five

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LIVIA'S POINT OF VIEW

Acordei com a luz do sol atravessando os tecidos finos das cortinas que estão cobrindo as janelas e esfreguei os olhos com um suspiro.

Ajoelhei-me diante da minha cama e agradeci a Deus por mais um dia de vida.

Caramba, a vida é uma dádiva. Pensar que ainda estamos aqui, é incrível. Tantas oportunidades todos os dias, tantas oportunidades de concertar os erros.

Desconcentrei-me dos meus pensamentos com o barulho de Karen se levantando da cama e fechando a porta.

Ela nem fala comigo. Isso me entristece muito.

Suspirei e olhei pela janela. Mais um dia para enfrentar, e em nome de Jesus será vencido também.

Abri um sorriso ao pensar nisso e olhei para o guarda-roupa.

Hoje tinha treino no sec. Eu não estava animada, mas a vida não podia parar, certo?

Procurei rapidamente o uniforme verde e vermelho no guarda-roupa e finalmente o encontrei.

Acho meio cafona, mas fazer o que, né?

Separei a roupa e coloquei em cima da cama, indo em seguida para o banheiro.

Depois de terminar minhas higienes matinais, fui em direção a minha cama pegar o uniforme.

Meio desajeitada, o vesti com certa velocidade, e prendi o cabelo em um rabo de cavalo firme. Olhei-me no espelho uma última vez e fui para a cozinha para encontrar minhas irmãs e minha mãe.

— Bom dia!- disse, fazendo a atenção de todas voltarem-se para mim.

— Bom dia!— disseram todas em uníssono, e sentei-me à mesa em seguida.

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Mamãe chamou o elevador, e eu respirei fundo. Sempre que eu entrar aqui, certamente me lembrarei dos acontecimentos de ontem.

Assim que as portas se abriram, hesitei um pouco. Mas logo entrei.

E dei graças a Deus quando chegamos sãs e salvas lá em baixo.

Caminhamos todas juntas em silêncio por um tempo, até passarmos pelo elevador interditado.

Certamente os homens que estavam fazendo os serviços ontem não tinham chegado ainda, pelo horário.

Retornamos a andar com um ritmo mais acelerado, e logo encontramos Fausto na portaria.

O cumprimentamos com um sorriso simpático, mas ele respondeu ao cumprimento com um olhar carrancudo.

É, talvez ele não esteja em um bom dia. Bom, eu também não estou. Mas as pessoas têm formas diferentes de lidar com seus problemas, e isso é algo que precisamos aprender.

Andamos por uns cinco minutos até chegar ao sec, e enquanto caminhávamos, eu pensava e refletia em muitas coisas: em meio ao som dos carros na rua, os passarinhos cantarolando e a bela visão do céu.

Uau, Deus é o melhor artista.

Abri um sorriso pensando nisso.

Mamãe deixou eu e Karen no sec, e foi levar Ellen para casa da Nath. Amo a amizade dessas duas, é tão linda.

Minha irmã e eu caminhamos lado a lado sem dizer uma palavra. É horrível a forma como nos tratamos como estranhas.

Fiquei pensando em como éramos unidas antes da morte do nosso pai. Talvez ela também me culpe por isso.

ELEVATOR- lilex.Where stories live. Discover now