Capítulo 4

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Rafaelly Almeida

As luzes iluminam o grande salão lotado de pessoas. A pista de dança está cheia de pessoas que não param de dançar nem por um segundo.

Os garçons circulam por todo o salão. As mesas estão todas com os nomes dos convidados. Tudo está tão lindo.

Vejo Connor do outro lado do salão, antes de ir até ele preciso fazer uma coisa. Pego minha bolsa e vou até o quarto da noiva. Bato na porta e sou imediatamente atendida.

Alex abre a porta, ela fica completamente surpresa de eu estar ali. Ela me abraça quando a surpresa passa.

- Meu Deus, você realmente veio. – Alex parece eufórica ao falar.

- Sim, eu vim. - Digo devolvendo um sorriso nervoso. Será que ela vai gostar?

Ela abre espaço para que eu passe e senta em um sofá próximo.

- Connor nunca para de falar em como você é a melhor irmã do mundo. Estava ansiosa para conhecê-la. - Fala tão rápido que por um momento eu perco o fôlego por ela.

- E eu fiquei ansiosa pra conhecer a mulher que conseguiu fazer o Connor sentar e latir como um cachorrinho. - Ela solta uma gargalhada contagiosa.

- Enfim, vim aqui porquê preciso te entregar uma coisa muito importante. - Os olhos dela tem um brilho de curiosidade.

Trago minhas mãos para frente, revelando a pequena caixa que escondia atrás do meu corpo.

- Isso é um presente da nossa avó paterna. - Abro a tampa revelando um lindo colar de safiras.

- Ela ganhou da mãe dela e queria muito dar isso pra filha dela quando ela se casasse, mas ela teve apenas um menino.

Meu "pai" é filho único e minha vó odiava a esposa dele com todas as forças. Ela nunca daria a joia mais preciosa em memória afetiva para aquela mulher.

- Antes de morrer, ela me deu a joia. Porém como não pretendo me casar, então acredito que não tenha sentido ficar com ela. - Meus olhos começam a lacrimejar.

- E por tudo que o Connor me diz sobre você, tenho certeza que ela iria te amar. Então agora ela é sua. - Digo empurrando o colar em sua direção.

Seus olhos estão transbordando de lágrimas.

Ela pega a caixa e me abraça antes que eu consiga protestar.

- Isso é muito lindo, muito obrigada. - Meus olhos começam a se inundar de lágrimas também.

- Tem certeza que quer me dar isso? Connor me disse como vocês duas eram apegadas, não vai sentir falta?

Sim, eu vou sentir muita falta disso, porém quero muito ver ele sendo usado por alguém que honre seu propósito.

- Não se preocupe. Ele ficará perfeito em você.

Depois de toda choradeira, seco meu rosto e pego o corredor de volta para a festa.

Penso ter ouvido um barulho vindo da parte da frente do corredor, mas acho que estou doida.

Quando de repente uma mão me puxa para um dos corredores secundários. Preparo-me para gritar, mas quando abro a boca outra mão me cala.

- Fique em silêncio, estou te salvando de um momento bem embaraçoso. – Diz a voz, mas não é qualquer voz, é aquela voz.

Paro pra analisar o que estou vendo. Ele tem quase dois metros de altura, seus olhos são duas profundezas sombrias. O maxilar tencionado, seus braços são musculosos, isso explica a força que ele usou pra me tirar do chão. Os cabelos são castanhos. E já falei do cheiro? Que cheiro...

Caralho!

Espera ai... por que ele me puxou? Pra um corredor escuro? 

Desvencilho-me das suas mãos e começo a falar.

- Espero que você tenha um bom motivo pra que eu não grite bem alto agora.

- Como eu disse, estou te livrando de um momento bem embaraçoso. – Diz ele parecendo despreocupado.

- Qual é o momento embaraçoso?

- Se você ficar calada por cinco segundos vai conseguir ouvir.

Faço o que ele disse e fico quieta. Aquele barulho era real, tem alguém no fundo do corredor, fazendo barulho. Mas o que seria tão embaraçoso? Meu Deus, não é qualquer barulho. Tem alguém gemendo no fundo corredor. Não é só uma pessoa, são dois gemidos.

- Olha, eu não sei você, mas eu não curto vouyer. – Digo um pouco impactada com pessoas transando no meio do jantar de noivado do meu irmão.

- Eu curto, mas não assim, no meio do corredor, sem o consentimento de ambas as partes e no meio de um jantar de noivado. – Diz ele com uma certa tranquilidade de quem não acabou de assumir que gosta de ver o pessoal transando.

- Escuta só, eu não vou ficar ouvindo isso.

- Então fique a vontade pra atravessar o corredor e atrapalhar a foda do pessoal. – Diz ele se encostando na parede.

Meu Deus, como alguém pode falar essas coisas com tanta facilidade? Não quero ficar aqui ouvindo tudo, mas também não quero ficar aqui escutando esse cara de sei lá onde falando asneira.

Olho para os dois lados e concentro meus ouvidos, os gemidos contidos pra que ninguém escute, mas eu ouvi e esse babaca também.

- E ai? Você vai se arriscar ou vai ficar me ouvindo falar asneira? – Ela fala como se ouvisse meus pensamentos.

- Vou ficar, mas só pra você saber eu te acho um babaca. – Digo sentando no chão. Já que vou ficar aqui é melhor ficar sentada.

(...)

Olá!

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Comentem bastante, pra que eu saiba que vocês estão gostando.

Pregunta: vocês preferem capítulos mais longos ou gostam deles curtinhos?

😘

O Desejo Sombrio Where stories live. Discover now