que o Vicente me considera como única e insubstituível ou como uma atriz contratada para um filme digno de grandes premiações, mas que está ali apenas para compor um cenário e deixá-lo mais realista?

Talvez essa pergunta possa ser respondida, mas sou medrosa, tenho um grande receio de me magoar dependendo da resposta que irei ouvir. É melhor dar tempo ao tempo, logo iremos sanar essas dúvidas e questionamentos que faço (e que me fazem perder a cabeça e me deixam um pouco maluca). Até lá continuarei a escrever sobre eles em meus singelos poemas e em meu humilde diário.

Baile de Máscaras - Álbum de FotosWhere stories live. Discover now