Nicholas Ferraro não tinha muitas certezas sobre a vida, mas uma das poucas coisas que ele tinha certeza era que não importava a situação ou as consequências ele sempre seria leal a aqueles que ele amava.
Essa convicção é posta em prova quando numa...
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Cinco anos atrás...
Definitivamente, eu estava muito empolgado para visitar Luther na faculdade.
Ele era o meu melhor amigo desde sempre, desde que nos conhecemos no primeiro ano de colégio nos tornamos inseparáveis, Luther era a calmaria da minha tempestade, sempre foi. Com os anos veio o ensino médio, e permanecemos juntos, e então chegou o momento de decidir por uma carreira; ele resolveu seguir a carreira dos seus pais, e foi fazer faculdade de advocacia, enquanto eu decidi seguir a carreira do meu, que era ser... mafioso. E mesmo assim, de alguma maneira estranha, conseguimos nos enfiar na vida um do outro.
— Nicholas! — ouço a voz grave do meu pai me chamar e me viro no mesmo instante.
— Sì, papà.
— Tome cuidado enquanto estiver nos Estados Unidos, não se esqueça que por mais que tenhamos aliados lá, também temos inimigos.
Meu pai, o grande Matteo Ferraro, não gostava muito ideia de nenhuma das suas crias sair de baixo de suas asas. Mas ele conhecia os Spemb, e sabia que Luther era meu amigo desde sempre, e sabia também que era um momento marcante na vida dele. Além do fato de eu já ter vinte e cinco anos e não ser nenhuma criança inocente. Mas mesmo assim, aí de mim contrariar meu pai.
— Pode deixar, papà. Eu tomarei cuidado.
⏳
A faculdade na qual Luther estudava era realmente um mundo. Tudo era grande e espaçoso, e tinha definitivamente muitas pessoas naquele campus. Luther estava fora, ele havia prometido a seus pais que viajaria com eles antes da formatura, e quando ele foi lembrado por sua mãe, ele lembrou e foi me avisar, mas eu já estava com tudo pronto para ir. Então eu fui.
O que me deu um autoconhecimento de alguns fatores... Mas, o mais importante é: eu realmente não nasci para morar sozinho. Como o segundo filho de cinco irmãos, eu costumava amar meus tempos de silêncio, onde eu conseguia ouvir até o barulho do meu pensamento; porém aqui era diferente... não se tratava apenas de silêncio de fato, se tratava do fato de não conhecer ninguém, de estar... sozinho. Cogito a hipótese de voltar para a Itália e só retornar aos Estados Unidos depois que Luther voltar, mas a viagem era longa, e eu já estava aqui. Então porque não viver alguma nova experiência?! Afinal, nos Estados Unidos ser Nicholas Ferraro não significava nada, e eu poderia muito bem usar isso ao meu favor e experimentar como era ser um cara normal.
Então, nessa noite, eu me arrumei; e me obriguei a sair de casa. Não sei exatamente depois de quantos minutos andando ao redor do campus, um folheto aparece na minha mão e o nome de uma irmandade aparece no mesmo sobre uma festa. Bem, seria isso um sinal?!
Com uma nova energia, pego meu celular e tento descobrir onde é o endereço indicado no folheto. Rapidamente, percebo a movimentação incomum de pessoas no sentindo de uma rua específica e percebo que devo estar próximo.