𝐒𝐔𝐏𝐄𝐑𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒

A Man in Love | Dean Winchester

DEAN WINCHESTER

Eu fico abismado toda vez que vejo essa garota.

Eu a beijei uma vez quando estávamos bebados e ela não saiu mais da minha cabeça. Esse jeito dela, empoderada, nervosa, madura, engraçada. Que desgraçada, ela é perfeita.

Sem falar no corpo dela, deveria estar num museu de tão lindo. O cabelo ruivo e os olhos verdes esmeraldas, ela é a própria perdição.

Não deveria ter tentado brincar com ela, me ferrei.

Mas não sei o que ela quer da vida dela, ela não demonstra muito. Ela parece me querer, mas também parece não fazer questão de me ter. Faz joguinhos de provocação e sempre que pode, faz questão de se aproximar da minha boca, só pra me provocar. Mas tem dias que ela parece nem ligar pra minha existência, eu só estou ali. Ela esta me deixando maluco, agora sei o que as garotas que eu fiquei sentiam. E não é bom, odeio não ter certeza.

Brinquei tanto com as pessoas, que estou recebendo o troco.

Eu não sei exatamente o que está acontecendo comigo, quando ela chega eu fico nervoso, a presença dela me deixa travado, eu não consigo falar com ela sem errar pelo menos uma palavra. Talvez eu esteja apaixonado. Não, não estou.

── Dean?

Sam me chamou estralando os dedos na minha frente.

── O que foi?

── Ela chegou.

Segui o olhar do meu irmão, ali estava ela, parada no batente da porta do nosso quarto de motel.

E ela estava linda.

── O-oi, Natasha.

Como eu disse, ela me deixa nervoso.

── Dean, é meio dia e ainda está deitado na cama?── ela brincou e colocou uma pasta em cima da mesa.

── Bom, você não estava aqui outra me acordar.── provoquei, parece que vai começar.

── Se eu tivesse te acordado, provavelmente estaríamos levando uma multa por excesso de barulho.

É, começou.

── Que tal falarmos do caso?── Sam chamou nossa atenção.

Eu levantei e fui até a mesa, onde os outros dois estavam.

── Eu dei uma pesquisada nos livros milenares do Egito, achei o que vocês queriam.

Ela empurrou a pasta para nós.

── Espero que isso vala a pena, passei por um perrengue pra poder tocar naqueles livros e traduzir.

── Natasha, você é perfeita!

Sam falou empolgado enquanto lia um dos papéis da pasta, estava tudo organizado e explicado.

── Não precisava fazer isso tudo, foi mais do que pedimos.

Falei depois de dar uma olhada.

── Ah, que isso meninos. Sabem que isso não é trabalho nenhum pra mim, e vocês vão me pagar uma cerveja quando saírem vivos desse caso.