Capítulo 4.

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Ainda na mesmo dia, mas de noite. Nós conversamos no whatsapp, onde trocamos algumas informações pessoais, ele me disse que vivi com os pais, é o mais velho dos irmãos, ele tem dois irmãos, um garoto de quinze e uma garota de doze. Ele também disse que vivi com uma prima que é um ano mais velho que ele, e está fazendo faculdade.

Conversamos por um bom tempo, mas nessa toda conversa o que mais me marcou foram as regras do nosso relacionamento. Eu mal comecei a namorar e já estou sendo entulhada de regras, mas enfim, nada que não se faça por amor.

A regra mais importante é: não fale comigo público, se eu não te dirigir a palavra.

Senti um aperto no coração ao ler a mesma, mas eu coloquei algo em mente. Se ia ser um segredo, é óbvio que não falar com ele em público seria a principal regra.

Apesar dessa regra parva, ele sempre me manda mensagem de manhã, de tarde e de noite. Nós ainda não saímos, mas não posso me queixar. Tenho sua atenção.

— Quital esse vestido?— Vitória perguntou olhado para nós.

— Use o vinho, é mais sexy!— Marta comentou.

— Seus pais são bem liberais. Nem parece que você tem quinze anos.— Vitória.

— Contando que eu passe de ano, não engravide e não seja presa.— ela gargalhou — Eu posso fazer o que quiser.

Diferente dela, Mônica tem pais bem rígido. Ela sequer pode respirar sem que os pais saibam. Por isso, ela não está connosco na casa de Marta de preparando para ir para Lacoste bar. Por ser sábado, decidimos sair para nós divertir entre amigas. Imma amaria vir, mas tem que ficar e cuidar de seus filhos pequenos, se não está em casa, deve ter ido a casa de seu namorado, e Aina é quem está cuidando das crianças.

Como sempre Lacoste bar, não tem regras. Ninguém sem importa se tem menores consumindo álcool e dançando sensualmente no poll dance, e até se entende, se você vêm para aqui, está ciente do que irá acontecer. O globo de luzes gira pelo bar, dando-lhe um ar mas sensual. Eu em particular só vim beber, ficar bêbada, torrar todo dinheiro que consegui nessa semana.

Sentamos numa mesa, e fizemos o pedido. Em meia hora, um grupo de três jovens se aproximou a nossa mesa, se oferecendo para pegar mais. Nós que não somos modestas, aceitamos. Estava tudo correndo bem, até eu sentir uma mão no meu ombro. Virei o pescoço e Rúben está parado bem ao lado de bem.

— Posso falar com você?— ele sorriu amigável, mas eu senti calafrios.

Eu vestia um short preto e uma túnica vermelho que ia até às coxas. Estava de sapatilhas all star e o cabelo afro, solto.

— Porque está aqui?

— Vim me divertir com minhas amigas.

— Pediste permissão aquém?

O encarei sem entender.

— Tenho de pedir permissão para sair e me divertir com meu próprio dinheiro?

— Sim, tem.

Ri sem humor.

— Nem para minha irmã mais velha eu peço, porque pediria a ti?

— Eu sou seu namorado, você tem que me respeitar e obedecer. Esse é o preço que você tem de pagar por me amar.— ele agarrou em meu pescoço e aproximou seu rosto do meu ouvido — ou o preço é alto demais?

Rúben tem um cheiro tão bom, antes de namorar com Rúben eu namorei com uns dois caras em épocas diferentes, mas nenhum desses dois me fez sentir, o que Rúben me faz sentir com um simples toque e sua voz grossa. Suas mãos na minha cintura, enquanto inclino mais meu pescoço para sentir seu toque.

— Me desculpe, da próxima irei avisar antes de fazer o programa.

— É desse jeito, seja uma boa cachorrinha para com seu dono.— seus lábios macios e gelados foram de encontro para com os meus, suas mãos agarram com força minha cintura, por vezes deslizam para minha bunda a apertando. Me fazendo suspirar.

Ele me beija com tanta vivacidade, que se eu não estivesse em público, eu juro que já estaria despida. Rúben é como o inverno desligo, que apaga graciosamente as ondas vulcânicas do meu corpo. Entro em erupção pelas suas mãos. Pela primeira vez tenho um homem que corresponde as minhas espectativas, e que me faz sentir necessidade absoluta de ser sua.

Corti o sábado com Rúben, não chegamos a passar dos beijos e carícias, antes da meia noite ele me acompanhou de volta para casa. O que deixou minha irmã chocada, afinal de contas ele nunca conseguiu namorar de um cara branco, quer dizer na história da nossa família não há mestiços. Somos todos negros puros, e não é por querer.

Senti vergonha quando Rúben conheceu minha casa, apesar de ser de noite. A casa e velha e cercada por arbustos com espinhos, pois não temos condições de fazer murro.

Mas ele não comentou nada, e nem sequer pareceu afetado, por outro lado Imma havia brigado com seu namorado por isso voltou para casa no mesmo dia. Antes de me deitar, mandei uma mensagem as minhas avisando que já está em casa.

O Belo e a FeiaWhere stories live. Discover now