Capítulo 5

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Natália chegou no salão principal e se sentou na cadeira da mesa da Grifinoria mesmo sendo contra as regras.
As garotas notam uma careta de dor vindo de Natália e a olham com uma expressão de curiosidade e preocupação. E logo ela se pôs a responder.

-Eu cai - diz simplesmente roubando um pudim de Marlene que a olha com uma careta.

-Como?-A ruiva pergunta preocupada e Natália dá de ombros olhando para os lados à procura dos garotos.

-Eles ainda não voltaram. -Marlene falou vendo a amiga.

-Lupin não foi nem a reunião dos monitores- Lily conta a amiga e continua- O que é estranho já que ele é o único daquele grupo que tem um cérebro.

Natália ri da amiga e Marlene faz o mesmo.

-Já tentou falar com ele? Afinal vocês são amigos né? - Natália olhava para Lily como um cachorrinho abandonado que caiu da mudança.
Lily olha pra ela como se não acreditasse.

-Primeiro você também é amiga dele- ela disse de forma acusadora- Segundo eu já perguntei, mas é sempre a mesma resposta. Que sua mãe está doente-diz por fim

-Ou ele não quer realmente contar o que se passa, ou a mãe dele tem uma imunidade bem baixa- Marlene fala e Natália só consegue concordar bufando.

Ela deita a cabeça nos ombros da loira ao seu lado, e recebe um cafuné em resposta.

-Vamos gatinha, temos aula de Herbologia agora- a loira puxa a morena pelas mãos que levanta sem vontade, enquanto a ruiva vinha logo atrás arrumando seus vestimentos.

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Natália não conseguia se concentrar na professora em sua frente, estava com a cabeça longe e Herbologia não estava no topo das suas matérias favoritas.

Lily e Marlene discutiam por algo, fazendo Natália ri em resposta e se perguntando, quando elas começaram a ser tão importantes para sua vida.

Flashback on
*Aviso: essa parte vai ter um momento no qual vai ocorrer a tricotilomania (ato de arrancar os próprios cabelos) caso isso seja um gatilho, peço que pule essa parte*

Natalia chorava em uma das cabine dos banheiros, tinha recebido uma carta de seus pais logo nos seus primeiros dias a amaldiçoando por não ter entrado em Sonserina, e seguindo os passos deles.
Ela chutava a porta da cabine e puxava os próprios cabelos para que de alguma forma aquela dor substituísse a dor que estava em seu peito.
Umas garotas que estavam entrando no banheiro reclamando sobre os meninos idiotas que elas acabaram de se esbarrar. Escutam o barulho de chutes e soluços de choro. Elas se olham rapidamente e vão em direção à cabine.

-Olá? tá tudo bem?- a garotinha ruiva perguntou fazendo a Loira ao seu lado a olhar como se ela fosse louca.

-A garota está chorando Lily, tu acha mesmo que ela estaria bem?- pergunta num sussurro alto, o que fez a morena que estava até agora chorando, soltar um sorriso sincero.

A morena abre a porta timidamente.

-Oi- ela diz limpando as lágrimas. As meninas sorriram pra ela gentilmente.

-Desculpa a gente por se meter sabe, mas porque está chorando?- a loira pergunta .

-Ah, meus pais não são pessoas muito fáceis de lidar....-ela olha para baixo- Sabem.... quer dizer.... esquece....Eu sou Natália, Natália Rosier- ela diz estendendo as mãos em direção às garotas

-Lilian Evans-a ruiva diz pegando na mão da morena que nem parecia que estava chorando a segundos atrás, e tinha em seu rosto um sorriso gentil.

-Marlene Mckinnon- a loira fala fazendo o mesmo que a ruiva

E assim elas conversam sobre os meninos que elas estavam xingando até a terceira geração, fazendo Natália esquecer o porque estava chorando.

Flashback off

Depois daquela tarde no banheiro feminino,na primeira semana de aula, as três nunca mais se desgrudaram, mesmo sendo Natália de casa diferente.

-Foi para o mundo da Lua Natália?- Marlene a cutucou, e Natália deu risada revirando os olhos.

Logo percebendo que todos já tinham saído da aula, e só restavam as três.

-Eu não sabia que você era tão aluada Naty - Lily brinca.

Elas arrumam suas coisas e se retiram da sala.
Enquanto riam e brincavam umas com as outras, no fundo elas sentiam que aquela amizade fosse para sempre. Porque para elas, nada e nem ninguém seria capaz de afastar elas umas das outras...

Stars On My Scars- Remus Lupin Where stories live. Discover now