Capítulo 34

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SEBASTIAN WERDEN

Estar noivo é uma sensação muito boa, dá energia extra para o fazer o meu trabalho. Melhor ainda foi receber uma pergunta valiosíssima do meu chefe e futuro sogro: O que eu gostaria de presente de casamento?

A resposta foi simples: Permissão para matar os irmãos Feller.

O senhor Brachmann me deu autorização. Não fez perguntas. Não pediu maiores esclarecimentos. Apenas autorizou, como o meu presente de casamento. Presente esse que farei um ótimo uso.

Imagine o tamanho da minha felicidade ao descobrir que os irmãos estão em sua casa de campo no interior da Inglaterra, onde muitas tragédias podem acontecer e ninguém chegará rápido o suficiente para ajudar. Nem mesmo há vizinhos por perto para escutar.

Cuidar dos seguranças não foi um problema. Somente mais uns números na minha longa lista de homicídios. Agora os irmãos? Não, eles não são meras execuções, farei deles obras de arte e o melhor é que não haverá recado para a família.

Eles vão sofrer.

Eles vão implorar.

Eles vão morrer.

E então, vão queimar.

Repito essa sequência como um mantra em minha mente enquanto o caçula mentiroso e com a mão enfaixada luta para se soltar. Ele é fraco, não possui resistência e não representa nenhuma ameaça. É por isso que cai desacordado tão facilmente.

Foi tão simples amarrá-lo em uma cadeira no meio da sala de estar. Devo admitir que tenho uma veia dramática. O terror psicológico exige performance e eu estou inspirado para fazer o meu melhor ato. Os dois dedos não são nada comparados ao que preparei para hoje.

O mais velho foi a uma cidade próxima comprar alguma merda, o que me dá tempo o suficiente para jogar com o irmão caçula.

Caminho até uma cadeira próxima e a arrasto para colocá-la diante dele. O terror em seus olhos é pouco para o pagamento que ele me deve. Me sento e puxo a minha lâmina, seus olhos duplicam de tamanho e lágrimas começam a brotar no canto de seus olhos. Pobre rapaz, está traumatizado? Que tragédia!

— Eu não quero o seus dedos. — Digo rodando a minha lâmina para examiná-la melhor. Tratei de afiá-la bastante antes de vir.

— A dívida foi paga! — Fala com desespero. — Você não deveria estar aqui.

— Estou aqui por outra dívida.

— Eu não devo mais nada.

— Deve. — Finco minha lâmina em sua coxa, fazendo-o gritar de dor e horror. — Ah! Você deve.

— Eu não devo! Meu pai pagou toda a dívida. — Joga a cabeça para trás e chora copiosamente. Balança seu tronco tentando sair da cadeira, sem sucesso. — Por favor.

— Você disse a todos que a mulher com quem vou me casar era uma prostituta e dormiu com você e com seu irmão.

— Não fui eu! — Chora desesperado, se debatendo como um animal para escapar. — Eu não fiz nada!

— Você fez e ainda me ofereceu essa história no nosso último encontro.

— Lara? Eu posso perdão a ela! Por favor, eu faço qualquer coisa!

— Suas desculpas não serão suficientes para cuidar dos estragos. — Retiro minha lâmina e balanço a cabeça negativamente, ignorando seu choro. — Seu problema é ter a língua muito grande e eu vim cuidar disso.

— Não! Não! Não!

Não entendo o que as pessoas veem de tão errado em sentimentos como raiva e vingança. São ótimos motivadores! Elas têm medo de enfrentar o remorso por seus atos? O problema de valorisar apenas apenas os sentimentos bons é que pessoas ruins não se preocupam com os demais, não sentem remorso e não se importam em quem precisam pisar para conseguirem o querem.

Eu tive alguma piedade enquanto arrancava a língua dele? Não. Eu me arrependo de prednê-la me mesa de centro com a minha lâmina? Não. Me sinto mal por espancá-lo com o atiçador de lareira antes de atravessá-lo por seu pescoço? Também não.

A cena era sangrenta e bem feia de se olhar, o que tornou ainda mais perfeito. Sinto que metade da minha missão foi concluída. Não quero que Lara se aborreça, mas não quero viver sabendo que tive os meios para acabar com os filhos da puta que fizeram mal a ela e não fiz nada a respeito. 

No futuro eu contarei.

Quando o irmão mais velho chegou eu estava esperando por ele atrás da porta com uma arma apontada para a sua cabeça. Ele se assustou ao notar a minha presença, até se sentir ultrajado e agir como um riquinho mimado do caralho.

— Quem você pensa que é para invadir a minha casa dessa maneira?

— Eu sou a morte e vim e te buscar.

— Como é?

— Você me deve. — Destravo a minha arma e seus olhos saltam um pouco. — Por que não vamos até a sala para você ver o que te espera?

Seu rosto branco como leite perdeu ainda mais a cor. Seus passos foram vacilantes até a sala e ele gritou como um garotinho assustado quando viu o estado do irmão. Atirei no chão, próximo ao seu pé, e o barulho fez com que ele pulasse de susto.

— Se você fizer algo comigo o meu pai vai te matar.

— Acha que eu tenho medo do seu pai? — Franzo o meu cenho para ele. — Eu não dou a merda para o que a sua família é ou quem seja o seu pai. Meu problema é com você.

— O que é aquilo na mesa? — Pergunta com nojo.

— É língua do seu irmão por ter falado demais. — Sorrio diabolicamente para ele. — Não se preocupe, em breve o seu pau estará ali também.

— O que?!

— Você tocou no que é meu, Feller. — Dou uma coronhada em sua nuca. — E ninguém toca no que é meu.

Ele conseguiu ser ainda mais chorão que o irmão, o que só alimentou minha raiva. Como um filho da puta como esse ousou brincar com os sentimentos de uma pessoa tão pura como Lara? Ele sabia da inocência dela e escolheu se aproveitar.

Quando eu terminei, seu corpo estava jogado no chão, próximo ao irmão, mas suas tripas estavam para fora, seu pau estava na mesa de centro ao lado da língua, como prometido, e havia sangue para todos os lados. Eu fiz questão de cortar seu pau com ele bem vivo e consicente, fazendo uma pausa rápida para ligar o gás da casa antes de voltar para estripá-lo.

Depois que saí, tudo o que fiz foi quebrar uma janela da cozinha e jogar um cigarro aceso para dentro. A explosão foi quase instantânea, os vidros das janelas e as portas voaram pelos ares, mas a estrutura sólida e histórica de tijolos permaneceu firme.

Foi glorioso.

A Artista - Série Mafiosos 0.5Onde histórias criam vida. Descubra agora