Capítulo 7

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                               John

Pego meu carro que ganhei no meu aniversário de dezesseis anos e rio ao lembrar do surto de Judy dizendo o quanto meu pai e meu tio eram loucos por me dar esse presente. Dirijo até o centro e estaciono em frente à farmácia, entrego a receita prescrita pelo médico ao farmacêutico que a lê atentamente e começa a procurar nas prateleiras lotadas de medicamentos e aproveito que estou ali para comprar uma produtos que estou precisando. Pego uma cesta e ando entre as prateleiras procurando pelo creme de barbear, me agacho ao encontrá-lo na parte inferior da última prateleira, ouço vozes ao qual reconheço muito bem e permaneco na mesma posição escutando a conversa desenrolar.

-É cara Charlotte não está contente e sei que quer fazer algo com a gorda que anda com os Shelby! Diz Charles o irmão de Charlotte a garota insuportável que não saí do meu pé.

- Acho melhor vocês deixarem essa garota em paz, vocês sabem que ela é a protegida dos irmãos e sinceramente eu não quero ter que me meter com eles, principalmente com John, você viu o que ele fez com o Luke por causa dela?. Mark questiona e sorrio relembrando do momento. -Eu já vou avisando logo estou fora de qualquer plano que tenha a ver com aquela garota! Diz decido.

"SABIA DECISÃO". Penso escutando o resto da conversa.

-Covarde, aliás John é só um mauricinho metido que usa a influência de seu nome para fazer o que quiser sem ter que arcar com as consequências depois! Reviro os olhos.- Ele é um tremendo de um bundão covarde, e já tenho o plano perfeito para a humilhação daquela gorda na segunda-feira! Diz gargalhando e deixo um riso irônico.

Não me ofendi com suas palavras em relação a minha pessoa por que ele tinha um ponto na afirmação de usar meu nome para me sacar de muitas coisas e principalmente por tentar me ofender ao me chamar de covarde. Mas apartir do momento em que suas ações são para prejudicar Caterina, instiga totalmente o meu lado violento e protetor. E para o bem de Charles espero que desista de qualquer coisa que ele tentará fazer a minha ruivinha, pois se ele continuar com isso o que acontecerá não será nada agradável... pelo menos não para ele.

-É cara depois não diga que não lhe avisei! Mark diz.

Ouço seus passos se afastando e me levanto os olhando, coloco o creme e outros produtos dentro da cesta e retorno para o balcão onde o farmacêutico já me esperava com os medicamentos organizados sobre o vidro.

-Vocês têm gel anestésico? O homem afirma e pega dois potes os colocando em minha frente.

-Temos esse sem cheiro e esse com cheiro de menta! Diz apontando para cada um e pego o com cheiro colocando junto ao medicamentos dentro da cestinha.

- Obrigado! Digo a ele que afirma e vou até o caixa vendo Charles e Mark ali que tem os rostos assustado ao me verem sorrio para eles. -Posso?. Levanto a cesta os mostrando e eles apenas afirmam rapidamente e se afasta. -Obrigado! Coloco a cesta no balcao para que a atendente os passe e pego o dinheiro na carteira ao ver o preço total pelo pequena tela do monitor antigo, espero ela emitir nota fiscal da compra e pego as sacolas estendida a mim, olho para os dois que ainda tem a cara assombrada e deixo um sorriso sarcástico.- Até segunda! Digo dando bastante ênfase ao pronunciar o dia para que eles saibam que escutei a conversa deles e caminho tranquilamente assoviando igualmente um psicopata dos filmes de terror até sair do estabelecimento.

-Idiotas! Sussurro ao deixar as sacolas no banco ao meu lado e ligo o carro indo embora para casa.

Ao entrar em casa onde está tudo em silêncio, tiro os sapatos e vou para sala encontrando apenas Liam dormindo abraçado com seu urso azul no sofá, olho para o chão vendo o baú que guardo os brinquedos de infância ali e alguns carrinhos e bonecos organizados no tapete, percebi que Liam é muito quieto e calado, um menino muito introvertido para a pouca idade, e sei que isso é devido a convivência ruim com seu avô abusivo. E só de lembrar que aquele homem é tão ruim a ponto de agredir uma criança ao ponto de deixá-lo traumatizado com tudo ao ser redor, tenho a vontade de ir na sua casa e quebrar cada osso existente em seu corpo para o fazer se arrepender de todas as maldades que já fez na vida. Mas oportunidades para isso não faltará com a má índole que aquele homem tem. Olho para Liam quando ele se move e seu urso caí no chão, me aproximo pegando o brinquedo e olho  para a pelúcia que não é muito bonito e rio baixo ao perceber que até vesgo ele é, e sinceramente não sei por que ele gosta tanto desse brinquedo levando em conta que ele o segura como se fosse a coisa mais preciosa de sua vida. Me curvo para colocar de volta no lugar quando a criança mesmo adormecida procura involuntariamente pelo urso. Sinto uma leve fragrância floral semelhante ao perfume de Caterine e procuro ao redor não a vendo por perto então olho para o urso e o aproximo de meu nariz, percebendo que o cheiro vem dali.

-Agora entendo o motivo de você gosta tanto dessa coisa feia garoto! Sussurro e coloco o urso perto dele quando ele resmunga em meio ao sono e logo se acalma quando agarra o bichinho o aproximando do rosto.

O ajeito no sofá o deitando corretamente para não ter desconforto ao acordar já que ele está todo desengonçado. E vou até a cozinha vendo somente Samanta e a senhora Elizabeth ali conversando.

- Onde ela está?. Olho para minha irmã que abre um sorriso.

-No quarto descansando! Afirmo e puxo a cadeira para me sentar quando fui interrompido no meio do processo.- Tem uma pessoa em seu quarto irmão! Diz provocativo e rapidamente vou para lá, sentindo raiva já que todos sabem que odeio que entrem em meu quarto quando não estou lá, ao alcançar o trinco da porta a abro de uma vez e entro no cômodo, sentindo a raiva ir embora ao ver Caterina deitada na minha cama toda encolhida enquanto abraça um dos travesseiros. Caminho devagar deixando a sacola no móvel ao lado da cama e a me curvo um pouco sobre ela afastando os fios curtos que cai em seu rosto. Suspiro fascinado com o quão delicado seus traços faciais são.

Tiro o paletó o deixando sobre a cadeira e afrouxo a grata, retiro a boina também deixando na cadeira e deito ao seu lado me aproximando de seu corpo, presto atenção em seus rosto e desço meus olhos para seus lábios corados ao qual firma um pequeno bico pela pressão em uma das sua bochechas, não consigo me conter e o toco com a ponta do dedo a fazendo se mexer um pouco. Fico quieto ao seu lado e logo apago sentindo o cheiro fraco de seu perfume.

Desperto com batidas insistentes na porta e vejo que Caterina ainda dormi passificamente, o quarto se encontra um pouco escuro me fazendo perceber que já anoitece lá fora, levanto devagar para não a acordar e abro a porta de uma vez assustando Judy.

- Cadê o meu bebê?. Diz com uma voz infantil e penso que ela estava falando comigo mais ela apenas passa por mim invadindo meu quarto e reviro os olhos. Ela para ao lado da cama e olha para Caterina que se move agora ficando de barriga para cima, Judy rir baixo e vem em minha direção. -A acorde para jantar estaremos os esperando não demorem! Diz dando um tapinha em meu ombro é se retira fechando a porta.

Aproveito que Caterina está nessa posição e subo sua blusa, respiro várias vezes tentando manter a raiva controlada e pego o gel que comprei mais cedo, tirando uma pequena quantidade e aplico em sua barriga fazendo uma leve massagem. Me assusto ao escutar sua voz o que causou lhe uma risada, estava tão atento ao que estava fazendo que não percebi quando ela acordou.

A noiva de John Shelby Onde histórias criam vida. Descubra agora