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Cl7

  Solto a fumaça do back, olhando para a foto da tal Karina com um vestido preto, linda pra caralho ela, no papo dez.

  Guardo meu celular no bolso, levantando do sofá e jogando o resto do back fora. Uso só pra dar uma relaxada as vezes. Sinto meu celular vibrar no bolso, indicando uma notificação chegar no meu celular, entro na mensagem vendo que é a organizadora do projeto de dança pedindo para eu ir lá, provavelmente pra saber do bagulho lá que ela pediu.

  Guardo meu celular no bolso novamente, saindo de casa. Saio da minha casa observando um dos vapores que faz a segurança da minha casa falando baixo no telefone, como se estivesse escondendo algo. Porém, assim que ele nota a minha presença se apressa em desligar o telefone e fazer um toque de mão rápido comigo. Franzo o cenho meio confuso e desconfiado.

Cl7: Qual foi?! Tava falando com quem? - questiono cruzando os braços com a feição séria. Vejo ele segurar a arma com mais força, tentando manter sua postura. Hmm...

Jl: Foi com minha esposa, Cl7. - ele diz mantendo o contato visual. Dou uma risada fraca concordando com a cabeça e indo em direção a minha moto novamente. Ele não tem esposa.

  Vou direto para o lugar. Paro na frente do estúdio, descendo da moto e como sempre, girando a chave no dedo. Pego meu celular do bolso ligando pro Azulzin, meu braço direito, e peço para colocar alguns de confiança na cola do Jl. Não sou idiota pra cair nessa história dele.

Entro na recepção vendo os negócios bonito pra caralho. É tudo no branco e madeira de carvalho, iluminado com alguns lustres amarelo no teto. É tudo simples, mas muito bonito. Negócio de burguês é outro nível, papo reto.


  Vou até uma mulher ruiva sentada atrás do balcão que assim que me vê, me olha estranho, mas logo volta a sua expressão normal.

- Boa tarde! Quer fazer alguma inscrição? - ela questiona e eu nego com alguma cabeça, me escorando no balcão.

Cl7: Não. Tô procurando uma tal de... - pego meu celular pra conferir o nome da mulher. - Clarissa. A organizadora do projeto. - ela concorda indo até uma sala, que parece ser um escritório.

  Logo a ruiva volta, só que com mais três mulheres. A organizadora, a que tava fazendo os desenhos aqui, Bianca. E ela, que na mesma hora que me viu, soltou um sorriso unilateral fixando seu olhar no meu. Dei um riso fraco desviando o olhar do dela.

Clarissa: Oi?! - a mulher chama a minha atenção novamente.. - A gente pode acertar o valor lá? - ela aponta pra sala que ela saiu agora pouco. Concordo com a cabeça, seguindo a mesma.

[...]

  Saio da sala onde eu resolvia os bagulho lá do valor, passando o olhar por toda a sala principal de danças, vendo quem eu procuro ajudar uma menina  numa posição. Me aproximo dela que me olha pelo espelho e da um sorriso fraco, mas logo voltando a sua atenção para a garota.

Karina: Aprendeu certinho?! - ela questiona pra garota que concorda antes de dar um sorriso de orelha a orelha pra ela que também sorri, fazendo um tipo de toque de mão com ela. A garota sai dando alguns pulinhos de felicidade. Ela volta sua atenção para mim, colocando as duas mãos na calça preta jeans. - Oi! Não sabia que você era daqui. - ela diz meio pensativa. - Ah, você é dono daqui. - ela da uma risada fraca ainda olhando para os meus olhos.

Cl7: E tu? É organizadora daqui também?! - ela nega, caminhando para o balcão de recepção. Caminho ao seu lado, ainda esperando pela sua resposta.

Karina: Na verdade eu só estou ajudando com as crianças mesmo. Elas ainda estão procurando por dançarinas profissionais. - concordo com a cabeça. Ela se aproxima da mulher ruiva que mexe no celular, que assim que nota a nossa presença, guarda o celular e volta sua atenção para nos dois. - Mari, você pode avisar a Bia que eu tô ali na frente comendo? - a mulher concorda, olhando para nos dois curiosa. A Karina vira seu corpo para mim. - Quer almoçar comigo?! - ela questiona parecendo ter lido meu pensamento, já que eu ia chamar ela pra almoçar comigo agora mesmo.

Cl7: Acho que da. - olho meu celular vendo o horário, 12:35. Levanto meu olhar pra ela que tá distraída olhando para a rua, onde tem alguns moleques jogando bola num campo que tem aqui em frente. Até distraída a mulher é linda, puta que pariu.

Karina: Então, vamos?! - ela questiona me tirando do transe e concordar com a cabeça. - Então você é o dono do morro... - ela tenta puxar assunto, caminhando para a lanchonete que tem aqui em frente.

Cl7: Uhum. faz uns três anos já. - ela concorda com a cabeça. Caminho ao seu lado, o que faz muitas pessoas olharem curiosas. Bando de fofoqueiros. - E tu, trabalha com o que? - questiono realmente interessado, o porquê eu também não sei.

Karina: Eu trabalho em uma loja de roupas e acessórios. Porém, também tô sempre fazendo algumas publicidades pra algumas marcas na Internet. - ela diz fazendo um coque em se cabelo, e se abanando com a própria mão logo em seguida, provavelmente por conta do calor. - Meu Deus, que calor! - concordo com a cabeça. Rio de Janeiro parece um deserto de tanto calor que faz.

Cl7: Tô ligado nos teus corres, vi lá no teu insta. - mando logo o papo pra pra ver se ela se toca. O que não funciona, já que ela continua sorrindo demonstrando não ter entendido porra nenhuma. - Tu tem algum bagulho pra fazer hoje? - ela me olha de relance, ficando pensativa logo em seguida.

Karina: Na verdade não. Por que? - ela questiona curiosa. Dou uma risada fraca.

Cl7: Quer ir em um lugar comigo? - questiono pra ela que da um sorriso meio nervoso, ficando indecisa logo em seguida.

  Tô ligado que tem algumas minas que têm medo de se envolver com traficante por medo de no futuro não conseguir sair do relacionamento ou até mesmo de ser agredida. E de fato, tem uns filhos da puta que fazem isso, na verdade a maioria é assim, então tem que ter medo mesmo. Agora aqui, dizendo por mim, eu sou de boa, tá ligado? Sei muito bem que eu sou o suficiente pra alguém querer tá ao meu lado sem que seja obrigado. Isso pode parecer ego, mas na verdade, eu só sei o meu valor.

  Pior coisa é tu lutar por atenção. Uma coisa que as pessoas precisam aprender é que atenção não se pede, se dá.

Karina: Pode ser. - ela diz decidida e eu agradeço internamente por isso. Imagina uma noite com essa mulher... - Mas não é pra baile não, né? Não aguento mais ir para bailes. - ela choraminga dando um riso fraco e entrando na lanchonete, atraindo olhares novamente. Parece que ela leu meu pensamento, papo reto. Não aguento mais baile, apesar de eu ser o dono do morro e ter que estar presente nos daqui.

Cl7: Não. Ainda vou ver o lugar. - digo pra ela que da um meio sorriso concordando com a cabeça e fazendo seu pedido.

  Na verdade, acho que já até sei um lugar foda pra levar ela.

!!

Voltei e odiei o capítulo

Até o Final.Where stories live. Discover now