Need me, teacher? || SIMORAYA ||

Capítulo 9 ♀️

Subiu o elevador do prédio até o andar do seu apartamento, colocou sua digital na porta e adentrou o espaço. Depois da briga com Soraya a sua mente estava a mil, tentando não pensar em nada daquilo, mas como poderia fazer isso? Sendo que a sua aluna não saía de seus pensamentos nem um segundo se quer, preocupada com a mulher loira, mas ao mesmo tempo tinha raiva de Thronicke mesmo sabendo que a culpada daquilo era ela própria, mas também não conseguia evitar aquele sentimento todas as vezes em que vinha a imagem de Soraya colada com aquele homem.

Ela estava dançando com ele, dançando pra ele!

Oh Simone, como você é burra! Preguejou em pensamento.

Queria ligar para ela e se desculpar, mas seu orgulho era tão grande que se negou a fazer tal ato.

Tirou os saltos e se jogou no sofá de maneira desajeitada naquele sofá espaçoso de sua sala. Massageou suas têmporas e impacientemente jogou os seus fios negros para trás.

Sua expressão se tornou confusa e sem acreditar, fazendo um sorriso sem nenhum tipo de humor surgir em sua boca assim que avistou a bolsa de Soraya deixada no mesmo lugar em que a própria Tebet havia deixado, tinha esquecido alí mesmo no local, e agora já nem seria uma opção ligar para Soraya, já que provavelmente seu celular estava dentro da bolsa.

— não é possível...

Sempre muito curiosa, ela correu até a bolsa em cima da poltrona e abriu, remexeu, encontrando batom, hidratante labial, um pequeno espelho, e finalmente o seu celular no compartimento traseiro.

Acendeu a tela do aparelho, de imediato observou a foto de Soraya no papel de parede.

— ainda por cima é narcisista — rolou os olhos.

Tentou desbloquear por algumas vezes até se dar por vencida que não iria conseguir ver oque teria no celular.

Pegou um dos copos e encheu de whisky, tomando goles generosos, mas já não resolvia, era como se tivesse bebendo água, não sente o álcool agir no seu sangue, estava bebendo pra esquecer a mulher, porém ajudou somente a lembrar.

Simone se via perto de enlouquecer por conta dela.

Por volta de uma da manhã, a loira esbravejava em seu apartamento.

Estava inquieta, ansiosa, se sentindo usada, odiava se sentir usada, não permitia que isso acontecesse.

— Soraya oque aconteceu? Já viu a hora? — Helena disse, em um tom preocupado por ver sua amiga daquela forma.

— nada! Não aconteceu absolutamente nada Helena, eu só tô procurando minha bolsa.

— Soraya vieira Thronicke, me escuta! — segurou em seus ombros, obrigando-a olhar em seus olhos — você acha que eu não te conheço?! Desde quando você chegou não para quieta, só reclama, chora e grita, eu quero que me fale o motivo, e me fale agora! Não tem como eu suportar você assim!

Por um segundo, Soraya parou e escutou a morena, se rendeu e se sentou no sofá.

— olha pra mim — segurou em seu queixo, e olhou nos olhos da mulher — você não precisa bancar a durona sem sentimentos, pelo menos não comigo Soraya, porra eu sou sua melhor amiga, você acha que eu não me preocupo com você? Desembucha.

Não conseguiu falar uma palavra sequer, estava nervosa, a única coisa que conseguiu expressar naquele momento foi a lágrima solitária que deixou escapar no canto de seu olho.

— aí Hele...— sua voz saiu chorosa —  hoje mais cedo a Simone me ligou — iniciou — ela disse que eu tinha esquecido meu casaco e fui buscar e logo depois eu arrastei ela pra boate, depois simplesmente ela surtou comigo sem motivos quando falei do Joe e depois a chamei pra dançar.