CAPÍTULO 31: Decisões difíceis

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ㅡ Quem são essas pessoas que acabaram de sair do seu apartamento? ㅡ questionou Yeonjun.

ㅡ Eram apenas enfermeiros...

ㅡ ENFERMEIROS? POR QUE HAVIA ENFERMEIROS COM VOCÊ?

ㅡ Calma Jun, assim você me mata do coração. 

ㅡ Ué eu que digo isso né, mocinho! EU chego na sua casa e vejo homens de branco saindo pela sua porta e você me diz com calma que eram enfermeiros sem ao menos me explicar o porquê. 

ㅡ Como vou explicar se você surtou antes? 

Yeonjun recobrou a postura percebendo estar fazendo alarde sem necessidade. 

Felix, vendo que ele ficou mais tranquilo, continuou dizendo: ㅡ Eu não me senti muito bem depois de um lanche que comi e liguei para o hospital solicitando atendimento domiciliar. 

ㅡ E por que não chamou a mim ou a Ive? 

ㅡ Ai, faz favor né? Yeonjun, não sou uma criança! ㅡ fez bico e franziu o cenho ainda revoltado ㅡ sem contar que eu não queria atrapalhar vocês que já estão parando com a suas vidas por mim. 

Yeonjun fez careta com a resposta do amigo e sabia que estava indo longe demais. 


ㅡ Lix, precisamos conversar sério! ㅡ disse Yeonjun ao sentar-se no sofá.

ㅡ Caramba, precisa desse tom de término? 

O de cabelo rosa riu triste, mas, no fundo, concordava que de fato seria um.

ㅡ Cara, adoro ser psicanalista, de cuidar das pessoas e do meu jeito de atuar na profissão, mas tudo tem um limite e eu não posso ignorar alguns fatos, porque antes de mim tenho que pensar no meu cliente...

Felix começou a sentir uma ansiedade tomar conta do seu corpo: ㅡ Taaaa e onde eu me encaixo nisso? 

ㅡ Me envolvi demais com você, amo ser seu terapeuta e mais ainda ser seu amigo, e eu não posso ser as duas coisas.

ㅡ Quem disse que não pode? Por que você está vindo com essa agora?

ㅡ Felix, eu sinto suas dores, eu estou te levando para o emocional e embora eu consiga ainda manter meu racional intacto, é algo que faço com dor. Nossa relação terapeuta e paciente chegou no limite e eu não posso mais ser o seu analista. 

ㅡ Não Jun! Por favor, eu não consigo me abrir com mais ninguém além de você...

ㅡ Ta vendo? É esse comportamento que errei em não evitar, a troca de terapeuta é normal no processo de terapia, mesmo que nós não tivéssemos desenvolvido um relacionamento amistoso, ainda assim já chegamos no tempo limite.

Felix levou a manga da blusa em direção aos seus olhos, secou a umidade que se formava no cantinho. 

ㅡ Você não consegue ignorar? ㅡ perguntou triste ㅡ Por favor Jun! Não desisti de mim...

ㅡ Eu não estou desistindo de você Felix, continuarei e ainda com mais força sendo seu amigo, estarei aqui sempre quando quiser ou não, eu vou cuidar de você. Mas eu não consigo mais ser bom para a sua cabeça, eu já não estou sabendo separar cem por cento das coisas...

ㅡ Tipo o quê? 

ㅡ Por mais que eu compreenda o comportamento das pessoas que não gostam de você, por tudo que você causou, me dá raiva perceber que não te dão oportunidades e eu estou entrando em crise em relação a lidar com o meu eu ao mesmo tempo. Me pego me punindo pela carga de pensamentos que me aparecem quando presencio algo cruel em relação a você. 

Sobre quatro rodas [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora