LRapidinho cheguei na minha mãe, o porteiro liberou minha entrada. Estacionei o carro, peguei o elevador e subi pro andar da minha mãe.
Assim que cheguei, apertei a campainha duas vezes e nada. Bati na porta e nada também. Aí comecei a ligar pra ela desesperada, daí a porta abriu. Minha mãe tava com uma cara cansada e de pijama ainda.
Lorena: Mãe? Tá tudo bem? — fui entrando.
Mirela: Só dormi mais que o costume. — ela foi indo pra cozinha e começou a fazer café.
Lorena: Mãe, senta aí! — tirei as coisas da mão dela.
Mirela: Lorena, para! Oxi!
Lorena: Vamos conversar... — ela respirou fundo e sentou na banqueta.
Mirela: Fala, Lorena.
Lorena: O que você tem?
Mirela: Eu só ando cansada.
Lorena: Não mente pra mim, mãe! Isso não é cansaço.
Mirela: A mãe aqui ainda sou eu, tá!? — ela disse irritada
Lorena: Tá bom, você que sabe... só vou sair daqui quando você me contar! — sentei de frente pra ela.
Mirela: Você não tem uma família pra cuidar, não?
Lorena: Tá sendo ignorante atoa, em...
Mirela: Eu só não tô afim hoje.
Lorena: Tá bom! Mas vou ficar aqui. — peguei uva e fui pro meu quarto. Fiquei lá comendo e vendo meu celular, mas nada da minha mãe vir aqui e, eu não fui atrás dela. Tirei minha rasteirinha e deitei na cama de lado. Não demorou muito e minha mãe entrou no quarto com vários papéis.
Mirela: Já que não vai embora, senta aí!
Lorena: Agora! — sentei rapidinho na cama.
Mirela: Eu tô doente! — no mesmo momento deu um nó na minha garganta, que eu não conseguia esboçar nenhuma palavra sequer.
Lorena: C-co-com o que? — disse gaguejando.
Mirela: Eu tô com câncer, Lorena...
Lorena: Mãe... — disse chorando muito.
Mirela: Por isso queria te poupar disso! Olha seu estado. — eu estava desesperada.
Lorena: Mas câncer do que mãe? Me fala! — levantei e parei na frente dela.
Mirela: No estômago...
Lorena: Como assim, mãe? Você sempre se cuidou! Sempre, sempre!
Mirela: Eu não sei, Lorena! Se Deus quis assim, eu tô aceitando. — ela disse calma e eu comecei q andar de um lado pro outro chorando muito.
Lorena: Mas não tem que ser assim! — eu sentei no chão e apoiei minha cabeça no colo dela e chorei MUITO, muito mesmo!
Mirela: Filha, eu já tô me cuidado. Vai dar tudo certo.
Lorena: Você vai ficar bem, né!?
Mirela: Claro que sim! — ela sorriu e secou meu rosto. Eu fiquei um bom tempo ali pensando em tudo e chorando até cansar. — Você não precisa se preocupar comigo, você tá grávida filha.
Lorena: Eu preciso de você mãe!
Mirela: E eu tô aqui! — ela sorriu de novo e deu um beijo no meu rosto.
Lorena: Eu amo você muito, muito!
Mirela: Eu também, filha! — levantei, passei a mão no meu rosto e suspirei fundo. — Vamos comer um bolinho?
Lorena: Vamos! — ela saiu na frente e eu fui no banheiro, lavei o rosto, fiquei um tempo olhando no espelho e fui atrás dela.
Fiquei até de tardinha com ela e o General veio me buscar, me despedi dela dando um abraço forte e entrei no carro.
General: O que aconteceu? Tava chorando, né? — começou a dirigir
Lorena: Ela tá com câncer, Caíque. — eu falei e desabei de novo. Ele parou de dirigir e me olhou assustado.
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Estava Escrito | Temp. 4
Historical FictionDiz aí quem não sabe, né? Duvido que não sabe... Fala a verdade que fiz com jeitinho e é isso que te fez ficar, tu fez melhorar meus tempos de crise, do seu lado eu tô chique.....